quarta-feira, 30 de março de 2011

Como viver um relacionamento duradouro

Pesquisas mostram o que fortalece o amor
Você já imaginou como seria conveniente e prático se depois do turbilhão de emoções da paixão, o piloto automático do romance duradouro fosse ligado e, num céu de brigadeiro incrivelmente azul e sem nuvens ou turbulências, o tão esperado amor voasse tranquilamente? Seria maravilhoso se fosse assim. Mas, como qualquer desafio na vida, conquistar um relacionamento duradouro exige muita dedicação e persistência. Vamos conhecer ingredientes biológicos básicos.
Sexo e o hormônio do amor
Não há dúvida que o sexo é fundamental para a criação e a manutenção de um vínculo duradouro. Muitos estudos mostram que sexo traz uma série de benefícios para o casal: melhora a autoestima e o humor, reduz a depressão, estimula o dar e receber amor e, consequentemente, melhora a vida conjugal com a aproximação dos parceiros.

Pesquisas também têm indicado que um hormônio parece ser vital na sustentação de vínculos duradouros: a oxitocina, chamada de "hormônio do amor". No caso do sexo, ela é liberada em grandes quantidades durante o orgasmo. A oxitocina, por sua vez, regula a liberação de outra substância chamada dopamina, responsável pela sensação de bem-estar, de prazer e de recompensa.


Mapa cerebral amoroso


O centro de prazer e recompensa e o hipocampo, responsável pela detecção e memorização de novidades, são áreas cerebrais relacionadas ao vínculo do par em diversos mamíferos ou, no relacionamento entre pais e filhos.

Os pesquisadores notaram que casais apaixonados apresentam o mesmo mapa cerebral amoroso que animais monogâmicos que ficam juntos por toda a vida, como os camundongos do campo, os cisnes e as raposas cinzentas.

Um estudo norte-americano da Universidade do Sul da Califórnia, liderado por Robert Epstein avaliou 30 voluntários de nove países com cinco religiões diferentes. Ele descobriu que o amor entre os casais aumentou de 4 a 8,5 pontos, numa escala de 10, em uniões com mais de 19 anos.
Aliados do relacionamento duradouro
Alguns fatores foram identificados nesses relacionamentos bem-sucedidos:

Comprometimento; Vivenciar, em dupla, situações novas, vibrantes, desafiadoras e com risco controlado; Cultivar a paixão ou "reapaixonar-se" diversas vezes; Boa comunicação; Celebrar o sucesso do outro; Coragem de se expor; Assumir a própria fragilidade, insegurança e dor; Expressar interesse pelo outro; Compartilhar segredos; Compartilhar alegrias e situações positivas; Predisposição a modificar comportamentos para satisfazer as necessidades do outro, ou seja, saber ceder; Não exposição a "estressores externos" terríveis, como guerra ou perda de um filho; Um dos parceiros não é altamente deprimido ou ansioso.

Obviamente, não existem fórmulas milagrosas para transformar instantaneamente a paixão num vínculo duradouro forte e sólido. Todavia, a associação frequente e ininterrupta da pessoa amada com a ativação do sistema de recompensa é a chave para manter a química cerebral dos primeiros momentos da paixão.


Fazer atividades novas, diferentes das usuais, é uma ferramenta importante para criar e manter funcionando os circuitos do prazer no cérebro. Viajar, experimentar diferentes posições na cama, incluir novos objetos no ambiente, jantar num restaurante diferente, pensar novos planos e desafios com o parceiro, associam esses novos prazeres à presença do outro. O cérebro aprende que estar com o outro é ter prazer garantido e, por isso, o desejo e a excitação continuam presentes por décadas.

[Cibele Fabichak]

Atração, paixão e obsessão

A química da paixão

Acredita-se que um dos momentos biológicos mais propícios para se apaixonar ocorre quando estamos vivendo situações emocionais extremas, como alegria, tristeza ou excitação em demasia, pois o cérebro fica repleto das substâncias dopamina, noradrenalina e serotonina. Elas podem nos predispor quimicamente à paixão e, então, talvez aconteça o tão sonhado amor à primeira vista.


Ansiedade, primeiro sintoma da paixão

Os sistemas químicos que participam na formação do vínculo amoroso entre os parceiros podem ser também poderosos estimuladores da ansiedade. Quem nunca se sentiu inseguro e/ou ansioso com aquele friozinho na barriga quando trocou os primeiros olhares e palavras com o parceiro escolhido?

Para explicar este paradoxo, os estudiosos têm afirmado que os seres humanos são ansiosos até que um vínculo social é conquistado e, uma vez que isso ocorra, é provável, embora não necessário, que a ansiedade seja substituída por sentimentos positivos de estabilidade, aconchego, integração e prazer de estar ao lado da outra pessoa.

Outro dado curioso a respeito da atração é que ela se caracteriza por ser um estado mental alterado com entusiasmo ou júbilo semelhante à fase hipomaníaca da doença ou transtorno bipolar, com aumento dos níveis de dopamina e noradrenalina.


Semelhanças entre paixão e obsessão


Outros componentes da atração são representados por comportamentos padrões específicos que evocam uma resposta de reciprocidade ("no mundo, só existe o meu amado e somente eu existo para ele") e pensamentos intrusivos ("o meu amado não sai da minha cabeça"), que são parecidos com as obsessões típicas de uma doença, o transtorno obsessivo-compulssivo (TOC).

Obsessões são pensamentos repetitivos e desagradáveis e compulsões são condutas, gestos, rituais ou atitudes repetitivas; ambos são incontroláveis. Por exemplo, medo de se contaminar com germes, lavar as mãos repetidamente, ordenar ou arrumar objetos sempre de uma forma. Pesquisadores italianos, liderados pela psiquiatra Donatella Marazziti, formularam essa hipótese porque mostraram que nas pessoas que tinham se apaixonado recentemente (estavam na fase de atração) e ainda não tinham tido relação sexual com o parceiro, a quantidade de serotonina no cérebro era mais baixa que nos indivíduos que não estavam apaixonados e semelhante aos níveis observados no grupo de pacientes com TOC.


Atração e obsessessão


Portanto, quem está na fase da atração pode ter um cérebro predisposto quimicamente à obsessão pelo ser amado e gastar toda a sua energia mental em pensamentos que rodam repetidamente e insistentemente na imagem, inicialmente, idealizada do amado.

A sensação de insegurança é típica da fase da atração. Mas, afinal, quem deve tomar a iniciativa na paquera?

[Cibele Fabichak]

Você acredita em amor à primeira vista?

É ele... Patrícia saiu extenuada do trabalho e já imaginava o relaxante banho que a esperava em casa. Mas sabia que primeiro deveria satisfazer as "vontades" de Apolo. Mal chegou e não teve como se livrar do insistente pedido de seu companheiro canino para dar sua última voltinha de confraternização no calçadão da praia. E lá foi Patrícia levando o saltitante labrador pela coleira num entardecer preguiçoso ao lado das ondas.

De repente, Apolo estancou no chão, e Patrícia tentava com muita dificuldade fazê-lo se levantar novamente. Nesse exato momento no sentido inverso, correndo a alguns metros a sua frente, lá estava ele. Patrícia não conseguiu desviar seu olhar dos olhos verdes do atlético homem que imediatamente parou e a ajudou a levantar Apolo. Seu coração começou a bater descompassadamente, e uma onda estranha de prazer e euforia brotou do seu estômago e subiu em direção ao seu rosto que ardia como um fogaréu. Ele não era lindo, mas o conjunto todo de seu corpo e rosto a atraiu inexplicavelmente. Sentiu uma profunda afeição por esse desconhecido. Tudo foi muito rápido, porém não tinha a exata noção do tempo. Num dado momento, Patrícia percebeu que não segurava mais a coleira de seu cão e que o homem coçava carinhosamente a cabeça de Apolo...


Talvez já tenha acontecido com você: na hora certa, no lugar certo, o tão esperado príncipe se materializa na sua frente. Você não tem dúvida: é ele. Depois de uns olhares furtivos e uma rápida checagem física, você descobre que se apaixonou somente pelo olhar.

Se você já experimentou essa "atração fatal", tranquilize-se, a ciência já comprovou que o amor à primeira vista existe. Aliás, essa "estratégia" rápida de se encantar pelo outro é muito utilizada por várias espécies de animais. Lembremos que eles têm muito pouco tempo na natureza para "escolher" seu parceiro, visto que as fêmeas ficam receptivas para fazer sexo com os machos por curtos períodos, além do risco dos predadores e concorrentes. Os animais têm que agir velozmente, pois possuem somente algumas horas, alguns dias ou poucas semanas para espalhar seus genes, conceber e procriar.

Visão e atração

Sendo assim, a utilização da visão para buscar e encontrar o parceiro escolhido é fundamental. A atração instantânea tem uma vantagem evolutiva entre as espécies, pois quão mais veloz e eficiente for a identificação do parceiro receptivo, maiores as chances de sucesso na reprodução, que por sinal é o objetivo primordial da natureza.

É provável que nós tenhamos herdado essa "estratégia". Uma pesquisa norte-americana constatou em uma amostragem de 100 casais, que 11% dos homens e mulheres se apaixonaram no exato momento que olharam para o parceiro.

Enquanto isso, no cérebro...


Mas o que realmente acontece no cérebro e no corpo quando o encantamento é imediato, no primeiro olhar? Na verdade, os estudiosos acreditam que a intensa atração e desejo sexuais são desencadeados pelo cérebro. Duas estruturas cerebrais são importantes: o hipotálamo e a amígdala - localizados na parte mais primitiva do cérebro, o sistema límbico, nossa "central das emoções". O hipotálamo é responsável pelos impulsos mais primordiais que temos como fome, sede e sexo. E a amígdala é o centro da excitação sexual.

Simultaneamente ao primeiro olhar, a química cerebral se altera e grandes quantidades de dopamina são liberadas provocando uma verdadeira onda de prazer, euforia e maior produção de testosterona, tanto no homem como na mulher. A testosterona é o hormônio que "engatilha" o desejo e a atração sexuais.

Tudo isso acontece velozmente quando uma pessoa sente uma atração irresistível e incontrolável, ou seja, tem desejo intenso por outra. E esta focalização (um tanto obsessiva) imediata, desencadeada pelo olhar, tem um sentido biológico bem pragmático: procriação e manutenção da espécie. E uma curiosidade: em situações de grande risco de vida para os indivíduos, como guerras e catástrofes naturais, as pessoas tendem a se atrair sexualmente mesmo sem se conhecer...

As preferências físicas

O que atrai o homem e a mulher quando se olham? Veja abaixo as listas de preferências deles e dela:

Elas preferem homens com: Traços faciais simétricos; Juventude; Altura maior (que a da mulher); Peito e ombros largos; Braços fortes; Um pouco de barba; Mandíbula e queixo "quadrados e marcantes"; Coxas musculosas; Mãos grandes; Abdome sarado.

Eles preferem mulheres com:

Traços faciais simétricos e finos; Lábios carnudos; Juventude; Altura mediana (mas menor que a do homem) Ombros não muito largos; Seios grandes; Abdome sarado; Quadril largo; Nádegas salientes; Mãos finas; Pernas bem torneadas.

Portanto, o amor à primeira vista com intensa atração, desejo e obsessão, é um fenômeno que tem como objetivo unir o mais rápido possível um casal. No entanto, lembremos que nós humanos, apesar de transcendermos o aspecto puramente biológico do amor com nossa inteligência, ainda "carregamos" no nosso DNA comportamentos primitivos que muitas vezes nos deixam perplexos e extasiados.
[Cibele Fabichak]

Mulheres que tratam os parceiros como filhos podem afundar o relacionamento


Não faltam mulheres que tratam seus maridos ou namorados como filhos. Algumas se recusam a admitir que certos cuidados deveriam ser dedicados apenas às crianças. Acreditam que é uma maneira de demonstrar amor. Mas será que é mesmo? Ou tentar criar uma dependência seria uma forma de controle?


Priscilla Andrade, de 30 anos, assume que ocupa o papel de mãe do namorado. “Faço de tudo para ele. Compro cueca, procuro emprego, me preocupo se ele está na rua até muito tarde, se tem comida em casa...”, exemplifica. Segundo ela, a intenção é estimular o namorado e cuidar dele. “Acho que posso fazer melhor as coisas que ele faz por si mesmo". Mas, apesar disso, ela admite que há uma outra razão. "Penso, que, se eu for útil, ele não vai me largar. No fundo, é uma forma de controle.”


Para a psicóloga Silvia Pedrosa, uma mulher que trata seu parceiro como filho, provavelmente, foi criada em uma estrutura familiar de características machistas, onde a mulher é responsável pelos cuidados com lar e com a família em geral. Ela foi educada para servir e, quando se relaciona, desempenha esse papel, às vezes, sem perceber. O parceiro que aceita esse código de relacionamento, geralmente, identifica na mulher a própria mãe.


“O grande problema desse tipo de relação é que o homem precisa de uma mulher e, fazendo isso, ela deixa de ter uma identidade, tornando-se alguém que está constantemente servindo e preocupada com o outro”, explica Silvia. “Ao longo do tempo, isso gera um desgaste, principalmente na mulher, que começa a se sentir sobrecarregada e infeliz com tantos afazeres e responsabilidades.”


Para muitos homens, esse tipo tratamento também não é positivo. Klaus Junginger, de 35 anos, desabafa: “Quando isso começa, a gente pensa que é mimo e acha legal. Mas esse é um lado da moeda. O outro é aquele que logo fica perceptível, como ‘está frio, leve um casaco’ ou ‘onde você esteve? está tarde e é perigoso’. Aí, não dá para aguentar”. Klaus diz, ainda, que, para ele, esse tipo de relação não serve. “Alguns homens podem achar que isso é o paraíso. Mas, para mim, é o inferno.”


Você está ultrapassando o limite quando...Para a terapeuta junguiana Neiva Bohnenberger, a fronteira entre ser mulher e mãe em um relacionamento é muito tênue e nem sempre perceptível. “Cuidar é natural quando amamos. Para a mulher é mais do que natural. Mas confundimos esse cuidado quando ele passa a ser um exercício de poder, por medo de ficar sozinha, ser abandonada, criticada ou não ter os esforços reconhecidos", explica. Neiva sugere observar se o seu comportamento apresenta algumas das características abaixo. Se a resposta for sim, é hora de repensar suas atitudes.

SINAIS QUE DENUNCIAM QUE HÁ ALGO ERRADO

- Fazer concessões em detrimento das próprias necessidades

- Tomar atitudes temendo perder parceiro

- Durante discussões, ofender com violência ou ameaças

- Fazer tudo por ele, mesmo aquilo que ele poderia fazer

- Usar raiva, culpa, expectativas e mau humor para manipular

- Esperar que o outro preencha suas carências

- Sentir que perdeu a individulidade

- Invalidar os sentimentos próprios ou do parceiro.


SETE MEDIDAS PARA CORTAR A RELAÇÃO MATERNAL COM SEU PARCEIRO

Não deixe o homem se acomodar, fazendo todas as vontades dele. Divida as tarefas domésticas e familiares, mesmo que a dinâmica da família esteja habituada a você fazer tudo. Converse, negocie.

Pare de lembrá-lo a toda hora de levar um casaco na hora de sair ou coisas do gênero. Se ele ficar doente, não o encha de mimos e carinhos. Deixe-o pegar uma gripe para aprender.

Cuidado com os apelidinhos como “thuthuco” e “pituquinho”. Evite falar com ele ao telefone como se fosse uma criança de três anos.

Não o trate como um inútil. Deixe-o se virar de vez em quando, afinal, não é tão difícil ligar o forno para esquentar a própria comida.

Não ligue a toda hora para saber como ele está. Assim, ele ficará com saudade de você -e não sufocado.

Não tente vestir um homem. Se ele é desleixado, aceite. Se ele não se importa de sair descabelado e com a camisa amassada, o problema é dele. Se não está satisfeita é melhor trocar por outro.

O homem está sempre em busca de cuidados. Alguns até gostam de todo esse mimo materno, mas sem exageros. Procure o equilíbrio!



[GISELA RAO Colaboração para o UOL]

terça-feira, 22 de março de 2011

Idealização e Realidade

"Não sei se pela carência ou ele parecer ser o que eu buscava me apaixonei antes de nos conhecermos pessoalmente e quando aconteceu o encontro tudo pareceu perfeito, até nos despedirmos e ele não ter me prometido nada, nem sequer sugerir se nos veríamos de novo. Depois disso não me ligou mais [...] Fiquei arrasada, porque nosso encontro foi intenso pra mim [...] se sentiu pressionado, sou meio insegura e com medo dele se desligar completamente de mim eu que ligava mais pra ele do que ele pra mim. Não sei o que pensar, nem como superar isso."
Quanta coisa entre no jogo e em cena quando falamos de casais. Casais antigos, novos casais, namoros, casamentos, qualquer que seja a circunstância e a situação existe sempre muito mais fazendo parte da dupla do que os próprios conseguem perceber, isso porque muito do conteúdo é inconsciente e por mais que se possa ter acesso, a maioria não sabe como fazer, é mais trabalhoso.
Entra em jogo o momento de vida que estão, a história e passado de cada um, o que esperam de um relacionamento, os modelos que viveram com seus pais, valores que carregam, expectativas, sonhos, ideais, personalidade, inúmeros e complexos aspectos que formam uma equação com muitas variáveis.
Existem sim diferenças que marcam o início de relações que acontecem casualmente e daquelas que se iniciam no site. As relações casuais possuem todas as variáveis citadas, mas em linhas gerais seguem atenuadas na expectativa e idealização. As que começam no site sofrem a grande influência desses dois sentimentos. Existem as conversas, o que cada um fala sobre si e existe a falta da realidade para contrapor e assim os casais criam em suas mentes idéias próprias de como é aquele com quem se tecla. O risco que se corre é acontecer o que a usuária usada como exemplo viveu, foi tanta a expectativa e anseio para o encontro que no final houve um grande desencontro entre a dupla. Isso acontece porque apenas a realidade irá confirmar ou não o tanto que combinam e se interessam mutuamente. As conversas podem apontar para um caminho, mas são apenas um breve recorte daqueles seres humanos, é na convivência e na troca real que os dois se conhecerão. Ela escreveu "me apaixonei antes de nos conhecermos pessoalmente." E nos perguntamos; por quem ela se apaixonou? Pelo ser humano que ele era ou pelo ser humano que ela imaginou que ele fosse?
É muito comum os usuários deixarem que suas carências sobressaiam, assim como seus sonhos e fantasias juvenis, alguns depositam nesses relacionamentos a fantasia de reparação para seus sofrimentos, outros de cura para a solidão e alguns a busca pelo ser encantado. Erros que levam a caminhos e construções frágeis. Sem que percebam buscam namoros para curar e não para acrescentar e enriquecer. Cegam-se por esses objetivos, perdem a clareza e quando se deparam com a realidade sofrem com um profundo impacto quando ela não condiz (e geralmente não condiz) com o que se tanto sonhou e idealizou.
Portanto, para melhor aproveitar as oportunidades que o site oferece lembre sempre que o que se conhece do seu interlocutor é muito pouco frente ao ser humano complexo que ele é. Evite ao máximo reduzir o outro ou tentar encaixá-lo no que você precisa. Permita que ele se apresente por inteiro, faça um uso maduro e positivo do primeiro encontro, vá com expectativas, mas tente controlar a intensidade delas. O outro pode se sentir preso, pressionado, mal compreendido ou atropelado pela sua urgência em encontrar alguém.
Encontrar alguém é acima de tudo ir de encontro ao que outro tem a lhe oferecer e não o que se espera que ele de antemão te ofereça. São relações com uma especial particularidade e por isso precisam de mais cuidado da dupla envolvida, vá com mais calma, mais respeito ao seu ritmo e ao ritmo do outro, não avance antes da hora com a urgência em atender carências e necessidades. Permita que o tempo os ajude a construir algo real e sólido.
[Dra. Juliana Amaral - Psicóloga]

Como falar do final?

O assunto é um tema recorrente da vida de casais ou da experiência da grande maioria. Casais que após um tempo de relação, pode ser um longo ou curto período, se aproximam do fim, sofrem desgastes, não sabem mais como conviver e muitas vezes se atrapalham nesse processo.
Quando um relacionamento se inicia muitos sonhos e projetos são partilhados e construídos. O caminho que se tem à frente é novo, interessante, lindo e tudo correndo bem, eterno. Mas a partir do momento em que a jornada começa a ser percorrida, muitos novos caminhos, escolhas, surpresas acontecem e muitos deles esbarram no que se tinha sonhado e planejado, nem sempre estão em acordo com o que se esperava. Isso não significa o fim já que no final absolutamente nada acontece conforme planejamos, mas dependendo da situação pode ser muito mais difícil de administrar. Claro que desentendimentos, desencontros, brigas farão parte da vida de qualquer casal, o problema começa a acontecer quando isso tudo se torna constante demais e difícil de se ajustar na dupla.
Alguns casais conseguem superar suas diferenças, administrar as brigas e até a usar os momentos de crise em benefício da dupla. Para isso é fundamental amor, comprometimento, maturidade e tolerância. Já outros, por mais que tentem e se esforcem, não alcançam esse objetivo e precisam lidar com a dor do final. Ainda assim, ainda que saibamos que os finais existem na vida de todos, os sentimentos de derrota e frustração são imensos, a interrupção de um projeto é sempre difícil e desafiador.
É sobre esses casais que falarei um pouco. Ninguém começa imaginando o fim, mas tenho visto cada vez mais na minha prática clínica o quanto é necessário admitirmos que em algum momento o fim chegou e não se há mais o que fazer, pelo menos naquele período. Percebo casais que estendem o limite até o "elástico" arrebentar e sofrem ainda mais. Atuam mais do que refletem, e á quando se dão conta a convivência está muito ruim e quando não, perdida. Certas pessoas na tentativa de evitar a ruptura e salvar o relacionamento esquecem de si mesmas, salvam o casamento, mas pagam o preço alto que muitas vezes envolve o seu próprio bem estar.
Algumas vezes o final é a melhor solução naquele momento. Quando percebemos que a vida a dois se tornou uma ciranda repetitiva, de dores que vão e voltam, de hábitos que não se dissipam, onde nada se transforma é fundamental refletir sobre o que estão fazendo com si mesmos e com o casamento.
Inúmeras são as razões para o término de um relacionamento, desde impaciência com as diferenças e incapacidade de conviver com elas até a simples razão de mudanças em cada um que faz com que muitas vezes os membros do casal cresçam para direções opostas e percam o foco em um mesmo objetivo.
Buscar o culpado também pouco ajudará, deve-se buscar onde cada um foi responsável, qual a participação tanto positiva quanto negativa durante o casamento, onde erraram, onde acertaram. Na tentativa de superar uma crise essas devem ser as perguntas feitas para o outro e acima de tudo a si mesmo.
Não viso ser pessimista ou negativa nas colocações, mas alerto sobre uma questão sempre muito difícil e delicada de se ver e viver, que é o final do amor. Se não do amor, pelo menos da possibilidade de estarem juntos, já que sabemos que apesar da importância primordial do amor, ele não sustenta sozinho nenhuma relação.
Gosto sempre de dizer que o amor que sentimos pelo outro não pode ser maior do que o valor e amor que sentimos por nós mesmos. Temos que ser acima de tudo leais a nós mesmos. Cuidar, investir, se comprometer e superar as dificuldades de um relacionamento são gestos válidos e importantes, mas devemos fazer o mesmo com nossas vidas, cuidar e investir para que as escolhas feitas sejam saudáveis e enriquecedoras. Se alcançou um ponto onde a destrutividade supera a saúde, esse é o ponto onde, novamente, devemos ser leais ao nosso bem estar.
[Dra. Juliana Amaral - Psicóloga]

A ética do amor

Muito se discute, tanto entre os próprios casais como ao redor da maioria das mesas de bares, entre amigos, sobre o quanto se deve ceder num relacionamento e o quanto cada um deve se impor. Parece que encontrar esse equilíbrio tem sido o grande desafio dos relacionamentos amorosos para grande parte das pessoas.
Parar de falar com os amigos do sexo oposto ou manter as mesmas amizades de antes? Contar tudo ou manter sua privacidade a despeito da opinião do outro? Sustentar a máxima “quem me ama tem de me aceitar como sou” ou flexibilizar e analisar cada situação como uma oportunidade de amadurecer? Creio que as respostas para esse tipo de questionamento só podem ser alcançadas após algumas importantes reflexões.
É certo que as pessoas mais velhas, em geral, já experimentaram um número maior de relações e também de frustrações. Portanto, costumam saber na prática o quanto é difícil encontrar alguém com quem se tenha uma sintonia que realmente valha a pena. Só este fator já é bastante significativo para que a maioria aprenda – muitas vezes a duras penas – que ceder é melhor do que enrijecer e desgastar a relação desnecessariamente.
Porém, os mais novos e os mais teimosos (o que independe da idade), talvez por uma questão de quererem testar limites ou exercitar sua autoridade, muitas vezes confundem desejos autênticos com caprichos e terminam exagerando na dose do egoísmo. Acreditam, equivocadamente, que concessão é sinônimo de submissão e que “ganha” quem manda mais na relação. Esses, certamente, desperdiçarão muitas delícias do amor por não se darem conta de que verdadeiramente ganha aquele que age de modo coerente com seu coração e sua ética pessoal.
Se quiser alcançar o tal equilíbrio, minha sugestão é para que você – diante de conflitos com a pessoa amada – permita-se uma autoanálise mais cuidadosa e honesta. Em primeiro lugar, lembre-se de considerar seus sentimentos e suas atitudes antes de julgar e condenar as do outro. Ciúme, insegurança e medo de ser enganado são “pedras” que costumam parar em qualquer sapato e incomodar a quase todos, indistintamente. Ou seja: respeite a dor do outro exatamente como gostaria que respeitassem a sua!
E assim sendo, permaneça comprometido com sua escolha. Se decidir viver um amor de gente grande, comporte-se como tal. No fundo, bem lá no fundo, o que mais importa: manter as amizades no mesmo tom e ritmo que antes ou considerar realmente que agora você está compartilhando sua vida com outra vida? Quem você de fato quer ver feliz, seguro e tranqüilo: seus amigos e seu trabalho ou a pessoa com quem deseja dividir seus dias?
Não estou dizendo que quem namora não pode ter amigos. Não é isso, de forma alguma! Mas quem é amigo de verdade e com um mínimo de maturidade sabe que quem namora tem um projeto de vida a dois e isso significa que as baladas mudam, o tempo é organizado de outra forma e os sentimentos a serem privilegiados são os que ditam a qualidade da relação. Portanto, esses amigos serão os primeiros a se adaptarem a tais mudanças e contribuir para a harmonia do casal.
Por fim, quando os dois estão dispostos a fazer o amor valer a pena, o processo se torna infinitamente mais fácil. Ouvir o que o outro está dizendo sem se defender o tempo todo, reconhecer suas concessões, valorizar suas qualidades e mudar para melhor a cada conversa são decisões infalíveis. Não há ética maior no amor do que parar de fazer joguinhos ou disputar poder, compreendendo que relacionar-se é saber-se no outro tanto quanto sentir o outro em si mesmo. Se um se magoa e sofre, o outro jamais estará a salvo. Do mesmo modo, se um se sente amado e é feliz, o outro é o autor desta festa!
[Dra. Rosana Braga - Consultora]

Fuja do Namoro Salva - Vidas

Todos sofrem por um fim de namoro, um final precoce de uma relação e lidam de formas distintas com suas dores, alguns esperam e respeitam o tempo necessário de recuperação, outros buscam, em caráter de urgência, um substituto para aplacar o sofrimento.
Comento bastante, em especial nas perguntas que recebo, sobre a necessidade de se esperar e ao esperar poder viver a possibilidade de elaborar a dor e se preparar para uma próxima relação. Contudo vejo que muitos insistem na idéia de que não se pode sofrer por alguém, que sentir tristeza é algo "menor" ou até desnecessário, que não tem tempo a perder ou que correm para um novo namoro para curar o que passou. Oriento sempre que tenham cuidado em não atropelar passos importantes no caminho de uma recuperação e o caminho mais longo nessas circunstâncias costuma ser mais sólido e saudável a longo prazo.
Vamos então levantar pontos importantes a serem considerados quando o assunto é recomeço.
Quanto tempo preciso esperar? Sabemos que um ano é um tempo razoável para se passar pelas etapas do processo da perda e de restabelecimento. Não é matemático, mas é consensual dentro do nosso campo, muito menos que isso costuma deixar falhas em razão de atropelos nas etapas. Claro que existirão variações de intensidade ou necessidade de tempo, mas é um tempo de recolhimento necessário para se pensar no que aconteceu, para se habituar com a ausência do outro no seu dia a dia, com o espaço vazio deixado pela falta, com a retomada dos amigos ou relações que tenham se distanciado durante o namoro, de recomeçar, de colher forças, coragem e uma real vontade ou real disponibilidade para um novo vínculo em sua vida. Poderia enumerar várias outras razões, mas essas já bastam e são complexas o suficiente, então pergunto, como fazer tudo isso correndo? em pouco tempo? é possível?
Chegamos ao próximo ponto, as etapas mal processadas costumam levar a um namoro "de transição", "de apoio", "de suporte", podendo ser vivido como um "tapa buraco". Para algumas pessoas sabemos que funciona e até encontram na relação seguinte algo bastante real e sólido, mas para a maioria essa prática traz em pouco tempo angústias, desânimo ou desinteresse no parceiro, isso porque logo no início a relação serviu como um grande depósito da carga vivida, teve como base a necessidade de cura para uma dor, fazendo como que esse novo relacionamento exercesse uma "função" e terminada essa função ele perde a razão de existir ou não se sustenta. O final nessas ocasiões costuma ser o mesmo, o namoro termina e tudo que ficou em aberto na relação anterior e mascarado na atual retorna com a mesma ou maior intensidade. Mais uma vez, por não ser algo absoluto ou matemático, podemos dizer que em alguns casos esse processo encontra êxito e o "namoro de transição" ajuda a melhorar a dor, as inseguranças, os medos e se transforma em uma saudável parceria, mas isso acontece em poucos casos, na maioria deles o buraco reabre e pede passagem.
Algumas pessoas seguem tapando buraco e encontram os seus salva vidas onde se apóiam e se sustentam por medo de afundar, de não dar conta, não sobreviver. Hábito bastante perigoso pelo risco de se tornar repetitivo e deixar preso em um relacionamento cristalizado e pouco saudável.
Vale considerar que toda essa dinâmica sofre infinitas e imensas variações dependendo de quem se trata, de sua personalidade, suas questões emocionais, suas histórias e seus recursos para lidar com a dor.
Em todo o caso, voltando ao ponto de partida do artigo, é fundamental ter em mente que a casa precisa ser arrumada ao final da festa, tudo está fora do lugar, a bagunça é generalizada. É preciso um tempo de arrumação, de recolhimento, de retomada de força, preparar para a próxima a visita, para que ela seja bem recebida e por alguém bem disposto. Não se prive desse tempo, ele será seu parceiro, muito mais do que se imagina, ele lhe trará um novo olhar e novas perspectivas sobre o que passou e lhe ajudará a enxergar melhor o futuro e as escolhas que fará. Se permitir um tempo é acima de tudo um gesto de cuidado com sua vida, com o seu mundo emocional e com a próxima relação que surgir.
[Juliana Amaral - Psicóloga]

terça-feira, 15 de março de 2011

Sexo e compromisso: como a pressa pode prejudicar as relações

Recebemos diariamente no Seja+ uma enorme quantidade de mensagens, que são escritas por uma grande variedade de usuários do site. Em geral, estas mensagens versam sobre temas diversos: relacionamentos que terminaram, decepções com pretendentes, dúvidas sobre como proceder na hora da conquista, dúvidas sobre o que escrever no perfil, questões sobre relacionamento à distância, entre tantos outros assuntos. Por geralmente serem escritas por pessoas diferentes, é natural que as mensagens contenham questões bastante variadas. Por esta razão, me chama a atenção quando um mesmo tema começa a se repetir, aparecendo no discurso de muitos usuários. Isso porque essa recorrência revela que não se trata de uma questão individual, específica a uma pessoa ou uma situação, mas algo comum a um grupo de pessoas.
Entre os temas que se repetem, estou certa de que os mais frequentes são a queixa de que homens estão interessados apenas em sexo e de que homens simplesmente desaparecem depois de alguns encontros, mesmo quando tudo parecia correr bem. Evidentemente estes assuntos surgem sempre em mensagens enviadas por mulheres, que geralmente estão quase convencidas de que todos os homens pensam e agem do mesmo jeito.
Quando leio esse tipo de mensagem, costumo tentar compreender os dois lados da história. É claro que é mais fácil entender o lado das mulheres que nos escrevem, justamente porque são elas que enviam as mensagens e expõem sua maneira de pensar. Não é complicado entender que elas estão decepcionadas ou com raiva, pois tiveram suas expectativas frustradas. Mas e o lado dos homens, como entender sem que eles se manifestem? Será que todos eles estão em busca apenas de sexo casual, sem querer um compromisso? Creio que não. Mais do que isso, creio que generalizações como essa são absolutamente injustas, já que colocamos “no mesmo saco” pessoas que pensam de maneiras bastante diferentes. E quanto ao sumiço, o que pensar? Por que eles desaparecem sem dar satisfação, quando tudo parecia se encaminhar para um relacionamento sério? Será que eles têm medo, fogem do compromisso, encontraram alguém mais interessante...? Milhares são as possibilidades, de modo que seria infrutífero tentar listar todas elas. Uma mensagem de um usuário, no entanto, parece ter lançado alguma luz sobre ambas as questões – homens que “só querem sexo” e outros que desaparecem – que parecem se relacionar uma com a outra. Ao lê-la, encontrei uma explicação possível para o comportamento do qual tantas mulheres se queixam. É importante ressaltar que esta é uma explicação possível, e que ela parece se adequar ao que acontece em muitos casos. Isso não significa, no entanto, que o que o usuário escreveu seja regra, nem que seja generalizável para todo e qualquer homem. Segue, então, a mensagem:
Olá!! Boa noite. Vejam bem, algumas ou muitas mulheres mal nos conhecem no site e querem marcar encontro. E, não raro, já querem compromisso. Não é assim... É preciso conhecer... Ter uma certa segurança emocional no relacionamento, não? Algumas já vêm logo, também, com dez pedras na mão, achando que só queremos sexo. E dificultam muito o encontro. O que acham? Obrigado.
Ao ler essa mensagem – a meu ver, bastante sensata – pude entender uma razão para que tantos homens desapareçam após alguns encontros. Muitas mulheres provavelmente ficam tão ansiosas para terem um relacionamento sério que, ao encontrar um pretendente com quem têm afinidade, se antecipam e logo desejam ter com ele um compromisso. É como se aquela fosse “a” oportunidade, que não podem deixar escapar. O resultado, no entanto, é o inverso: se sentindo pressionados e acreditando ser cedo demais para assumir compromisso, muitos homens simplesmente saem de cena. Isso significa, então, que eles não querem compromisso? De acordo com o autor da mensagem acima, não. Quando ele diz “é preciso conhecer... Ter uma certa segurança emocional no relacionamento”, me parece que o usuário revela que deseja, sim, ter uma relação séria. O que ele – e certamente diversos outros homens – não quer é queimar etapas, ter pressa, fazer as coisas correndo. É preciso conhecer para namorar, não sendo possível pular essa parte. Sendo assim, a ansiedade e o excesso de expectativas femininas acabam atrapalhando e fazem com que a relação não vá adiante.
Se os homens “fogem” quando elas, precocemente, falam em compromisso (ou demonstram estar ávidas por isso), as mulheres, por sua vez, parecem fugir de homens que logo falam em sexo. Isso porque elas interpretam a simples menção ao assunto como falta de interesse em uma relação séria. Na percepção de muitas mulheres, é como se as duas coisas fossem incompatíveis, ou seja, se os homens realmente querem namorar, eles não propõem fazer sexo logo. Isso evidentemente não é verdade. No meu entendimento, o que acontece é simplesmente uma diferença entre as visões feminina e masculina sobre o sexo, como mencionei no meu último artigo. De qualquer maneira, assim como a ansiedade das mulheres por assumir um compromisso muitas vezes acaba atrapalhando a relação que se inicia, o desejo dos homens por ter sexo logo também pode acabar gerando um término precoce. Por este motivo, creio que homens que têm alguma paciência de esperar um pouco mais pelo sexo tenderão a ter mais sucesso com mulheres em busca de relações sérias.
O que pude deduzir a partir de tantas mensagens enviadas pelas mulheres e desta mensagem enviada por um homem é que pessoas de ambos os gêneros parecem estar bastante defendidas em relação aos pretendentes. Quando sentem no ar a ideia de compromisso, os homens desaparecem. Quando percebem que eles querem fazer sexo, as mulheres vêm “com dez pedras na mão”, como disse nosso usuário. Antes de tentarem entender o que aquele(a) pretendente específico deseja e como ele(a) pensa, homens e mulheres já fazem generalizações e julgamentos baseados em experiências anteriores. O resultado, como vemos, quase sempre é desastroso e frustrante.
Diante de tudo o que foi dito, concluo com três sugestões simples: 1) Mulheres, tentem conter sua ansiedade e suas expectativas por um relacionamento sério. Não tentem queimar etapas e evitem pressionar homens que acabaram de conhecer por um compromisso. 2) Homens, tentem conter seu desejo por sexo quando perceberem que isso pode fazer as mulheres pensarem que seu interesse é somente esse. Sejam sutis, não forcem a barra e lembrem-se que às vezes esperar um pouquinho mais pode compensar. 3) Homens E mulheres, não se defendam tanto, não julguem o outro sem conhecê-lo. “Esqueçam” seus relacionamentos anteriores e as experiências frustrantes que vocês tiveram. Relacionem-se com aquele(a) que está na sua frente e não com fantasmas do passado.
[Dra. Mariana Santiago de Matos - Psicóloga]

Você se apega muito rapidamente às pessoas?

Já desconfiou, ao final de algum (ou vários) relacionamentos, que seu maior erro é se apegar muito depressa ao outro? Já teve a impressão de que tudo acabou porque você sufocou, pressionou ou cobrou demais, perdendo a linha do equilíbrio e do bom senso e cansando a pessoa que estava com você?
Se percebeu, já é um ótimo começo para a mudança. Afinal, somente quando nos damos conta do que não está bom é que podemos passar a ter um novo comportamento. No entanto, muitas pessoas nem percebem. Começam e terminam relações sem notarem que o problema está no ritmo. Ou melhor, na ansiedade, no medo de perder, na mania de “passar a carroça na frente dos burros”, como se diz popularmente.
Em geral, são pessoas carentes e que, no fundo, não acreditam que merecem ser amadas. Ou seja, a questão é, antes de qualquer coisa, sobre autoestima. Sentem-se inseguras e duvidam o tempo todo dos sentimentos do outro. Tentam, a todo custo, obter provas de que realmente são dignas de sua companhia e atenção. E, assim, tornam-se tensas e sem graça.
Um modo eficiente de começar a reverter esse cenário é imaginar a situação sob outro ângulo. Como se você fosse o outro e o outro fosse você. Imagine estar com alguém que se submete o tempo inteiro e praticamente implora amor. Imagine que qualquer atitude sua nunca seja suficiente para que o outro se sinta satisfeito e amado. E ele sempre cobrasse mais. Não de um modo carinhoso, mas de um modo magoado e bravo.
Difícil mesmo se manter encantado e interessado por pessoas cuja mente e coração ainda não entraram em sintonia. Elas mesmas não reconhecem os motivos pelos quais podem e merecem ser amadas. Não conseguem enxergar nelas mesmas características convincentes e suficientes, e por isso não aceitam e não confiam na demonstração de afeição do outro.
Tente descobrir o que, segundo sua própria opinião, está te faltando. A partir de hoje, antes de cobrar amor ou atenção do outro, cobre de si mesmo. Questione-se: o que me falta para que eu seja adorável? O que preciso encontrar em mim mesma que me faça acreditar que é impossível não me considerar agradável e querida? Falta charme, persistência, humor? Falta coragem para me colocar, para dizer o que penso e sinto? O que falta?
E de pergunta em pergunta, vá descobrindo suas lacunas e preenchendo uma a uma, até que se dará conta de que pode ser mais e melhor toda vez que olha para si e se dá a chance de se ver de verdade. A chance de se amar e se alimentar antes de morrer de fome de um amor que é do outro e que você ainda não fez por merecer.
Apego é fome. Apego é desespero. Apegar-se é implorar. E não há nada mais pobre e ineficiente do que suplicar sentimentos. Se você não o tem é porque ainda não aprendeu a conquistá-lo ou porque não é aí, nesse lugar, com essa pessoa, que vai encontrá-lo. Saber se deve ficar, até quando, ou simplesmente ir embora é, no final das contas, também uma questão de autoestima. Enxergue-se e se torne em quem você quer ser. E tudo será bem mais fácil...
[Dra. Rosana Braga - Consultora]

Como saber se você está vivendo um relacionamento sério!

Tudo o que muitas pessoas gostariam de obter, para somente então depois se comprometer realmente com alguém, é uma espécie de termo de garantia de que não iriam “quebrar a cara” e nem sofrer por terem, finalmente, decidido viver um relacionamento sério!
Louvável desejo, afinal de contas seria bem estranho se costumássemos nos arriscar à toa. No entanto, quando o assunto é amor, sentimentos e, principalmente, relacionar-se com outra pessoa, termos de garantia nunca farão parte do pacote. Ou melhor, somente produtos, máquinas e serviços são passíveis de garantias. O universo humano, não!
Estamos falando de futuro, do que está por vir. E como bem cantou Toquinho: “... o futuro é uma astronave que tentamos pilotar. Não tem tempo nem idade, nem tem hora de chegar. Sem pedir licença muda a nossa vida e depois convida a rir ou chorar...”. Considerando o que podemos chamar de “fazer a nossa parte”, no mais temos bem pouco controle sobre os resultados.
E assim sendo, estou certa de que um relacionamento sério não é um rótulo que se recebe depois de xis encontros ou a partir de uma determinada conversa. Mas sim no exercício de se relacionar, dia após dia, um de cada vez. Ou seja, são as nossas atitudes diárias, ou ainda mais pontualmente, é aquilo que fazemos agora, neste exato momento, que determina a seriedade com que vivemos.
Qualquer qualidade referente ao que vivemos se dá na construção da própria vida. Da mesma forma, na construção dos relacionamentos. E isso implica em desenvolver a capacidade de ir percebendo, a cada acontecimento, se temos de falar mais ou ouvir mais, de ceder mais ou se impor mais, de conversar ou de calar. Enfim, a melhor medida, num relacionamento sério, é aquela decorrente de uma consulta honesta e justa ao nosso coração e ao nosso bom-senso, em cada circunstância.
Portanto, além de não oferecer garantias, a vida também não oferece manual de instruções. Mas felizmente, oferece condições para que cada um de nós, a partir da consciência do que queremos e do que sentimos, possamos nos rever e voltar atrás e recomeçar sempre que julgarmos necessário.
Se o que você pretende é viver de fato um relacionamento sério, o que mais pode lhe conduzir a isso é a expressão desse desejo, sem se deixar engessar, é claro. Ter claro para si o que você quer é fundamental, mas considere também que a vida é uma caixinha de surpresas e que isso pode ser maravilhoso. Flexibilidade, espontaneidade e autoconhecimento são os segredos!
No final das contas, deixe rolar, siga o fluxo e vá fazendo pequenos ajustes para que suas intenções estejam sempre em sintonia com suas ações e escolhas. E quando menos esperar, o relacionamento sério dará os primeiros sinais de estar nascendo. A partir daí, sem descuidar do essencial, restará a você mostrar o seu melhor, sabendo-se merecedor do que tanto desejou...

[Dra. Rosana Braga - Consultora]

Amor e Paixão Até onde insistir?

Com frequencia chegam por meio das perguntas dos usuários dúvidas e queixas sobre desencontros no amor e na paixão. Enquanto um lado deseja muito, o parceiro - razão da queixa - se distancia ou está em completa falta de sintonia com o que o outro sente. O resultado costuma ser o mesmo, aquele que muito deseja, insiste em algo que desde o início se mostrou bastante incerto, com sinais claros de diferença nos objetivos. Por essa razão sofre, busca meios de transformar a situação, esquece seus próprios limites e se submete demasiadamente àquele que está ao seu lado.
Um casal se conhece e inicia uma intensa paixão. A princípio, os objetivos costumam ser os mesmos, pois envolve muito mais o irracional de cada um do que clareza e objetivos da vida a dois. Dentro de algum tempo a paixão, ainda que continue, sofre alguma redução e abre-se espaço para cada um poder mostrar mais sua subjetividade, sua personalidade assim como o que sonham e desejam juntos, ou não. Vimos em muitos casos que é a partir desse ponto que casais começam a sofrer desencontros e frustrações. Para um basta o jeito que está, ou começa a mostrar que pensa e age diferente quando se está junto de alguém, para o outro não basta e deseja mais de um relacionamento do que o que possuem naquele ponto. Algumas vezes o desencontro será iminente, ou seja, anunciado desde o início, outras vezes acontecerá mais lentamente. Nos dois casos o sofrimento e a decepção podem ser igualmente grandes uma vez que na paixão não se espera que o outro possa ser, pensar, agir e sentir de forma diferente, quando o ser humano está apaixonado dois viram um.
Quando nada disso acontece ou seja, quando superam suas diferenças e desencontros pelo desejo de permanecerem juntos, o casal caminha, se constitui enquanto tal, constrói, aprende com as diferenças, se ajustam e solidificam o vínculo. Por outro lado quando caminha para um rumo de diferenças abissais vimos acontecer fenômenos dos mais variados e o mais comum costuma ser aquele em que o sujeito de submete demasiadamente ao outro a fim de tentar preservar a união.
É necessário saber que quando um da dupla age dessa forma, ou seja, indiferente e sem vontade de ir mais adiante do que já se foi, dificilmente se conseguirá contornar o que já está definido e o sofrimento tende a crescer indefinidamente após cada queda e frustração daquele que insiste. Isso acontece devido a uma assimetria no amor, nos objetivos e no vínculo. Não que possamos afirmar categoricamente que o amor divide a mesma porcentagem de ambos os lados, mas ele precisa ser equilibrado, vir das duas vias, alternar entre as duas partes, enfim uma dança harmoniosa que ora um leva enquanto o outro se deixa levar, para no momento seguinte ser o outro que irá guiar. Quando o descompasso é grande demais, sempre terá um que tentará de todas as formas (geralmente cego pela paixão) se ajustar ao ritmo imposto exclusivamente pelo outro, em danças assim todo o prazer fica à margem, distante, e o que mais se vê são as quedas, tombos e machucados. O casal precisa fazer uma escolha em estar junto, amar e se doar por opção, não porque o outro demanda e suplica. O amor deve ser algo que naturalmente acontece, sem insitências ou súplicas, pois se assim for, será sofrimento e não mais amor.
Aquele que assim age, com súplicas e insistências sem limites, geralmente se perde em um caminho do qual já não consegue mais voltar. Perde sua subjetividade, seus limites, sua auto crítica, seu bom senso, seu amor próprio e o respeito por si mesmo. Dentro desse cenário é ainda mais difícil chegar ao reencontro, pois sabemos o quanto que ao nos desvalorizarmos, o outro assim também o fará, perde-se a admiração, surge a pena.
Antes que algo assim irrompa e corra o risco de se transformar em um sintoma, como muitos que vemos surgir nos relacionamentos, perceba a si mesmo e se está agindo dessa forma. Sabemos que nem sempre é fácil, pois muitas vezes ao se dar conta, já se foi levado pelo turbilhão das confusões e das neuroses. Por outro lado é sempre possível fazer uso dos aspectos saudáveis que todos possuem em maior ou menor escala dentro de si. A pessoa em algum nível percebe que está em sofrimento e a partir daí pode se questionar até que ponto vale ir adiante. Aquele que consegue perceber consegue também fazer um segundo esforço para utilizar seu lado saudável para tentar interromper esse processo, se questionando, avaliando e pesando perdas e ganhos. Amores, ainda que com suas doses de sofrimento, desencontros e incoerências, precisam ser acima de tudo vivências saudáveis e enriquecedoras.
[Dra. Juliana Amaral - Psicóloga ]

ENDOMETRIOSE: ESTUDO ASSOCIA PROBLEMA AO CONSUMO EXAGERADO DE GORDURA TRANS

ENDOMETRIOSE: ESTUDO ASSOCIA PROBLEMA AO CONSUMO EXAGERADO DE GORDURA TRANS

Pesquisa revela que alimentação influencia diretamente no desenvolvimento da doença.

Segundo a pesquisadora da Universidade de Harvard, Stacey Missmer, autora do estudo, as mulheres que consomem mais ácidos graxos como o Omega-3 tiveram 0,78% menos chances de desenvolver a endometriose. As que consumiam maior quantidade de gordura trans aumentaram em 1,44% o risco de ter a doença.


A pesquisa é a maior já feita para investigar a ligação entre a alimentação e o surgimento da endometriose nas mulheres. Além disso, também é o primeiro estudo propenso a identificar um fator de risco modificável para a doença. Para isso, o estudo reuniu dados de cerca de 120.000 enfermeiras estadunidenses, com idades entre 25 e 42 anos, que nunca tivessem sidos diagnosticadas com a endometriose.


Depois de 12 anos acompanhando a dieta dessas mulheres, descobriu-se que mais importante do que saber a quantidade total de gorduras ingeridas, era saber o tipo delas, se trans ou Ômega-3. Ficou constatado que a influência dos ácidos graxos sobre a produção de prostaglandinas e sobre a resposta inflamatória do corpo foi mais prevalente nas mulheres cujas dietas continham mais Ômega-3, o que as protegeu contra a endometriose.


Por outro lado, também ficou provada a hipótese de que mulheres que seguem dietas com uma maior prevalência de gordura trans têm um risco maior de serem diagnosticadas com endometriose, o que realmente aconteceu.


"O estudo americano nos revela que a endometriose, assim como muitas doenças crônicas, também apresenta fatores de risco. Os estudos epidemiológicos realizados em todo o mundo têm sido fundamentais na identificação de fatores de estilo de vida que podem contribuir com o aparecimento da doença.”, explica o Prof. Dr. Joji Ueno, ginecologista, diretor da Clínica GERA.

Ainda segundo o especialista, assim como os médicos já fazem recomendações sobre o estilo de vida visando prevenir doenças cardiovasculares e diversos tipos de câncer, é hora de acreditar que os fatores modificáveis também podem ser identificados no campo da saúde reprodutiva, visando a redução dos casos de infertilidade.

ENDOMETRIOSE AFETA A VIDA PROFISSIONAL DAS MULHERES

Você sente dor durante a relação sexual? O seu intestino sofre alterações durante a menstruação, como diarréia ou dor para evacuar? Você está tentando engravidar há mais de um ano e não obtém sucesso? Estes problemas podem ser conseqüência de uma doença muito comum entre as mulheres, mas, na maioria das vezes, diagnosticada de forma tardia: a endometriose.

O que as pessoas não imaginavam é que o distúrbio seria capaz de trazer complicações para a vida profissional. O primeiro estudo mundial sobre o impacto social da endometriose, feito pela Universidade de Oxford, Reino Unido, revelou uma significativa perda de produtividade no trabalho entre as mulheres que sofrem com a doença.

Foram recrutadas 1.459 mulheres, com idades entre 18-45, de dez países, nos cinco continentes, para participarem do Estudo Global de Saúde da Mulher (GSWH). Todas elas fizeram uma laparoscopia, devido aos sintomas sugestivos de endometriose. Além do exame, as participantes preencheram um questionário detalhado sobre os sintomas que sentiam e o impacto que estes provocavam em suas vidas.

“O GSWH é o primeiro estudo a avaliar como as mulheres com endometriose são impactadas pela doença. A perda da produtividade no trabalho representa, em média, dez horas por semana, contra sete horas por semana, em comparação a outras mulheres que participaram do estudo e apresentavam outras doenças. Atividades não relacionadas ao trabalho, tais como serviços domésticos, exercícios, estudos, fazer compras e o cuidar de crianças também foram significativamente afetadas pelos sintomas dolorosos da doença”, diz Kelechi Nnoaham, do Departamento de Saúde Pública da Universidade.

Os pesquisadores também observaram um atraso no diagnóstico da doença de pelo menos sete anos, período em que as mulheres relataram pela primeira vez aos seus médicos os sintomas, até que eles confirmassem o diagnóstico da doença. Este tempo representa uma média de 6,7 consultas antes do encaminhamento para um especialista em endometriose.

Palavra de especialista

O resultado do estudo servirá como base para estudos em curso futuros, bem como para investigações biológicas sobre a origem da endometriose e para marcadores de diagnóstico da doença.

“A compreensão do estudo reforça a necessidade de uma maior sensibilização da classe médica em relação à doença, reduzindo o tempo de diagnóstico, melhorando o atendimento a estas mulheres e até mesmo aumentando o financiamento para a investigação de melhores tratamentos para a endometriose”, defende o Prof° Dr. Joji Ueno, ginecologista, diretor da Clínica GERA.

De acordo com ele, as mulheres não devem ignorar uma cólica forte ou qualquer outra alteração no organismo durante o período da menstruação: “Elas devem procurar um médico ao apresentarem resistência a remédios ou quando se sentirem incapacitadas de exercer suas atividades normalmente, pois cólica intensa é o principal sintoma de endometriose”.

Outra preocupação é em relação à infertilidade feminina, que pode manifestar-se em alguns casos. “Pacientes em estágio avançado da doença e obstrução na tuba uterina que impeça o óvulo de chegar ao espermatozóide têm um fator anatômico que justifica a infertilidade”, diz o médico. Além disso, ele ressalta que algumas questões hormonais e imunológicas podem ser a causa para mulheres com quadros mais leves de endometriose não conseguirem engravidar.

“Com o tratamento e, geralmente, após a realização da laparoscopia, uma boa parcela das pacientes consegue engravidar, principalmente as mulheres em que as tubas não tiverem sofrido obstrução. É por isso que no final da laparoscopia costuma-se injetar contraste pelo canal do colo uterino para ver se ele sai pelas tubas. A caracterização dessa permeabilidade tubária é um ponto a favor de uma gravidez que depende, entretanto, de outros fatores como a função ovariana ou a não formação de aderências depois da cirurgia”, conclui o Prof° Dr. Joji Ueno.

O RONCO PODE CAUSAR DOENÇAS GRAVES

O ronco está longe de ser um distúrbio inofensivo, que somente atrapalha quem dorme ao nosso lado. Causado pelo relaxamento dos músculos da garganta, língua e palato durante o sono, o ruído alto e incômodo acontece quando o ar passa pela garganta fazendo com que os tecidos do palato vibrem. Apesar de ser sempre muito ignorado pelas pessoas que sofrem deste mal, o ronco não pode ser encarado como um “probleminha à toa”, kA que, de acordo com pesquisas, ele pode causar doenças graves.
“Existem diversos tipos de tratamento para o ronco, inclusive na odontologia, com o uso de placas. Não há motivos para o roncador deixar de se cuidar, já que o distúrbio tem se tornado fator de risco para várias enfermidades”, diz Dr. Eduardo Rollo Duarte, dentista especialista em odontologia do sono.
Sintomas e Doenças que o ronco pode causar:
Apneia do sono – Caracteriza-se por pequenas interrupções durante o sono, onde o paciente fica alguns minutos sem respirar e depois volta ao normal.
Gengivite e diabetes - O ronco deixa a boca seca, o que causa a diminuição de saliva, que é um fator de proteção contra a proliferação de bactéria o que contribui para o aparecimento de doenças bucais, além de afetar a gengiva, favorecendo a gengivite. Ela também provoca o aumento da resistência à insulina, dificultando o controle do açúcar no sangue. Ao se iniciar um tratamento dentário deve ser informado ao dentista que se tem diabetes, pois alguns dos procedimentos serão alterados em função disso.
A gengivite é o inchaço e sangramento na gengiva, que também causa mau-hálito, pus, amolecimento e mudança na posição dos dentes, provoca também o aumento da resistência à insulina, dificultando o controle do açúcar no sangue.“A preocupação com os dentes e gengiva ajuda a prevenir doenças bucais, e os diabéticos devem ter atenção redobrada com relação a isso.”, diz Dr. Eduardo.
Problemas cardíacos - Durante o sono, a apneia causa o relaxamento da faringe, dificultando a passagem do ar. "O paciente fica sem respirar por alguns instantes e isso diminui a oxigenação do organismo. Isso faz com que a pressão arterial fique mais alta, aumentando assim os riscos de enfarte”, explica o especialista.
A obstrução das vias respiratórias faz com que o organismo precise de uma força maior para que o ar chegue até o pulmão e possa ser distribuído para o organismo, o que força o coração a bombear o sangue com mais força ou rapidez.
Sonolência diurna - Resultado de uma noite mal dormida. Pacientes que roncam não atingem um sono profundo, já que ficam em estado de semialerta. A falta do descanso ideal causa sonolência diurna, o que pode acarretar em acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e claro, péssima qualidade de vida.
Glaucoma - O glaucoma é o distúrbio visual que pode levar à cegueira. A apneia do sono pode ser associada a algumas condições oftalmológicas como o glaucoma, devido às paradas respiratórias. Durante o sono ocorre a diminuição do oxigênio sanguíneo que reduz a espessura no nervo retinal, o que leva ao glaucoma. Pacientes com apneia do sono devem fazer exames periódicos para avaliar sinais precoces de glaucoma, da mesma forma, pacientes com distúrbios ópticos devem ficar atentos e apurar a presença de apneia.
Mais informações: Dr. Eduardo Rollo
www.eduardorollo.com.br

MAU HÁLITO: CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE ESSE DESCONFORTO BUCAL

O mau hálito ou halitose é um dos problemas mais comuns entre as pessoas e costuma gerar um grande desconforto e constrangimento. Quem sofre com o problema, por vezes, evita sorrir, falar e se aproximar dos outros. Por outro lado, a pessoa que não consegue controlar a disfunção pode acabar se acostumando com o próprio hálito, não sendo capaz de perceber ou admitir o mau odor bucal e que os demais se afastam dela.

Para saber um pouco mais sobre esse desconforto bucal, confira uma entrevista com Dr. Vladimir Schraibman, especialista em cirurgia geral, gastrocirurgia e orientador de Cirurgias Robóticas da área de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Albert Einstein.

1. O que é halitose?
Em primeiro lugar, vamos entender o que é hálito. Ele é composto pelo ar expirado após a inspiração que provoca as trocas gasosas fisiológicas, associado às substâncias eliminadas por via pulmonar. Estas substâncias partem do intestino para o fígado, para a bile, para o sangue e, finalmente, para os pulmões, quando são eliminados pela expiração. Todo este processo resulta no odor desagradável por causa da passagem do ar pela cavidade bucal ou estômago durante o processo da respiração.

2. Por que problemas de refluxo, gastrite ou uma dieta carregada em proteína podem dar origem à halitose?
A digestão não ocorre exclusivamente no estômago ou intestino. Quando o processo de digestão ocorre há uma liberação desses gases para o esôfago e a boca. Em pacientes portadores de refluxo, o conteúdo do estômago reflui em direção à boca contendo restos alimentares e sucos gástricos que, muitas vezes, ainda estão indigestos, causando mau hálito crônico. A gastrite, por gerar uma lentidão maior no estômago, pode induzir quadros de digestão lenta com liberação de gases estomacais que originam o odor bucal. Refeições ricas em proteínas também podem gerar este problema, pois acarretam numa digestão lenta com liberação de amônia e resíduos que são ricos em odores que levam à halitose.

3. É verdade que a constipação intestinal também pode ter influências no desenvolvimento da halitose? Por quê?
É verdade. Há vários problemas que podem influenciar no aparecimento da halitose, como por exemplo: jejum prolongado, higiene bucal inadequada, diabetes, prisão de ventre, entre outros. Estresse e medicamentos controlados também podem ser responsáveis pelo mau hálito, porque inibem o fluxo salivar.

4. A halitose pode ocasionar algum tipo de repercussão clínica? Qual?

Não existem maiores problemas ocasionados pela halitose. Apesar disso, pode provocar alguns prejuízos de ordem emocional, como insegurança ao se aproximar das pessoas, seguido de depressão, dificuldade em estabelecer relações amorosas, esfriamento do relacionamento entre o casal, resistência ao sorriso, ansiedade, e baixo desempenho profissional, quando o contato com outras pessoas é exigido.

5. Quando a halitose é gerada por problemas digestivos, como deve ser o tratamento? Ele deve ser multidisciplinar?

Primeiro deve ser avaliado quais detritos estão mais presentes na mucosa bucal e a partir dai definir se há necessidade de um tratamento ou apenas orientação sobre a higiene bucal.
ALIMENTOS CONTRA O MAU-HÁLITO
Ninguém merece passar horas no banho, depois muito tempo se arrumando para, quando chegar na hora da paquera, não atingir o alvo por causa do mau-hálito. Você já se viu nesta situação? Muitas vezes, o problema pode não ser falta de higiene. Além de doenças que podem causar este constrangimento, o corte de alguns nutrientes também podem nos deixar com aquele bafo.

Um bom exemplo é a diminuição ou a retirada de alimentos ricos em carboidratos da nossa dieta. De acordo com estudos, a falta deste nutriente faz com que o nosso organismo fabrique quetonas, ácidos que queimam como combustível em nosso estômago e deixam aquele odor vergonhoso na nossa boca.

Alimentos que evitam o problema:

Banana
Além de ser rica em potássio e evitar câimbras, uma única banana tem 24 gramas de carboidrato. Vale lembrar, ainda, que frutas estão liberadas na dieta, não é verdade?
Aveia
Pela manhã, coma uma xícara de chá de aveia em flocos. Este alimento é um ótimo aliado na luta contra o intestino preso e oferece 67,6 gramas de carboidrato.
Feijão
Se você pensa que é só o arroz que oferece este nutriente, está muito enganado! Duas conchas médias de feijão contêm 33,8 gramas de carboidrato e podem ser consumidas sem culpa.
Pão integral
Além de ter grande quantidade de fibras, este tipo de pão deve estar incluído na sua dieta por que é uma ótima fonte de carboidratos. Cinco fatias contêm 50,2 gramas.
Arroz integral
Quatro colheres de sopa deste alimento contêm 21 gramas de carboidratos e podem ser consumidas diariamente! Até porque, a quantidade de fibras é altíssima e te ajuda a manter o intestino funcionando.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Entenda o envelhecimento interno e da pele

Já a partir dos 20 anos a taxa de produção celular diminui e os mecanismos de defesa do nosso organismo perdem a efetividade natural. Mas é entre os 40 e os 50 anos que, além do menor ritmo de renovação celular e da perda da capacidade de retenção da água, os efeitos cumulativos da agressão solar e o contato com as mais variadas formas de liberação de radicais livres, como o estresse, a poluição, o cigarro e a ingestão de bebidas alcoólicas, entre outros, são somados às mudanças hormonais, que geram uma séria de reações bioquímicas no organismo da mulher. Para o homem, as alterações hormonais não têm tanto impacto na aparência da pele.

O que são radicais livres de oxigênio (O2)?

São moléculas formadas diariamente no nosso organismo. Por serem muito instáveis, se não estivermos devidamente protegidos, podemos ter estruturas celulares, como a do DNA atacadas. Isso altera a condição de normalidade da pele, favorecendo o surgimento de rugas, flacidez e perda de vitalidade. O sol, o cigarro e o álcool são grandes desencadeadores da produção de radicais livres.

Do lado de dentro, do lado de fora

O envelhecimento interno, também chamado de envelhecimento cronológico, é decorrente do desgaste natural do organismo, causado pelo passar dos anos, sem a interferência de agentes externos, com o envelhecimento de todos os órgãos, inclusive a pele. A aparência da pele envelhecida só por fatores internos é a da pele idosa encontrada na face interna do braço, próxima à axila. É uma pele fina, com pouca elasticidade, mais flácida e apresentando finas rugas, porém sem manchas ou alterações na sua superfície.

O envelhecimento externo, ou fotoenvelhecimento, é aquele decorrente do efeito da radiação ultravioleta do sol sobre a pele durante toda a vida.
Vilão: o sol
O raio UVA representa a maior parte do espectro ultravioleta e possui intensidade constante durante todo o ano. Penetra profundamente na pele, sendo o principal responsável pelo fotoenvelhecimento. Tem importante participação nas fotoalergias e também predispõe a pele ao surgimento do câncer.
O raio UVB é o principal causador do câncer de pele, apresentando maior intensidade durante os meses de verão. É o responsável pelas queimaduras solares e pigmentação indireta da pele.

Cirurgia plástica: cicatriz

Dizem que cada cicatriz tem uma história para contar. Mesmo assim, ninguém gosta de ter cicatriz.Por isso, os cirurgiões plásticos acabam sendo procurados para eliminar essas marcas indesejáveis no corpo."Toda cicatriz pode ser amenizada desde que o procedimento seja feito corretamente e de preferência por cirurgião plástico, que tem em sua formação uma conscientização de tratar com delicadeza os tecidos durante uma cirurgia", explica a cirurgiã plástica e diretora técnica Dra. Ruth Graf, do Pietà Centro Médico. A aproximação correta da pele durante a sutura, complementa a médica, faz a diferença no resultado final da cicatriz.
Existem cirurgias para retirar ou amenizar as cicatrizes, que são divididas em inaparentes e aparentes.As cicatrizes inaparentes não precisam ser amenizadas, já que ficam em locais não expostos ou em pregas cutâneas e são disfarçadas com as marcas do corpo."As aparentes são aquelas que podemos visualizar e podem ser corrigidas.Essas cicatrizes podem ser finas, com aspecto claro e macio, hipertróficas, que são aquelas com aparência avermelhada e grossa, e queloidianas, os chamados quelóides, que são avermelhadas, elevadas, dolorosas ou com prurido", esclarece a cirurgiã plástica.
Segundo a Dra. Ruth, cada cicatriz possui um tipo de cirurgia para correção, que pode ser mais difícil conforme a região do corpo onde está localizada.Nas articulações, como o joelho, por exemplo, as cicatrizes sempre irão alargar, por melhor que seja feita a sutura. No tórax, pode ser necessária mais de uma cirurgia para a sua correção.Os quelóides precisam de um tratamento mais específico.
"Para as cicatrizes queloidianas fazemos infiltração de corticóide, compressão com placas de silicone e, quando ressecadas cirurgicamente, tratamos com radioterapia específica a partir do segundo dia após a cirurgia", explica a cirurgiã.
Após o procedimento cirúrgico, a cicatriz deve ser protegida com micropore durante dois meses, ser massageada com medicamentos apropriados, e algumas vezes ser protegida com placa de silicone.

Obesidade geral prevê risco cardíaco

Estudo contesta consenso de que medida de circunferência abdominal estimaria ocorrência de doenças vasculares com mais precisão que o índice de massa corporal (IMC); as duas medidas seriam igualmente eficazes quando acompanhadas por outros examesMariana Lenharo
Medidas de obesidade geral - como o Índice de Massa Corporal (IMC) - são tão boas para prever risco cardiovascular quanto estimativas de obesidade localizada - como a medida de circunferência abdominal. É o que diz estudo da Universidade de Cambridge publicado na revista The Lancet.
O resultado contesta o consenso anterior, que afirma que a medida de circunferência abdominal prevê com uma precisão três vezes maior o risco de enfarte do miocárdio quando comparado às estimativas baseadas no IMC.
A pesquisa avaliou informações sobre 221.934 pessoas, que participaram de 58 estudos de longo prazo. Os autores avaliaram o impacto de três variáveis comumente relacionadas ao surgimento de doenças cardiovasculares: a medida da circunferência do abdome, o IMC e a relação entre a medida do abdome e do quadril.
A conclusão foi que esses três fatores têm capacidade igual de determinar riscos cardiovasculares, desde que se levem em consideração dados adicionais sobre pressão sanguínea, histórico de diabetes e colesterol.
De acordo com o cardiologista Heno Lopes, coordenador do Ambulatório de Síndrome Metabólica do Instituto do Coração (Incor-USP), esses resultados concordam com os estudos que estão sendo realizados dentro do instituto paulista.
Ele enfatiza que, apesar de alguns médicos considerarem que a medida da circunferência abdominal diz mais sobre os riscos cardíacos do paciente, a tendência dos estudos atuais é considerar mais o IMC ao tentar estimar os riscos.
Lopes diz que parte da comunidade científica discute se a obesidade é um fator tão determinante para o surgimento de problemas no coração. "Sem dúvida, a obesidade está associada a mais de 30 doenças", aponta o cardiologista. "Mas em relação à doença cardiovascular, as coisas estão começando a mudar um pouco. Não é só a gordura que é responsável por esses problemas. Outros fatores genéticos podem ser mais determinantes (mais informações nesta página)".
O cardiologista Daniel Magnolli, diretor de Nutrologia do Hospital do Coração (HCor), concorda. "A obesidade, isoladamente, é um fator de risco com impacto menor que diabete, hipertensão e colesterol elevado." Ele afirma que as pessoas obesas costumam ter outras condições associadas relacionadas aos riscos cardiovasculares.
A endocrinologista Cláudia Cozer, diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso), questiona o estudo, enfatizando que a medida da circunferência do abdome é determinante para o risco cardiovascular.
"A medida da circunferência abdominal é a que mais se equipara com resultados de tomografia para ver o quanto de gordura visceral o paciente possui. Os trabalhos de literatura mostram que esse exame de consultório simples e barato tem um índice de acerto de 96%", diz.
Para o médico Marcus Malachias, presidente do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a regra sobre o risco associado com o tamanho da circunferência abdominal continua valendo. "Quando medimos a circunferência abdominal, estamos medindo também uma gordura que está por dentro.
"O endocrinologista Bruno Geloneze, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sublinha que o IMC e a medida de circunferência abdominal só oferecem previsões igualmente precisas quando estão acompanhados de "dados adicionais sobre pressão sanguínea, histórico de diabetes e colesterol", como precisam os autores do estudo.
Mas ele recorda que tais dados são obtidos com exames mais complexos que o simples uso de uma fita métrica e uma balança - únicos instrumentos necessários para cálculo do IMC e da circunferência abdominal. Na prática, o uso conjunto do IMC e da medida de circunferência abdominal continua sendo uma alternativa eficaz para uma primeira triagem em pessoas que procuram a rede de saúde para avaliação de riscos cardiovasculares.
Vários autores do artigo declararam conflitos de interesse: de contratos com farmacêuticas a patentes relacionadas a exames de biomarcadores para doenças cardiovasculares.
''Relação não é tão simples''
Entrevista - Heno Lopes, cardiologista e coordenador do ambulatório de síndrome metabólica do Incor
Quanto a obesidade influencia o surgimento de doenças cardiovasculares?A hipertensão é, de longe, o principal fator de risco. A obesidade também fica atrás de fatores como tabagismo, diabetes, colesterol e até triglicérides.
A gordura abdominal é pior que a do quadril?
O tecido adiposo visceral é o que está diretamente associado aos problemas cardiovasculares. Não é possível medir a circunferência do quadril e dizer que aquilo significa alto risco. Essa relação não é tão simples.
Qual é a dieta ideal?
É preciso diminuir o sal. E comer verduras, legumes, frutas e fibras. É recomendável comer pouca carne vermelha.

Depressão é doença e tem tratamento

“Isso é psicológico. Logo passa” é o que muito se pensa sobre a depressão. Mas encarar este mal como algo simples que deve ser superado sozinho, apenas agrava o quadro. Depressão é uma doença. Caracterizada por afetar o estado de humor da pessoa, deixando-a com uma tristeza anormal e constante, pode ser recorrente. Segundo dados da Associação Brasileira de Psiquiatria, os que já tiveram um episódio de depressão têm 50% de risco de repeti-lo. Se já ocorreram dois casos, a probabilidade de recaída pode chegar a 90%.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão atinge 121 milhões de pessoas no mundo. O órgão ainda prevê que até o ano de 2020 a depressão passe a ser a segunda maior causa de incapacidade e perda de qualidade de vida. Estima-se que cerca de 17 milhões de brasileiros tenham a doença e, segundo levantamento do INSS, 74.418 trabalhadores foram afastados de suas atividades em 2007 por essa razão. Mesmo com essa incidência, apenas um entre cada quatro deprimidos procura ajuda profissional. Porém, quando devidamente tratado, até 70% dos depressivos apresentam melhora.

Qualquer pessoa pode ser atingida por essa enfermidade, porém mulheres têm até duas vezes mais chances de serem afetadas que os homens. Não se sabe se a diferença é devida a pressões sociais, diferenças psicológicas ou ambas. A vulnerabilidade feminina é ainda maior no período pós-parto: cerca de 15% das mulheres relatam o chamado estado puerperal, apresentando sintomas depressivos nos seis meses após o nascimento de um filho.

Critérios para o diagnóstico
Nem sempre é possível saber quais acontecimentos levam alguém a ficar deprimido. Problemas psicossociais, como a morte de alguém próximo, o final de uma relação amorosa ou desemprego podem desencadear um quadro depressivo. No entanto, até um terço dos casos são associados a condições médicas crônicas ou terminais. Diversos medicamentos de uso continuado podem desencadear esse quadro. Entre eles estão os anti-hipertensivos, as anfetaminas (presentes em controladores do apetite), drogas para tratamento de gastrites e úlceras (cimetidina e ranitidina), contraceptivos orais, anti-inflamatórios, derivados da cortisona e o próprio álcool.
Para caracterizar o diagnóstico de depressão, foi criada a tabela DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders). Porém, antes de se auto-avaliar como depressivo, lembre-se de consultar um médico ou psiquiatra, para um diagnóstico correto.

Da lista abaixo, cinco ou mais sintomas devem estar presentes. Dentre eles, um é obrigatório: estar deprimido ou desmotivado para tarefas diárias há pelo menos duas semanas.
São os sintomas da depressão:
• Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;
• Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;
• Dificuldade de concentração;
• Fadiga ou perda de energia;
• Distúrbios do sono: insônia ou hipersônia diárias;
• Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;
• Perda ou ganho significativo de peso repentino;
• Ideias recorrentes de morte ou suicídio.

Os sintomas da depressão interferem diretamente na qualidade de vida e possuem sérios reflexos sociais. A doença está associada à morte de cerca de 850.000 pessoas por ano, conforme dados da OMS.

Tratamento
A depressão é uma doença reversível, ou seja, há cura completa se tratada adequadamente. O acompanhamento médico sempre é necessário, sendo que o tipo de tratamento deve ser relacionado ao perfil de cada paciente.

São necessários psicólogos e assistentes sociais próprios para identificar casos da doença. Segundo a psicóloga Norma Silva, “a depressão na fase inicial é uma defesa sobre as problemáticas enfrentadas pelo indivíduo, mas, quando não acompanhada, pode ser agravada e gerar inaptidão profissional”.

Para controle de casos leves ou moderados, pesquisas na área indicam a psicoterapia. O método oferece a vantagem de não empregar medicamentos e diminuir o risco de retorno do quadro, desde que a pessoa aprenda a reconhecer e lidar com os problemas e sintomas. “Quando a causa da depressão é relacionada à condição de trabalho, como ambiente, hierarquia e rotinas, agimos pontualmente sobre o assunto”, relata Norma. “Em alguns casos, poucas sessões semanais de terapia podem reverter o paciente. "

Embora reconheçam os benefícios da psicoterapia, a maioria dos autores admite como tendência moderna o emprego de medicamentos. Muitos portadores de depressão não se dispõem a fazer psicoterapia nem a tomar remédio. A prática de exercício físico regular e o aumento do número de atividades diárias prazerosas combatem a depressão, oferecendo uma melhora no humor e na auto-imagem. Independente da realidade do paciente, é preciso saber que a depressão é uma doença potencialmente grave e reincidente, porém reversível quando acompanhada adequadamente.
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