domingo, 6 de novembro de 2011

Lidando com mudanças de vida

Lidando com mudanças de vida

Mudanças nos ensinam que nada é permanente. Incitam-nos a crescer e nos capacitam a lidar com as adversidades da vida. Por mais terríveis e dramáticas que realmente possam ser, se bem trabalhadas, podem ajudar no autoconhecimento, promovendo o fortalecimento do Eu real. Uma possibilidade de saber quem se é no íntimo, do que se deseja como objetivo de vida, quando o passado não mais é possível de retornar.

Mudanças de vida, na maioria das vezes, são de difícil assimilação; nossa personalidade repentinamente se vê "empurrada" para viver o impensável. A emergência e a rapidez desses tipos de dinâmica costumam dificultar o acesso imediato aos recursos naturais que nos garantem sobrevivência de modo equilibrado, afinal, adaptar-se ao novo sempre exige tempo para processar. Por outro lado, abre-se oportunidade para se pôr em ação habilidades nunca antes acordadas.

Mudanças e rupturas no estilo de vida usual quebram a nossa onipotência em achar que estamos no controle de tudo. Absolutamente ninguém está isento de entrar em contato com o inesperado, com o inexorável, com frustrações.

Um dos exemplos mais clássicos e muitas vezes traumáticos fica naqueles que se vêem obrigados a mudar de escola, cidade, emprego ou mesmo de país. Nestes é comum o surgimento de resistências emocionais, onde protagonistas vêem-se em dificuldades de iniciar novos contatos que certamente os fariam crescer.

Mudanças sempre trazem inovações, novas idéias, novos ideais. Ter isso em mente é o início para aventurar-se no novo e desconhecido momento. Abrir-se para novas possibilidades de modo positivo e buscar surpreender-se, com a mente aberta para o inusitado, abre espaço para que a nossas habilidades se desenvolvam na maestria.

Em muitos casos, há receio e medo de se afastar das pessoas queridas, mesmo que seja impossível o retorno das mesmas. É possível, porém, driblar a saudade tendo novos laços de amizade ainda que cultivando antigos, apesar da distância, quando este for o caso.

Quando se muda de cidade, de escola ou mesmo de país, passamos por um distanciamento concreto das pessoas que amamos, das pessoas que estamos acostumados a conviver. Mas, nos dias de hoje, parece que o mundo literalmente encolheu.

Em instantes, podemos ver as pessoas que amamos pela tela de um computador e mesmo saber de tudo o que se passa com os outros, por conta das redes sociais. Fazer uso destes aparatos tem efeito contundente no abrandamento da dor da ausência. A vida real, porém, ocorre fora das telas do computador.

Saber mesclar os momentos de saudade refrescados pelos contatos virtuais com os novos, de fora da tela, ajuda os sentimentos a ficarem no tamanho certo e na medida adequada, abrindo espaço para um desenvolvimento de vida saudável.

O que fazer nos primeiros dias pós-mudança, quando a tristeza e a angústia são mais intensos? Como aliviar essas sensações tão ruins? Olhar para fora literalmente e ver a natureza, entrar em contato com a respiração.

Intencione sentir-se vivo nas coisas que lhe dão prazer. Se estiver num local de sol, sinta intensamente o calor do sol, a brisa, o frio ou calor. Busque sentir-se integrado à atmosfera do lugar para começar. Caminhe pelos órgãos dos sentidos e acolha as recordações sem rejeitar e sem ficar por tempo demasiado nelas. Acolher porque se o direito de sentir saudades, tristeza e angústia, mas não se deixar levar por isso para que estes sentimentos não disparem o estado de melancolia.

Nos momentos mais difíceis, fazer esforço consciente para conectar-se com o que proporciona prazer concreto. Evitar ter pena de si mesmo pela situação imposta, pois que esse tipo de sentimento será seu pior inimigo e só o levara para baixo.

Sempre existe a oportunidade de conhecer pessoas e vivenciar situações novas nunca experimentadas anteriormente. Fazer um esforço consciente para sair de dentro de si apreciando a realidade presente.

Dificuldades em superar as mudanças podem acontecer com qualquer pessoa, em qualquer época da vida. Isso é plenamente humano e às vezes, dependendo da situação, transcender estes momentos, não é nada fácil. Se, porém, os dias vão passando e mesmo com todo esforço, a tristeza e a saudade tomam conta, se este cinza fica dentro de modo insuportável, é hora de buscar ajuda externa. Um processo terapêutico de auxílio sempre é bem-vindo e pode ajudar a transformar para muito melhor a percepção de tudo o que envolve a mudança. Desde fatores emocionais que não estão claros e que podem ser totalmente resolvidos, como ansiedade frente ao presente e ao futuro.

Existe uma terapia que se chama EMDR e que é eficientíssima, inclusive nestes casos. Se a mudança de algum modo foi traumática, a abordagem do EMDR faz como e a pessoa tirasse uma foto (mentalmente) da imagem, do momento mais perturbador que signifique a mudança, por exemplo, e a partir daí essa metodologia que trabalha com movimentos bilaterais, entre outras coisas e do protocolo, esta faz com que a pessoa reprocesse absolutamente todo o conteúdo emocional que a deixa triste e com dificuldades de transcender este difícil momento.

O interessante dessa abordagem é que no momento do reprocessamento, quando se escolhe uma experiência perturbadora, todas as situações da vida da pessoa que têm ligação e que de algum modo contribuíram para esse tipo de situação surgem como algo holográfico, sem tempo, porém atual na questão, visando a promoção do bem-estar emocional.

Funcionamos assim, está no nosso DNA, somos fadados à cura. Veja: se você se corta, seu organismo visa recuperar os tecidos, visa a autocura, no psiquismo; se bem direcionadas, questões que não deram conta de serem reprocessadas com total eficiência, também têm a oportunidade de terem uma nova saudável resolução, o EMDR promove este espaço.

Dor e tristeza em excesso pela mudança são aspectos de um suposto cenário que contém todo um histórico de situações emocionais mal resolvidas e que foram disparadas pelo fator mudança. O EMDR pode ir pela imagem que ocasionou o sintoma caminhando até as origens, reprocessando todo conteúdo emocional até transformar o mal-estar do presente, aliviando crenças negativas que invadem um futuro incerto. Ao reprocessar contextos internos, a realidade externa efetivamente pode ser vista e redesenhada com todo o colorido que merece.

 

[Silvia Malamud]

Curar a ferida em primeiro lugar

Quando somos atingidos por uma flecha, não devemos perder tempo buscando saber quem e por que nos feriu. Mas, sim, arrancar a flecha fora e cuidar, o quanto antes, da ferida. Este é o modo budista de lidar com os problemas: focamos a cura ao invés de cultivar a indignação que gera ainda mais dor.

Em vez de responder aos inúmeros porquês, focamo-nos em lidar com a situação de modo a assumir o autocontrole diante de nossos problemas. Afinal, quando não podemos mudar uma situação externa, ainda assim, podemos transformar o nosso modo de encará-la.

Enquanto estivermos contaminados pelo cansaço, pela raiva ou pela indignação, nossas atitudes serão tendencialmente unilaterais ou vingativas. O que o budismo nos alerta é que a primeira coisa a fazer quando recebemos qualquer tipo de agressão é nos interiorizarmos para recuperar o espaço interior.

Mais do que uma percepção mental dos fatos, devemos buscar o equilíbrio interior para que nosso pensamento volte a ser claro e amplo.

Na medida em que nos concentramos em curar a ferida, ao invés de indagar o porquê ela ocorreu, cultivamos o hábito mental de buscar soluções práticas que nos ajudam a nos desvencilhar dos problemas. Deste modo, não ficamos presos ao discurso "ele não podia ter feito isso comigo" que nos leva apenas à paralisia, mas passamos a nos mover em direção à solução interior, o que nos leva a um senso profundo de liberdade de podermos ser quem somos.

O mundo à nossa volta está repleto de informações conflitantes e confusas. Tornamo-nos reféns dos outros enquanto nos deixamos enganchar por seus conflitos.

Para nos desvencilharmos das confusões alheias, precisamos antes de tudo recuperar nosso espaço interior. Esta é a diferença entre gritar para o outro: "Me solta" e dizer internamente: "Eu me solto".
Desta maneira, ganhamos autonomia interior, isto é, recuperamos o prazer e a habilidade de exercitar a nossa própria vontade de nos acalmar. Lama Gangchen nos encoraja a praticar a Autocura quando nos fala: "Basta reconhecermos nossa própria capacidade e ousarmos aceitá-la".

Em seu livro Autocura Tântrica III (Ed. Gaia) ele esclarece: "Para começarmos a vivenciar os níveis mais profundos da Autocura, nossa mente precisa começar a aceitar e usar o espaço interior da forma correta. Temos que compreender que há mais espaço em nossa mente muito sutil do que no mundo externo. Além disso, também precisamos entender que as situações perigosas que hoje vivenciamos são o resultado de causas e condições negativas criadas por nós no passado. É muito importante praticarmos a Autocura, pois se continuarmos a gravar negatividades em nosso espaço interior, embora nosso coração não possa explodir, uma terrível explosão global de negatividade pode acontecer, causando nosso Armagedão individual e planetário".

Para parar de gravar negatividades em nosso espaço interior, precisamos cultivar o hábito de nos interiorizarmos, de ampliarmos nosso espaço interior. Mas a capacidade de nos autossustentar surge à medida em que nos sentimos disponíveis para nós mesmos.

Se não nos sentimos capazes de lidar com certas emoções, devemos buscar pessoas que nos incentivem a lidar positivamente com elas. A solidariedade alheia nos ajuda a sentir e aceitar o que nem mesmo somos capazes de entender.

O importante é buscar coerência entre nosso mundo interior e a realidade exterior. Viver bem pressupõe considerar a realidade acima de qualquer coisa.

Ao recuperar o espaço interior, ganhamos uma nova disponibilidade para agir.

[Bel Cesar]

Focarmos a cura ao invés de cultivar a indignação que gera ainda mais dor. A indignação não vai te levar a nada. Quer vingança? Ok! Ficou feliz com isso? Ótimo! Mas até quando acha que essa sensação de satisfação vai durar? E quanto tempo mais vai perder na indignação e na vingança, ao invés de olhar pra si mesmo e pensar no que podia ter feito de bom? Se não é capaz de lidar com isso, procure ajuda, com certeza vai conseguir, só basta querer!!

Assumir nossos erros exige muita coragem em um mundo que parece feito de pessoas que sempre ganham todas...Assumir nossa ignorância exige muita humildade nesse mundo de quem ACHA que sabe tudo.

Antes eu vivia dizendo “me solta”….Hoje posso dizer de boca cheia: Me solto…. e me soltei !!!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O que significa a displasia mamária?

Este tipo de alteração nas mamas incomoda muitas mulheres, mas não é considerada uma doença. Saiba mais!

Displasia mamária: esse termo, dado a alterações nos seios como dores e inchaços, pode até assustar as mulheres, mas não deveria. "Muita gente associa esses sintomas a um pré-câncer, mas não há relação alguma com a doença. A displasia não é considerada uma patologia, mas sim, um desenvolvimento exagerado das mamas que ocorre em mulheres com pré-disposição genética", diz o mastologista Luiz Henrique Gebrim, da Unifesp.


Como explica o mastologista Felipe Andrade, do Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio-Libanês, a displasia é bastante comum durante o período pré-menstrual. "Cerca de 10 dias antes de menstruar, a mulher pode sentir dor e perceber alguns pequenos caroços e inchaço na mama. "Geralmente, esses sintomas desaparecem após o fim da menstruação", diz o médico. E quando o inchaço incomoda muito? "Neste caso, o médico pode receitar antiinflamatórios, analgésicos ou medicamentos à base de ácido gamalinolênico para aliviar as dores", diz.


Se depois do fim do período menstrual a mulher ainda sentir algum caroço ou secreção espontânea nos seios, a indicação é procurar um ginecologista ou mastologista, que indicará os exames necessários. "A mamografia deve ser feita a partir dos 35 anos. Mas se a mulher tem histórico de câncer, esse exame deve ser realizado ainda antes", afirma Andrade. ,

Auto-exame

A hora do banho é ideal para realizar o auto-exame das mamas. "Com o sabão, as mãos deslizam mais facilmente pelas mamas; assim, a mulher pode perceber se está com algum caroço", explica Andrade. Os toques devem percorrer todo a mama de maneira circular. Antes de entrar no banho, porém, é preciso observar pelo espelho se os seios estão simétricos, se apresentam mudanças de cores ou se ocorreu algum tipo de retração

Câncer de mama

De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCa), o câncer de mama pode atingir mais de 49 mil mulheres este ano no Brasil. Em junho, uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha para a Federação Brasileira das Entidades Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) avaliou o conhecimento das mulheres sobre essa doença e constatou que ainda há muita falta de informação.

Apesar de reconhecer que a avaliação precoce aumenta a possibilidade de cura, muitas mulheres desconhecem a mamografia como a melhor forma de diagnóstico.

Síndrome de Prader-Willi

A Síndrome de Prader-Willi é um defeito que pode afetar as crianças independentemente do sexo, raça ou condição social, de natureza genética e que inclui baixa estatura, retardo mental ou transtornos de aprendizagem, desenvolvimento sexual incompleto, problemas de comportamento característicos, baixo tono muscular e uma necessidade involuntária de comer constantemente, a qual, unida a uma necessidade de calorias reduzida, leva invariavelmente à obesidade.

Essa Síndrome deve seu nome aos doutores A. Prader, H. Willi e A. Labhart que, em 1956, descreveram pela primeira vez suas características. Acredita-se que haja um bebê com a síndrome para cada 10.000-15.000 nascimentos.

Causa

Mesmo estando a Síndrome de Prader-Willi associada a uma anomalia no cromossomo 15 (em 70% dos portadores), ainda não está pode ser considerada como uma condição absolutamente hereditária. Ates disso, é preferível considerá-la um defeito genético espontâneo que se dá durante algum momento da concepção.

Assim sendo, a pessoa nasce com a síndrome, a qual acompanha seus portadores durante toda a vida. Ate hoje não se tem descoberto a causa que a origina, nem as possibilidades de cura.

Estudos com DNA têm demonstrado que na Síndrome de Prader-Willi o cromossomo 15 aberrante é sempre, de origem paterna, sugerindo que a presença do gene/genes do cromossomo paterno é necessária para evitar a síndrome. O risco de repetição numa mesma família e baixo, menos que 0,1%. Quase invariavelmente só tem um membro de a família afetado, e os irmãos e irmãs também não transmitem a doença.

"A síndrome de PRADER-WILLI é responsável por cerca de 1% dos casos de retardo mental. O quadro clínico varia bastante nítido de acordo com a idade do paciente. No período neonatal encontraremos
hipotonia muscular importante, baixo peso e pequena estatura. São muito comuns dificulades alimentares
devidas à dificuldade em sugar e deglutir. A hipotonia, sintoma bastante evidente durante toda a infância.
O diagnóstico da síndrome, pode ser difícil até os dois anos de idade.No sistema nervoso central, encontraremos retardo mental que pode variar de moderado a severo, hiperatividade, sonolência e o hábito de mexer em feridas cutâneas. Manifestações convulsivas e escoliose podem ser encontradas. Alguns problemas visuais tais como estrabismo, nistagismo e hipopigmentação." 

Basicamente um terço das pessoas com Síndrome de Prader-Willi têm uma falta de uma pequena parte de um membro da par do cromossomo número 15 - o qual se herda do pai. Essa alteração cromossômica deve comprometer o funcionamento do hipotálamo, e o hipotálamo defeituoso resulta nos sintomas da síndrome.

Outra parte desses pacientes tem uma perda total da contribuição do pai, perdendo todo cromossomo 15, e tendo em seu lugar duas copias do cromossomo 15 da mãe. Por razões ainda desconhecidas, os genes desta região do cromossomo 15 da mãe não têm expressão funcional.

Sintomas

O quadro clínico da Síndrome de Prader-Willi varia de paciente a paciente e mesmo de acordo com a idade. No período neonatal encontramos, usualmente, severa hipotonia muscular, baixo peso e pequena estatura. Devidas às dificuldades em sugar e deglutir, são muito comuns dificuldades alimentares nesta fase da vida.

Essa hipotonia persiste como sintoma evidente durante toda a infância. O diagnóstico da síndrome pode ser difícil até os 2 anos, quando então surge a hiperfagia e obesidade, facilitando o esclarecimento da natureza da doença.

A maioria dos portadores tem (não necessariamente todos) os seguintes sintomas; Hipotonia infantil, que melhora com a idade, chegando a caminhar até os 2 anos.

Apresentam problemas de aprendizagem e dificuldade para pensamentos e conceitos abstratos. A Síndrome de Prader-Willi é responsável por cerca de 1% dos casos de retardo mental (Bray e colaboradores, 1983, Zellweger e Soyer, 1979).

O comprometimento intelectual pode assumir na criança pequena um quadro de retardo no desenvolvimento. O QI em pacientes mais velhos varia muito, porém, freqüentemente está em torno dos 60. Alguns pacientes apresentam inteligência limítrofe (subnormais) ou em faixas borderline da normalidade mas, de regra, todos apresentam dificuldades de aprendizagem.

Obesidade

Síndrome de Prader-Willi é uma das condições clínicas genéticas mais comuns de obesidade. Os problemas de alimentação associados à Síndrome de Prader-Willi começam desde o nascimento mas são diferentes conforme a idade. Os recém nascidos com Síndrome de Prader-Willi têm sido tipicamente descritos como acomodados e são incapazes de sugar suficientemente bem quando mamam, devido a seu baixo tônus muscular (hipotonia).

Uma vez diagnosticados, podem ser alimentados através de sonda gástrica durante vários meses depois do nascimento, ate que melhore o controle muscular. Nos anos seguintes, normalmente na idade pré-escolar, as crianças com Síndrome de Prader-Willi desenvolvem um interesse crescente pela comida e ganham peso com rapidez e excessivamente. Esse apetite insaciável e a obsessão pela comida, provocam obesidade entre os 2 e 6 anos se não se controla a ingestão de calorias.

O excesso de apetite nas pessoas com Síndrome de Prader-Willi deve-se, muito possivelmente, à alteração na região do cérebro que regula a fome e a saciedade (o hipotálamo). Estas pessoas não podem se saciam com pouca comida, de modo que experimentam sempre uma certa urgência por comer.

Agravando o problema da obesidade, os pacientes com Síndrome de Prader-Willi necessitam consideravelmente menos calorias que as pessoas normais. E, muito provavelmente, será essa obesidade a causa principal das doenças que levam à morte neste transtorno. Tanto quanto na população geral, a obesidade na Síndrome de Prader-Willi pode provoca hipertensão, dificuldades respiratórias, diabetes e outros problemas graves.

Infelizmente nenhum moderador do apetite, anorexígeno ou estimulador da saciedade tem funcionado com consistência na Síndrome de Prader-Willi. Uma das únicas alternativas à obesidade, para a maioria dos pacientes, é manter uma dieta com muito baixos teores de calorias durante toda sua vida e, se possível, reduzir ao máximo o acesso deles à comida.

"A Síndrome de Prader-Willi (SPW) tem um fenótipo clínico caracterizado por hipotonia neonatal e retardo de desenvolvimento, seguido por desenvolvimento pós-natal de polifagia com subseqüente obesidade, baixa estatura, hipogonadismo hipogonadotrófico, e leve a moderado retardo mental. A Síndrome de Angelman (SA; também conhecida como a síndrome do “Marionete Feliz”) está associada com sintomas e sinais extra-piramidais (movimentos abruptos, marcha irregular com a parte superior do braço inflexível), hiperatividade, acessos, retardo mental severo com ausência de fala verbal e paroxismos de risos inapropriados. A SPW e a SA cada uma ocorre em uma freqüência de cerca de 1/10.000 a 1/20.000 nascidos. A razão pela qual elas são discutidas juntas é que ambas síndromes são mais frequentemente causadas por microdeleções na região cromossômica 15q11-q13 que é sujeita a impressão genômica. A SPW e SA são associadas com deficiências do cromossomo 15 paterno e materno, respectivamente. As deficiências são causadas por microdeleções (~75 % de casos de SPW ou SA), por dissomia uniparental (25 % de SPW e 2 % de SA) ou por mutações na impressão genômica."

"A síndrome de Prader Willi é uma doença de origem genética, com origem no cromossoma 15 e ocorre no momento da concepção. Afeta meninos e meninas em um complexo quadro de deficiências, durante todas suas vidas. Um diagnóstico precoce, clinico e depois através de exames genéticos, antes da manifestação dos sintomas tem trazido uma melhora na qualidade de vida dos portadores nos últimos anos.
Bebês com Síndrome de Prader Willi (SPW) apresentam baixo APGAR, dificuldade de sucção, choro fraco e são muito pouco ativos, dormindo a maior parte do tempo. Raramente conseguem ser amamentados. Seu desenvolvimento neuromotor é lento, tardam a sentar, gatinhar, caminhar. A síndrome, em seus sintomas sempre existiu mas foi classificada/descoberta em 1956.

É uma síndrome pouco comum e desconhecida na sociedade, poucos profissionais da saúde sabem sobre ela. A incidência é em torno de 1:15000 no mundo e acredita-se que muitos portadores não estão dagnosticados.

Os sintomas da síndrome variam em intensidade de individuo para individuo e estão também associadas ao ambiente em que este vive e ao acompanhamento terapeutico/educacional que recebe, os principais sintomas são:

- hiperfagia - obsessão com comida, que pode surgir entre os 2 e 5 anos de idade, levando a obesidade ainda na infância

- hipotonia - fraco tônus muscular, dificuldades com movimentos

- dificuldades de aprendizagem e fala

- instabililidade emocional e imaturidade nas trocas socias

- alterações hormonais - atraso no desenvolvimento sexual

- baixa estatura
A obesidade manifestada por muitos portadores é causada por um excessivo apetite. Esta fome contínua é provavelmente causada por uma desordem do hipotálamo, no cérebro: durante uma refeição, a "mensagem" de saciedade não chega e se não controlado esse acesso a quantidade/composição da comida, o ganho de peso é rápido."

"Os critérios para estabelecimento de diagnóstico molecular no GENE são: para a Síndrome de Angelman, a ausência da banda materna na M-PCR e homozigose para os três loci analisados na PCR multiplex (deleção ou isodissomia paterna) ou heterozigose para pelo menos um locus (heterodissomia paterna). Para Síndrome de Prader-Willi consideramos evidência diagnostica a M-PCR mostrando ausência da banda paterna e homozigose para os três loci analisados na PCR multiplex (deleção ou isodissomia materna) ou heterozigose para pelo menos um locus (heterodissomia materna). Ou alternativamente, a ausência da banda paterna na M-PCR, com homozigose para o locus D15S11 e heterozigose para os demais, também pode ser interpretada como microdeleção. Deste modo é possível diagnosticar praticamente todos os indivíduos afetados por SPW (deleções da PAR, DUP ou deleções no CI). Dentre os indivíduos afetados pela SA seria possível diagnosticar cerca de 79 % (deleções da PAR, DUP e deleções no CI), deixando de detectar os pacientes com mutação em um gene ou microdeleções fora das regiões cobertas por estes marcadores genéticos."

Desenvolvimento físico e sexual

Os meninos com Síndrome de Prader-Willi têm os genitais pouco desenvolvidos (hipogonadismo e micropênis) e testículos podem não ter descido à bolsa escrotal (criptorquidia). As meninas também têm um desenvolvimento sexual muito acanhado juntamente com alterações da menstruação.

O hipogonadismo varia de acordo com o sexo do paciente. Nos homens encontramos uma redução no tamanho do pênis e testículos. No paciente após a adolescência a virilização é incompleta, podendo responder bem ao tratamento hormonal com testosterona. Nas mulheres, podemos observar redução no tamanho dos pequenos lábios e do clitóris. Tratamento com estrógenos após a adolescência tem sido utilizado.

Via de regra esses pacientes têm um padrão de crescimento que parece ser típico. A maioria tem baixa estatura para a idade e para a tendência da família de origem. As mãos e os pés podem ser pequenos para a estatura, os dedos da mão têm forma de cone.

No nascimento há desaceleração do crescimento que persiste durante os primeiros meses de vida, um ganho mais ou menos estável durante a infância e uma lentificação na adolescência. A estatura média é de 147cm nas mulheres e 155cm nos homens com a síndrome.

Apesar dessas observações estaturais, têm sido documentados alguns casos com altura normal ou mesmo acima da média, de tal modo que estes dados não devem, por si só, alterar o diagnóstico. A baixa estatura pode ser conseqüência à deficiência no hormônio do crescimento observado na Síndrome de Prader-Willi (Costeff e colaboradores, 1990). Nesses casos o tratamento hormonal também pode ter bons resultados.

Conduta

Os problemas de conduta que se incrementam com a idade seriam, predominantemente, de irritabilidade, alguns episódios violentos, hiperatividade, sonolência e o hábito de mexer em feridas cutâneas. A irritabilidade se manifesta mais comumente quando os pacientes tentam de maneira extrema obter comida. Mesmo assim, de um modo geral, o caráter dos pacientes com Síndrome de Prader-Willi é amigável e sociável.

As pessoas com Síndrome de Prader-Willi podem realizar muitas atividades que as pessoas "normais" fazem, assim como desfrutar das atividades da comunidade, obter trabalho e, inclusive, viver fora de a casa paterna. Mas mesmo com essa relativa autonomia elas necessitam muita ajuda. Os pacientes podem apresentar automutilação, causando o aumento de pequenas lesões cutâneas sem que a dor seja sentida em sua plenitude.

Os escolares com Síndrome de Prader-Willi provavelmente necessitam apoios educativos, serviços relacionados como fisioterapia e terapias ocupacionais. Na comunidade, no trabalho e no lar, os adolescentes e adultos portadores dessa síndrome necessitam assistência especial para aprender, para adquirir responsabilidades e para ter boa relação com os demais.

De modo geral, as pessoas com Síndrome de Prader-Willi necessitam supervisão de a comida continuadamente. Como adultos, a maioria das pessoas portadoras funciona bem, principalmente em grupos especiais para pessoas com esses problemas.
No passado muitas pessoas com Síndrome de Prader-Willi morriam na adolescência ou no início da idade adulta. Atualmente, com a prevenção da obesidade pode-se esperar que a pessoa com Síndrome de Prader-Willi tenha uma expectativa de vida normal.

Condições associadas

A Síndrome de Prader-Willi pode vir acompanhada, em mais de 50% dos casos, de problemas visuais, tais como estrabismo, nistagmo, miopia e hipopigmentação. A alteração na pigmentação faz com que a cor da pele e dos cabelos sejam mais claros do que seria de se esperar pelas características familiares. Esse fenômeno se observa em cerca de 50% dos pacientes.

Problemas dentários também podem estar associados, assim como da fala. Há visível atraso no desenvolvimento da linguagem nos pacientes com Síndrome de Prader-Willi, juntamente com problemas de dicção. Também se observa comorbidade com transtornos respiratórios ou apnéia do sono, escoliose e diabetes.

Manifestações convulsivas e escoliose também podem ser freqüentemente encontradas. Podem estar presentes, também, diabete, hipermobilidade articular, convulsões, clinodactilia, sindactilia e outros sinais menos comuns.

Algumas características faciais são encontradas com freqüência em pacientes com Síndrome de Prader-Willi. A maioria tem uma redução no diâmetro bi-frontral, olhos amendoados, boca pequena com o lábio superior fino e inclinação para baixo dos cantos da boca. O crânio é, em geral, dolicocéfalo.

Diagnóstico

Apesar dos recentes avanços da genética molecular, ainda não se dispõe de um marcador biológico que possa ser usado como fator de diagnóstico em todos os casos de Síndrome de Prader-Willi. Portanto, o diagnóstico desta síndrome continua sendo eminentemente clínico.

Como quadro clínico da Síndrome de Prader-Willi se altera com o passar dos anos, os lactentes e crianças pequenas terão menos sintomas que as crianças mais velhas e os adultos.

Levando-se em conta esse fato, o valor atribuído à pontuação varia de acordo com a faixa etária, sendo que, em crianças com menos de três anos de idade, cinco pontos são suficientes para um diagnóstico de Síndrome de Prader-Willi, sendo que quatro destes pontos deverão pertencer à categoria de Maiores para possibilitar o diagnóstico. A maioria dos critérios Maiores para a Síndrome de Prader-Willi se aplica a todas as crianças mais velhas e aos adultos. Por isso recomenda-se a observância dos critérios abaixo para o diagnóstico da Síndrome de Prader-Willi.

Critérios Maiores de Diagnósticos para a Síndrome de Prader-Willi

1. hipotonia no período neonatal e infância com sucção comprometida e que melhora com a idade;

2. problemas com alimentação na infância, com a necessidade de utilização de técnicas especiais destinadas a melhora e pequeno ganho de peso;

3. ganho de peso muito rápido ou excessivo após os 12 meses e antes dos seis anos de idade com obesidade na ausência de algum tipo de intervenção;

4. características faciais com dolicocefalia, face estreita com diminuição do diâmetro bifrontral, olhos amendoados, boca parecendo pequena com lábio superior fino e cantos da boca inclinados para baixo (necessária a presença de, pelo menos, três);

5. hipogonadismo, com qualquer das seguintes características, dependendo da idade;

(a) hipoplasia genital (menino:hipoplasia escrotal, criptorquidia, testículos e/ou pênis pequenos; menina: ausência ou hipoplasia acentuada dos pequenos lábios e/ou clitóris);

(b) maturação gonadal retardada ou incompleta com retardo nos sinais pubertários (na ausência de intervenção) após 16 anos de idade (meninos: gônadas pequenas, poucos pelos no corpo e face, falta de mudança na voz; menina: amenorréia/oligomenorréia após os 16 anos).

6. retardo global no desenvolvimento em crianças com menos de seis anos de idade, retardo mental leve ou moderado ou problemas de aprendizagem escolar em crianças mais velhas;

7. hiperfagia, roubo de comida, obsessão por comida;

8. deleção 5q11-13 ou outras anormalidades citogenéticas/moleculares na região cromossômica da síndrome de Prader-Willi, inclusive dissomia materna.

Critérios Menores de Diagnósticos para a Síndrome de Prader-Willi

1. diminuição dos movimentos fetais, letargia ou choro débil na infância, melhorando com a idade;

2. problemas comportamentais características: crises de birra, crises de violência e comportamentos obsessivos/compulsivos; tendência a discussões, atitudes oposicionais, rigidez, manipuladores, possessivos e teimosos, perseverante, tendência para o roubo e mentiras (cinco ou mais destes sintomas devem estar presentes);

3. distúrbios do sono ou apnéia do sono;

4. baixa estatura em torno dos 15 anos de idade (na ausência da administração do hormônio do crescimento);

5. hipopigmentação - pele e cabelos claros;

6. mãos e ou pés pequenos para altura;

7. mãos estreitas com bordos ulnares retificados;

8. anormalidades oculares (esotropia, miopia);

9. saliva espessa e viscosa com a formação de crostras nos cantos da boca;

10. defeitos fono-articulatórios;

11. descarnar, machucar a pele.

 

Critérios de Suporte para Diagnósticos para a Síndrome de Prader-Willi

1. elevado limiar para a dor.

2. tendência diminuída para vomitar.

3. instabilidade térmica na infância ou sensibilidade para a temperatura alterada em crianças mais velhas e adultas;

4. escoliose e/ou cifose.

5. adrenarca precoce.

6. osteoporose.

7. habilidade muito grande para quebra-cabeça.

8. estudos neuromusculares normais.

 

 

[Ballone GJ - Síndrome de Prader-Willi - in. PsiqWeb]

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sofrer para que e por quê?

 

Nossa mente quando não direcionada e equilibrada torna-se a nossa maior inimiga.

Dela saem pensamentos e emoções que não podemos controlar e que nos fazem sofrer. Criamos verdadeiros monstros em nossa cabeça e fazemos deles a nossa realidade.

A aceitação dos fatos, como eles realmente são, também faz com que o sofrimento seja eliminado da sua vida.

O sofrimento que você pode estar sentindo nesse momento é, sem dúvida nenhuma, fruto da não-aceitação de algum fato, de alguma pessoa ou situação. A partir do momento em que entender de maneira profunda que isto é uma resistência sua, frente ao que é, o sofrimento será eliminado.

Quem um dia já não passou por uma situação que levasse ao sofrimento? Este sofrimento pode ter sempre origens diversas, mas as mais comuns são as seguintes:

- Um casamento que terminou e não aceitamos que a outra pessoa decidiu seguir outros rumos; podemos passar a vida inteira monitorando a vida desta outra pessoa e perseguindo-a, podemos ainda criticá-la apontando e difundindo inúmeros defeitos a ela, pelo simples fato desta pessoa não querer mais estar a seu lado. Neste momento, cabe uma paradinha para reflexão: quem sofre com tudo isso? Somente você! Enxergar a realidade como ela é e aceitá-la faz com que o sofrimento seja eliminado de sua vida.

- Um emprego em que não concordamos com a forma de agir das pessoas e com a política da empresa, mas precisamos do dinheiro. Mais uma paradinha para reflexão.... tenha absoluta certeza que o dinheiro ganho com sofrimento será gasto da mesma forma, será um dinheiro contado e chorado e que sempre faltará para alguma coisa. Você não precisa eliminar tudo de maneira brusca, trabalhe sua autoconfiança e auto-estima. Conscientize-se de que está no local errado e com as pessoas erradas e trabalhe sua energia sintonizando-se com o equilíbrio e procure, então, um novo emprego.

Tenho absoluta certeza que encontrará um emprego em plena sintonia com a sua maneira de ser. Elimine o sofrimento diário de sua vida. Não há na vida pior coisa do que conviver com pessoas que não têm os mesmos princípios que você.

- Um relacionamento baseado em traições: as brigas são constantes e o comportamento não se modifica, é sempre dito que esta foi a última vez, mas na realidade, este é um vício de comportamento. Não espere que o outro se modifique se ele não quiser de fato. Se para você este tipo de convívio traz sofrimento, estruture-se emocionalmente e elimine o sofrimento de sua vida.

- Dependência financeira: inúmeros são os relatos que ouço de pessoas que aceitam situações absurdas, pois dependem financeiramente do outro. Tenha sempre em mente que o tempo é o melhor remédio para a cura de qualquer situação. Entenda que você é um ser capaz e que possui habilidades específicas, entre em equilíbrio com suas frequências e descubra suas potencialidades, ao longo do tempo perceberá que é um ser independente e que pode conduzir sua vida sem sofrimento.

O sofrimento emocional que cada uma dessas situações acima descritas pode lhe levar é a causa do sofrimento físico e das doenças.
A doença se forma em energia primeiro e depois se instala no plano físico. Eliminar, portanto, o sofrimento da sua vida é o primeiro estágio para livrar-se das doenças.
A doença também pode ter origem em um bloqueio energético, ou seja, alguma situação marcante que lhe fez sofrer demais, trazendo-lhe mágoas, ressentimentos e raiva. Se este bloqueio não for eliminado da sua vida ele se refletirá ao longo do tempo em uma doença.
Ontem atendi no hospital uma pessoa muito culta e de uma energia incrível, uma pessoa de comando, uma formadora de opinião. Estávamos conversando, inicialmente, sobre o que estava acontecendo com ela e, de pronto, ela me disse: estou aqui para ser curada, tudo isso é passageiro em minha vida, quero somente compreender o que me trouxe até aqui.

Realizando o equilíbrio energético através da Mesa Radiônica, encontramos diversos bloqueios e cada um refletia uma situação de sofrimento intenso e decepção que deram origem a mágoas e ressentimentos. Todos os bloqueios foram eliminados e fiquei muito feliz quando, no final do atendimento, ouvi dela: tenho certeza que agora estou caminhando rumo à cura, pois meu coração está mais tranquilo, é como se tivesse tirado um enorme peso de minha vida.
Esta situação de equilíbrio energético e eliminação de bloqueios pela Mesa Radiônica é de suma importância para a cura de doenças.

É muito importante que em sua vida você preste atenção a qualquer sinal de infelicidade e não permita que se transforme em sofrimento. A infelicidade pode vir como um sinal de irritação, de falta de paciência, de mau humor, negatividade acentuada, sentimento de raiva e depressão. Todas essas situações e sentimentos negativos são um campo fértil e muito propício para o desenvolvimento do sofrimento em sua vida.

Sofrimento não se desenvolve em campos repletos de alegria, trate da sua energia modifique sua frequência energética, elimine os bloqueios de sua vida e parta para desfrutar uma vida isenta de qualquer tipo de sofrimento. Tudo isso é possível com o auxílio da Radiestesia.

 

[Maria Isabel Carapinha]