segunda-feira, 1 de abril de 2013

Mude 12 hábitos para prevenir a azia

Entenda por que cigarro, álcool e jejum prolongado pioram a queimação no estômago

O prazer da refeição dura pouco para os 20 milhões de brasileiros que, segundo a Organização Mundial da Saúde, são obrigados a lidar com a queimação no estômago causada pela azia. O número levantado já é alto, mas tende a ser ainda maior, já que a maioria das pessoas que convive com o problema dificilmente busca um especialista na tentativa de resolvê-lo. "A maioria dos pacientes procura, por conta própria, medicamentos ou soluções naturais para amenizar o desconforto", afirma o gastroenterologista Luiz Eduardo Rossi Campedelli, do Hospital Albert Einstein. "Os sintomas acabam melhorando temporariamente, mas voltam a incomodar em pouco tempo sem tratamento médico".

A azia é causada pelo refluxo de ácido gástrico (responsável pela digestão dos alimentos): ele segue do estômago para o esôfago, como se fosse retornar à boca. "Esse refluxo, por sua vez, é causado pelo mau funcionamento de uma espécie de válvula, chamada esfíncter: ela se abre para o alimento passar do esôfago para o estômago e, em seguida, deve se fechar para reter o que foi ingerido e também os sucos gástricos que circulam por ali", explica o gastroenterologista Ricardo Blanc, membro da Sociedade Brasileira de Gastroenterologia

Prato

O tratamento do problema pode até incluir o uso de medicamentos, mas os especialistas garantem que só isso não funciona. O método mais eficiente contra a queimação no estômago é a mudança de hábitos tanto em relação à sua dieta quanto à forma como os alimentos são consumidos. "Mastigando bem os alimentos, por exemplo, você facilita o trabalho do estômago, que pode produzir menos ácido", afirma o gastroenterologista do Einstein. Os cuidados são todos muito simples, mas fazem uma tremenda diferença na sua digestão, acompanhe todos eles para começar e encerrar suas refeições com muito prazer.

Cardápio selecionado
Controlar o consumo de alguns alimentos ajuda a evitar crises de azia. De acordo com gastroenterologista Luiz Eduardo Rossi Campedelli, do Hospital Albert Einstein, frituras e alimentos muito gordurosos devem ficar longe do prato de quem sofre com azia. Frutas ácidas, condimentos, embutidos e alguns tipos de verduras
, como couve, couve flor, brócolis, repolho, nabo, rabanete, pepino e tomate também devem ser evitados, porque tem ph ácido.

Refeições na hora certa
Passar longos períodos em jejum aumenta as chances de azia. Isso acontece porque, quando uma pessoa fica sem comer, o ácido gástrico se acumula e pode refluir, irritando o final do esôfago. "Comer a cada três horas mantém o sistema digestivo em funcionamento, sem sobrecarga na produção de ácido gástrico", explica o gastroenterologista Luiz Campedelli.

Leite

Pratos que transbordam
Quem exagera no prato também corre maior risco de ter azia. "Quanto maior o volume de alimentos ingeridos de uma vez, maior será o risco que o suco gástrico atinja o esôfago, já que estômago estará superlotado", explica Luiz Campedelli.

Exercícios após a refeição
Segundo o gastroenterologista Ricardo Blanc, muita movimentação física aumenta as chances de refluxo. Até duas horas após uma grande refeição, o estômago ainda acumula ácidos gástricos em maior quantidade e os movimentos podem fazer com que esses líquidos retornem em direção ao esôfago, causando a queimação.

Leite gelado durante uma crise
Tomar um copo de leite gelado pode até piorar a queimação. "O alívio que você sente ao tomar um copo de leite é momentâneo. A bebida tem pH baixo (o que neutraliza a acidez estomacal). No entanto, é rica em cálcio
, mineral que estimula a produção de ácido gástrico pelo estomago", alerta Luiz Campedelli. Além disso, o leite, em sua versão integral, é rico em gorduras, outro componente que aumenta as chances de azia. O mesmo processo não acontece com o leite de soja, que não possui grandes quantidades de cálcio e é livre de gorduras. "Um copo de leite de soja gelado traz alívio, assim como alguns goles de água gelada".

Café depois do almoço
Outro hábito bastante comum que deve ser evitados por pessoas que sofrem com azia é tomar café após a refeição. "A cafeína provoca um relaxamento demasiado no esfíncter, causando o refluxo de ácido digestivo para o esôfago. Duas xícaras diárias é o máximo recomendado para uma pessoa que sofre com crises de azia", diz o gastroenterologista Vladimir Schraibman, especialista do Minha Vida.

Cerveja

Tomar chá preto
De acordo com o gastroenterologista Vladimir Schraibman, especialista do Minha Vida, assim como o café, o chá preto e o chá mate provocam o relaxamento do esfíncter, facilitando o refluxo e aumentando as chances de azia. Chás mais claros ou o chá verde não causam o mesmo efeito, podendo ser consumidos sem preocupação. O chá de camomila, por sua vez, possui características calmantes que diminuem a irritação da parede do esôfago atingida pelo refluxo gástrico.

Sono após comer
Deitar-se após as refeições deixa o corpo em uma posição que facilita o refluxo dos ácidos digestivos que provocam a azia. Caso você seja vítima do problema, o ideal é permanecer sentado, pelo menos, meia hora após o término da refeição e, só após este intervalo, dar um cochilo.

Riscos do álcool
Além de irritar naturalmente o sistema gástrico, o álcool também estimula a produção de ácido pelo estômago e diminui a capacidade de contração da válvula que impede o refluxo. Por isso, evite esse tipo de bebida durante as refeições como medida preventiva. Também não é recomendável beber com o estômago vazio, prevenindo o acúmulo de ainda mais ácidos digestivos.

Mais uma do cigarro
A azia é mais um incômodo que pode ser colocado na lista de malefícios que o fumo traz ao corpo. "Além de causar problemas sérios no pulmão, o cigarro
também diminui a proteção da mucosa do estômago, deixando o órgão mais sensível à irritação causada pelo ácido gástrico", afirma Ricardo Blanc. É por esse motivo também que o cigarro aumenta as chances de úlcera no estômago.

Excesso de peso
Pessoas que sofrem com o sobrepeso ou com obesidade têm maiores probabilidades de serem incomodadas com a azia, já que a pressão sobre o estômago (causada pelo excesso de peso) aumenta as chances dos ácidos gástricos sofrerem refluxo em direção ao esôfago.

Líquidos durante a refeição
Bebidas gaseificadas aumentam a pressão dentro do estômago, forçando os ácidos digestivos a seguirem em sentido inverso (refluxo gástrico). Outras bebidas, em excesso, acabam diluindo o ácido gástrico e obrigando o estômago a produzi-lo em maior quantidade. "Ardência e queimação são resultados possíveis quando há consumo exagerado de bebidas junto às refeições", afirma o gastroenterologista Ricardo Blanc.

 

[Fernando Menezes – Dieta e Saúde]

Compare os nutrientes e os benefícios de 14 chás

Os benefícios são diversos, desde melhorar a digestão até ajudar no controle do diabetes

Chás quentinhos são muito bem-vindos quando o termômetros despencam. Para aproveitar as vantagens terapêuticas que eles fornecem, no entanto, é preciso saber a forma correta de preparo. "Desligue o fogo assim que a água começar a ferver e acrescente duas colheres de sopa para um litro ou duas colheres de chá para cada 250 ml. Abafe por três a cinco minutos e coe", explica a nutricionista Flávia Cyfer, do Rio de Janeiro. Ela ainda aconselha a armazenar sempre na geladeira ou na garrafa térmica e jamais reaquecer a bebida, porque parte de suas propriedades serão perdidas. Confira abaixo os benefícios de 14 chás diferentes e escolha o seu preferido!

Capim cidreira - Foto: Getty Images

Capim cidreira
Essa erva é aliada do sistema digestivo e ainda ajuda a aliviar gases. "É um chá ótimo para ser tomado depois das refeições por pessoas que tem problemas de digestão", conta a nutricionista Flávia Cyfer. A nutricionista Bruna Murta, da Rede Mundo Verde, também lembra que esse chá serve de calmante, como se fosse um sedativo natural.

Camomila - Foto: Getty Images

Camomila
Também de ação calmante, a camomila é boa para combater ansiedade e insônia
e tem sido muito usada para aliviar a enxaqueca. "Essa opção é muito indicada no período da TPM, já que ajuda a amenizar cólicas, além da ação calmante", conta a nutricionista Bruna Murta. A nutricionista Flávia Cyfer dá outra dica: "A pessoa que quiser dormir melhor à noite pode misturar uma colher de camomila e outra de erva cidreira, para um efeito sedativo melhor". 

Hortelã - Foto: Getty Images

Hortelã
Essa folhinha de aroma revigorante serve como antiparasita e antifúngica, ou seja, ajuda a matar bactérias ruins, principalmente do intestino, e auxilia pessoas que estão com complicações de gases. A nutricionista Bruna Murta acrescenta que ela é ótima para melhorar a digestão, combatendo azias. 

Alecrim - Foto: Getty Images

Alecrim
"É um digestivo excelente, melhor ainda do que a hortelã", conta a nutricionista Bruna Murta. O alecrim também é muito usado para ajudar pessoas que querem controlar o peso, pois aumenta a sensação de saciedade.
De acordo com a nutricionista Flávia Cyfer, esse chá ainda tem ações antipasmódica e anti-inflamatória - boas para cólica renal e menstrual -, ação antifúngica - ótima para ajudar a mandar embora o fungo cândida do organismo - e ação desintoxicante. "É um verdadeiro tônico para o fígado", comenta a profissional.

Erva doce - Foto: Getty Images

Erva doce
O aroma dessa erva é muito usado como forma de relaxante. O chá, além de propiciar esse benefício, também ajuda no combate a cólicas e gases, além de melhorar a digestão.

Chá mate - Foto: Getty Images

Chá mate
Preferido de muitos, o chá mate tem ação termogênica e antioxidante, bom para acelerar o metabolismo e evitar o envelhecimento precoce. É preciso um cuidado, apenas, com o seu poder estimulante, por conter cafeína. "Pessoas com hipertensão
precisam evitar exageros, porque o chá mate aumenta a circulação e ainda pode irritar ainda mais a parede do estômago de quem tem gastrite", lembra a nutricionista Bruna Murta.

Chá de canela - Foto: Getty Images

Chá de canela
A canela pode ser uma ótima aliada no controle de diabetes
. A nutricionista Bruna Murta explica que ela ajuda na redução da glicemia, regulando o açúcar no sangue. Além disso, a nutricionista Flávia Cyfer lembra que ela ajuda a diminuir a vontade de comer doces e melhora a circulação.

Um estudo, realizado pelo Kansas State University, nos Estados Unidos, constatou que consumir meia colher de sopa por dia de canela ajuda a regular o colesterol. Os pesquisadores acreditam que tal redução é resultado da ação dos antioxidantes, que ajudariam a eliminar parte da gordura ruim que ingerimos com maior rapidez.

Chá verde - Foto: Getty Images

Chá verde
Esse é mais um chá campeão. "É desintoxicante, ajuda a fortalecer o sistema imunológico
, previne problemas cardiovasculares por controlar o colesterol e ainda tem vários princípios ativos que ajudam na prevenção do câncer", afirma a nutricionista Bruna Murta

Flávia Cyfer complementa as vantagens dessa bebida: ajuda a combater cáries - basta fazer bochechos com ela - e serve de protetor solar interno, ajudando a proteger a pele contra raios ultravioletas. Tomar o chá, no entanto, não dispensa o uso do protetor solar externo.

O chá verde também é muito famoso pela ação termogênica, ou seja, acelera o metabolismo na queima de gorduras e pode contribuir para quem quer perder os quilos extras. Mas vale lembrar que a bebida não é milagrosa e nem ajuda a emagrecer sozinha - sempre é preciso aliar uma dieta equilibrada com exercícios físicos. 

Hibisco - Foto: Getty Images

Chá de hibisco
Segundo a nutricionista Flávia Cyfer, o hibisco ajuda no controle do colesterol
e é muito diurético, capaz de fazer uma varredura de toxinas no organismo. "Ele ajuda a eliminar gordura e pode ser uma boa opção para hipertensos, porque tem menos cafeína que o chá verde, mas benefícios semelhantes", conta a profissional.

A nutricionista Bruna Murta explica que o fator que torna o chá de hibisco aliado do combate ao excesso de peso é a ação anti-inflamatória. "A bebida ajuda a diminuir a inflamação da obesidade, que é considerada um estado inflamatório do corpo", afirma.

Chás - Foto: Getty Images

Chá de gengibre
"O gengibre é um dos melhores anti-inflamatório que temos na natureza", diz a nutricionista Flávia Cyfer. Ele também atua no sistema digestivo contra cólicas e gases e ajuda no combate à celulite, tão indesejada pelas mulheres. A nutricionista ainda indica esse chá para combater enjoos e náuseas, principalmente em gestantes
, que não podem usar muitos remédios durante a fase da gestação. 

Limão - Foto: Getty Images

Chá de limão
Além de a fruta ser rica em vitamina C
, a nutricionista Flávia Cyfer conta que ela tem ação alcalinizante, ou seja, ajuda a deixar o pH do sangue dentro do nível alcalino, que é como ele deve ficar. "Com esse nível estabilizado, não há perda desnecessária de nutrientes e todos os sistemas do corpo atuam da forma correta, garantindo saúde plena", diz a profissional.
O conselho de Flávia é fazer o chá junto com a casca, porque ela tem uma ação muito forte de desintoxicação do organismo. 

Maracujá - Foto Getty Images

Maracujá
O maracujá já é famoso por ajudar a acalmar os nervos. As nutricionistas indicam esse chá para combater ansiedade, estresse, insônia, irritação e agitação. 

Maçã - Foto: Getty Images

Maçã
A fruta também tem ação calmante, além de ótima para ajudar na digestão. A nutricionista Flávia Cyfer também indica que ela é diurética, com efeito laxante. 

Alfazema - Foto: Getty Images

Chá de alfazema
Mais um chá que ajuda a aliviar cólicas. De propriedade calmante e bactericida, a alfazema também é muito usada para amenizar dores de cabeça. 

Nove estratégias para combater a ansiedade

Combater o pessimismo e criar momentos de lazer amenizam as preocupações

Quando temos que enfrentar um desafio, a ansiedade toma conta do corpo e da mente. Inúmeros hormônios começam a agir, o coração acelera, a transpiração aumenta e até uma súbita dor de barriga aparece. Se essa sensação se acumular demais no corpo, pode extravasar de formas não tão agradáveis. "Alguns choram, outros gritam e partem para a briga, outros ainda adoecem e podem até entrar em depressão", conta a psicóloga Amélia Kassis, diretora da Companhia Zen, de São Paulo. Para evitar que a ansiedade não chegue ao ponto de virar um transtorno mais sério, procure marcar uma consulta com um psicólogo e adote alguns cuidados indicados por esses especialistas.

A incerteza sempre existe - aceite isso

Não é possível prever os fatos ou ter garantia de que tudo sairá exatamente do jeito que você espera. Passar horas e horas ansioso não fará diferença alguma no resultado. Portanto, procure não dar espaço na sua mente a pensamentos como: "talvez eu encontre uma solução", "não quero ser surpreendido", "não quero esquecer alguma coisa", entre outros. Essas preocupações apenas impedirão que você aproveite as coisas boas que tem no momento presente.
A psicóloga Solange Quintanilha, do Rio de Janeiro, recomenda conversar com as pessoas que você confia e compartilhar o que você está passando para tentar amenizar essa incerteza. "Você sentirá como é bom ter a compreensão dos que se preocupam com você", afirma a especialista.

Homem preocupado sem conseguir dormir - Getty Images

Hora de dormir, hora de se preocupar

A ansiedade vai dominar o seu dia conforme você permitir que as preocupações ocupem a sua cabeça todo o tempo. "Tente estabelecer um momento para cada coisa, inclusive para se preocupar", diz Solange Quintanilha. A hora de dormir, por exemplo, não é o melhor momento porque você dificilmente ficará relaxado.
Se um pensamento ansioso insistir em atrapalhar suas tarefas ou seu sono, faça uma anotação em um bloquinho, de forma que você o leia e reflita mais tarde. Isso cria a sensação de que você está livre da preocupação de ter que se lembrar disso a toda hora, uma vez que terá um momento só para se dedicar ao problema depois.

Mulher pessimista no trabalho - Getty Images

Sem exageros de pessimismo

Quando estamos ansiosos, tendemos a visualizar as coisas de forma muito mais perigosa e negativa do que elas realmente são. "É preciso ter o cuidado enxergar a situação temida ou desejada como algo mais tangível e possível, sem generalizar", afirma a psicóloga Amélia. Dessa forma, você aumenta a autoconfiança e autoestima, ficando mais preparado para enfrentar os desafios que te deixam ansioso. Lembre-se: o futuro é uma incerteza, pode dar certo tanto quanto pode dar errado e você sabe que está fazendo o seu melhor para que dê certo. Além disso, haverá formas de conviver com a situação se algo não ocorrer exatamente como você pretende.

Homem sentado relaxando ao ar livre - Getty Images

Relaxe de verdade

Diante da expectativa de uma situação que está por vir, o corpo parece ficar irrequieto e a sua mente não descansa - a preocupação atrapalha qualquer tentativa de concentração nas tarefas diárias. "O relaxamento é eficaz para liberar toda a tensão gerada e regularizar os níveis de hormônios que são responsáveis pela sensação de ansiedade", explica a psicóloga Amélia. Experimente fazer ioga, meditação ou reserve alguns minutinhos do seu dia para adotar hábitos diários.

Mulher vendo televisão sozinha - Getty Images

Evite ficar sozinho

Se você tiver a opção de sair e se distrair com outras pessoas - vá em frente. Quando você está sozinho, tende a pensar mais nas preocupações que causam ansiedade. "É claro que é importante que a pessoa fique sozinha e aprenda a lidar com essa situação", lembra a psicóloga Amélia. Mas ficar muito tempo só pode gerar uma sensação de impotência maior. Quanto mais você tiver apoio de outras pessoas, menos se sentirá vulnerável a problemas que parecem ameaçadores.

Homem fazendo flexões - Getty Images

Pratique exercícios físicos

Segundo um estudo da Southern Methodist University, nos Estados Unidos, pessoas com um quadro clínico de ansiedade podem ter os sintomas reduzidos com atividade física de intensidade moderada. Os pesquisadores afirmam que 150 minutos de prática por semana (50 minutos, três vezes por semana, por exemplo) podem ser suficientes para trazer esses benefícios.

Laranja - Getty Images

Consuma alimentos que combatem a ansiedade

Alguns alimentos contêm aminoácidos e vitaminas que diminuem a ansiedade por aumentar os níveis de serotonina no organismo, que é um neurotransmissor responsável pelo bem-estar e relaxamento.

Amigos comendo e conversando - Getty Images

Tenha momentos de lazer

"Tanto atividades físicas como momentos de lazer ajudam a deixar o corpo e a mente em equilíbrio", explica a psicóloga Amélia. Por isso, reserve momentos do seu dia para cuidar de você e fazer o que você gosta.

Terapia com florais - Getty Images

Procure terapias complementares

Segundo Amélia Kassis, florais e homeopatia são meios eficazes de manter a ansiedade em níveis ideais. "Mas eles não dispensam a necessidade de passar por uma avaliação clínica para verificar se é preciso fazer um tratamento com psicoterapia e medicamentos", lembra a psicóloga. Há uma infinidade de terapias naturais que podem agir combatendo a carga emocional negativa que a ansiedade pode provocar. Confira as sugestões abaixo:

 

Alie terapias naturais aos tratamentos médicos

Elas agem minimizando a carga emocional negativa que as doenças podem provocar

Medicamentos, internação, exames, injeção e controle dos hábitos são comuns na rotina de quem está em tratamento contra algum problema físico. Graves ou passageiras, as doenças acabam levando a algum tipo de mal-estar, principalmente de ânimo, situação que pode prejudicar a evolução do tratamento e fazer você amargar uns dias extras de limitações. É nesse espaço que as terapias naturas podem fazer grande diferença, desde que você não abandone as prescrições convencionais. O segredo é usar os modelos alternativos como um reforço para trabalhar o emocional ganhar em bem-estar. Veja a seguir algumas opções para enfrentar a imunidade em baixa com mais serenidade.

Floral de Bach
Os florais são indicados para recuperar um paciente que vive algum tipo de desequilíbrio emocional "Uma pessoa diagnosticada com câncer não será curada pelos florais. Mas a notícia causa um choque, que pode ser encarado de forma mais equilibrada com as gotas certas. Além disso, o floral de Bach pode auxiliar a lidar melhor com essa situação, além de ajudar a superar o medo da morte", afirma a terapeuta Patrícia Alves, especialista do Minha Vida e autora do livro ABC dos Florais de Bach. A escolha do tipo de floral vai depender da sua personalidade, e não dos sintomas apresentados, por isso a consulta a um especialista é fundamental antes de se submeter ao tratamento.

Aromaterapia - Foto: Getty Images

Aromaterapia
O lema dessa terapia é o relaxamento. Óleos essenciais puros de lavanda ou laranja, por exemplo, podem ajudar a combater insônia, estresse e nervosismo. Já o de hortelã age contra enjoo. "A aromaterapia melhor a relação do indivíduo consigo mesmo, por isso é um coadjuvante de outros tratamentos", afirma a aromaterapeuta Sâmia Maluf, da By Sâmia. As formas mais comuns de usar os óleos são por inalação, massagem e escalda-pés. Grávidas e crianças, no entanto, precisam de orientação especial antes do uso, evitando efeitos desagradáveis: o óleo de essencial de alecrim, por exemplo, pode elevar a pressão.

Terapia de Cores - Foto: Getty Images

Terapia de cores
Segundo o professor Henrique Cirilo, do curso de Naturologia da Anhembi Morumbi, essa terapia entende que o corpo humano é um sistema bioelétrico, ou seja, suas funções dependem da correta distribuição de carga elétrica para serem eficientes. Quando adoecemos, o sistema bioelétrico entra em curto circuito e é preciso repará-lo.
"A luz é uma onda eletromagnética e as cores são a decomposição da luz. Portanto, quando utilizamos as cores em determinadas áreas ou pontos do corpo humano, estamos gerando um estímulo elétrico com o objetivo de reestabelecer esse equilíbrio bioelétrico", conta o profissional.


Além do estímulo elétrico, é possível utilizar o princípio das cores a partir do processo associativo. "Esse processo promove reações emocionais a determinadas cores. Um exemplo é pessoa que, quando criança, tinha uma avó que se vestia muito de verde. Essa pessoa pode ter boas lembranças em relação à avó e, toda vez que vir o verde, sentirá uma sensação de bem- estar", esclarece Henrique. Esses dois processos podem ajudar a combater depressão, ansiedade, insônia e até dores.

Musicoterapia - Foto: Getty Images

Musicoterapia
A música ativa regiões responsáveis pela produção e liberação de hormônios, como a serotonina (felicidade) e a noradrenalina (hormônio ligado ao estresse e à dor), informa a musicoterapeuta Therezinha Jardim, coordenadora do setor de Musicoterapia da Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR). "Ela também ativa o hipocampo, área da memória, e outras áreas cerebrais ligadas à atenção, emoção e coordenação motora", diz.


A terapeuta conta que doenças como Alzheimer, AVC e esclerose múltipla eliminam a autonomia, o desejo e o prazer, prejudicando a auto-estima. A música ajuda a combater esses males ao desenvolver a afetividade, os sentidos e as emoções. "Em uma sessão musicoterápica, o paciente redescobre o contato consigo mesmo e com o outro, obtendo melhora da autoestima, ativando funções intelectuais e motoras e diminuindo o estresse e a ansiedade", conta a profissional.

Contato com animais - Foto: Getty Images

Contato com animais
A Terapia Assistida por Animais é um processo que utiliza os bichos como ferramenta para a reabilitação de seres humanos. "Esta terapêutica é muito utilizada em idosos e crianças com autismo, síndrome de Down ou paralisia cerebral", afirma o neurocientista Alexandre Monteiro, coordenador do Projeto Animallis, que trabalha esse método em idosos com demências - como Alzheimer – e depressão.


O especialista conta que os benefícios observados em seus pacientes são diversos: estabilização da pressão arterial, alívio do tédio imposto pela rotina, aumento da comunicação e estímulo à convivência, sentimento de segurança, socialização e motivação. A técnica pode, inclusive, ajudar a amenizar o sofrimento de dores provocadas pelas doenças. No trabalho de Alexandre, por exemplo, os idosos que sentiam dores em período pós-cirúrgico mudavam o foco da dor para o contato com os animais, depois de realizarem atividades propostas com base na terapia. 

Saúde ao ar livre - Foto: Getty Images

Saúde ao ar livre
A terapia que aproveita os benefícios que a natureza traz à saúde ganhou o nome de Ecoterapia. Vale desde passar alguns minutos ao ar livre diariamente até realizar exercícios de relaxamento, descontração e respiração, aproveitando o bem-estar que os recursos naturais proporcionam. Um estudo japonês, realizado em 2010, verificou que os elementos do ambiente (como odor de madeira, som da água correndo no riacho e a paisagem da floresta) podem ajudar a relaxar e reduzir o estresse. Os participantes do experimento tiveram níveis mais baixos de cortisol, hormônio do estresse, e diminuição da pressão arterial.
Já pesquisadores da Universidade de Essex, no Reino Unido, constataram que ficar apenas cinco minutos em um ambiente natural, que pode ser até o jardim no quintal de casa, melhora o humor, a autoestima e a motivação. Além disso, 71% dos parcipantes analisados na pesquisa tiveram redução da depressão ao adotarem a caminhada ao ar livre como uma prática cotidiana.

Chás - Foto: Getty Images

Chás
Há diversos estudos que indicam propriedades terapêuticas dos chás. Na Universidade Federal de Santa Catarina, constatou-se que o chá mate pode ajudar a combater o colesterol ruim (LDL). Já pesquisadores de University College London (Inglaterra) comprovaram que o chá preto alivia os sintomas do estresse. O chá verde, por sua vez, é apontado como aliado no combate a sintomas da depressão, em estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition. É certo que essas bebidas naturais não substituem medicamentos, mas podem ajudar a acelerar o tratamento, amenizando os sintomas negativos. Use o chá de capim-cidreira, por exemplo, para estimular o sistema digestivo e aliviar gases, ou aproveite o de camomila para combater ansiedade, insônia e até aliviar enxaqueca.

 

[Letícia Gonçalves -  Dieta e Saúde]