segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Doenças de Amor

Eu sempre fui da opinião de que todo ser humano deveria passar por caminhos que levam ao autoconhecimento desde a tenra idade, e em casos bem visíveis logo muito cedo, acompanhamento psicológico adequado (pago pelo SUS), inclusive os psicólogos, afinal ser psicólogo não os exime de problemas.

Por que estou começando assim? Porque vou falar de doenças da cabeça, do comportamento e das neuroses que destroem os relacionamentos, e que todos nós temos nossa parcela de culpa.

Veja o caso do rapaz apaixonado pela menina ciumenta, que morre de ciúmes até do vento que sopra na lateral do cara, ou do menino que sente o mundo desabar por que a namorada conversa com outros rapazes. No início do relacionamento é até normal um certo ciumezinho, é gostoso e saudável, mas passado seis meses,um,dois ou mais anos, já virou doença, e se a pessoa aceita esse ciúme, acreditando que um dia vai mudar, está sendo conivente e, acaba colaborando para que o doente não sare nunca, ou pior, piore cada vez mais.

É o caso dos barraqueiros(as), aquelas pessoas que em nome do "amor" armam os maiores "barracos" em nome da cegueira, da incompreensão, do falso amor, porque as pessoas que agem às cegas são as "possuidoras", e isso não é caso de amor, é posse. A pessoa sente que está perdendo a posse do seu objeto preferido, e aí “escurece tudo...”

Doenças do amor, bonito né? Em nome do "amor", vamos destruindo vidas, aceitando absurdos... tudo porque "estamos apaixonados", ou acreditamos nisso, e fechamos os olhos para a realidade.
Às pessoas que assistem de fora, ficam pasmos, dão conselhos, alertam, mas a pessoa não aceita, não concorda, ficou cega, ficou "empacada".

Gente, minha gente, lugar de doente é no médico. Lugar de fobias e medos é com um terapeuta, e pessoas com "mania de perseguição", violentos e com outras manias mais "perigosas", é com os profissionais da psiquiatria... não tem escape.

Lembre-se de que, muitas vezes, nós precisamos de injeções doloridas para curar algumas doenças, e isso, não significa desamor por parte de quem nos encaminhou ao médico nem significa que esse médico gosta do nosso sofrimento, pelo contrário, mostra o quanto ele quer o nosso bem.

Se você vive uma dessas situações de ciúmes doentios, sentimentos de posse excessivos, procure ajuda terapêutica, encaminhe a pessoa que você gosta a um profissional, pare de alimentar a doença, se preciso for, corte o relacionamento. Tenha coragem de fazer o bem, mas nem sempre fazer o bem é dizer sim, por isso é difícil fazer a caridade verdadeira, pois ela muitas vezes significa dizer não.

Sabe, eu tenho uma amiga, oh coitada!, ela tem um relacionamento de mais de 15 anos, onde o cara só falta pedir para ela trocar a cuequinha dele, passar talquinho, e ela faz... faz tudo pro bilú... bilú da mamãe...
Você está rindo? Está cheio de gente assim por aí, gente que confundiu amor com sentimentos maternais ou paternais... e, depois, não quer sofrer...

Gente, cuidado com os/as malucos de plantão, às vezes são engraçados no início, começam dizendo que você é a mulher da vida dele, te enche de scraps/e-mails lindos, te enche de beijos, começa dando leves beliscões no braço, depois começam a marcar o local, e no fim, acabam surrando, quando não assassinando... Tudo em nome do "amor". Pense nisso, e ame-se, pois só quem se ama de verdade está livre desses doentes...

Só ama verdadeiramente alguém quem se ama primeiro...

[Graça Azevedo / Senhora Telucama - Suma Sacerdotisa do Templo Casa Telucama]


"O universo é meu caminho; o amor, a minha lei; a paz, o meu abrigo. A experiência, a minha escola; a dificuldade, o meu estímulo, o obstáculo, a minha lição; a Sabedoria, meu objetivo; a compreensão, minha benção; o equilíbrio, minha atitude; a perfeição, minha meta; a plenitude, meu destino."

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