terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Começar uma nova vida

A passagem de ano, geralmente é precedida por alguns momentos de reflexão sobre o ano que finda e o novo ano que se inicia. É uma época em que a maioria das pessoas efetua o seu balanço pessoal, profissional e social. Faz-se uma retrospectiva da vida que se tem tido e se esse percurso está de acordo com as nossas expectativas, objetivos e sonhos e ao mesmo tempo planeia-se um aperfeiçoamento desse rumo ou mesmo uma mudança de paradigmas, visando um outro estilo de vida, ou uma melhor qualidade de vida.

Costuma-se dizer nesta época de passagem de ano "Ano Novo, Vida Nova", mas será que realmente temos a coragem e a vontade de modificar alguma coisa na nossa Vida, ou simplesmente continuaremos a manter o mesmo paradigma da rotina do dia-a-dia, em que vamos deixando o tempo passar e a Vida correr, sem termos algum cuidado com o nosso bem-estar e daqueles que nos são mais queridos e íntimos?

Esta é a altura ideal para fazer essas reflexões, mas ao mesmo tempo para estar aberto a outras ideias, estilos de vida e também usar essas conclusões para colocar em prática aquilo que sistematicamente vamos adiando, como por exemplo ter um maior cuidado com a nossa saúde, melhorando a qualidade e a quantidade da alimentação, começar a praticar alguma atividade física moderada que de preferência englobe um estilo de vida mais saudável, visando ter mais energia, vitalidade, bem-estar, felicidade e qualidade de Vida.

Por atividade física não se deve entender como a prática de um desporto, mas antes evitar o sedentarismo que acaba por minar a nossa vontade e dinamismo, gerando uma certa apatia que mina a vontade para promover uma atividade que contribua para ter mais saúde, lucidez e bem-estar.

O ideal é praticar uma actividade física moderada, progressiva e regular, como caminhar diariamente cerca de 30 a 60 minutos, nadar, ou que também englobe um estilo de vida mais saudável cuja prática engloba técnicas gestuais, trânsito energético, técnicas vocais, respiratórias, de limpeza orgânica, corporais, descontracção e técnicas de concentração, meditação e de hiperconsciência.

É essa nova Vida que está nas nossas mãos, na nossa vontade e determinação em mudar hábitos pouco saudáveis, para hábitos saudáveis, começando a ter um maior cuidado com a alimentação, iniciando a prática de um tipo de exercício moderado, como caminhadas, que são exemplos de exercícios que não stressam a musculatura, nem cansam exageradamente o corpo.

Por isso não se acomode à rotina do sedentarismo e quebre as barreiras que o estejam a impedir de começar a ter um estilo de Vida mais saudável.

Comece por adquirir o hábito de fazer alguns trajetos a pé e não de carro, efetuando assim algumas caminhadas que pode passar a fazer no campo, nos seus tempos livres.

Faça-o não pelas vantagens que isso lhe proporciona, mas pelo cuidado e atenção que vai ter consigo próprio e pelo prazer e bem-estar que um estilo de Vida saudável lhe transmite. Dê início, a uma Vida Nova, neste Ano Novo!

Recomeçar

Não importa onde você parou...
em que momento da vida você cansou...
o que importa é que sempre é possível e
necessário "Recomeçar".
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
é renovar as esperanças na vida e o mais importante...
acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado...
Chorou muito?
foi limpeza da alma...
Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes?
é porque fechaste a porta até para os anjos...
Acreditou que tudo estava perdido?
era o início da tua melhora...
Pois é...agora é hora de reiniciar...de pensar na luz...
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.
Que tal
Um corte de cabelo arrojado...diferente?
Um novo curso...ou aquele velho desejo de aprender a
pintar...desenhar...dominar o computador...
ou qualquer outra coisa...
Olha quanto desafio...quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te
esperando.
Tá se sentindo sozinho?
besteira...tem tanta gente que você afastou com o
seu "período de isolamento"...
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu
para "chegar" perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza...
nem nós mesmos nos suportamos...
ficamos horríveis...
o mal humor vai comendo nosso fígado...
até a boca fica amarga.
Recomeçar...hoje é um bom dia para começar novos
desafios.
Onde você quer chegar? ir alto...sonhe alto... queira o
melhor do melhor... queira coisas boas para a vida... pensando assim
trazemos prá nós aquilo que desejamos... se pensamos pequeno...
coisas pequenas teremos...
já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente
lutarmos pelo melhor...
o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental...
joga fora tudo que te prende ao passado... ao mundinho
de coisas tristes... fotos...peças de roupa, papel de bala...ingressos de
cinema, bilhetes de viagens... e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados... jogue tudo fora... mas principalmente... esvazie seu coração... fique pronto para a vida... para um novo amor... Lembre-se somos apaixonáveis... somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes... afinal de contas... Nós somos o "Amor"...

" Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do
tamanho da minha altura."

O TRABALHO DO PSICÓLOGO NA SEPARAÇÃO DE CASAL

Enfrentar o fim é sempre difícil, pois causa dor e sofrimento. A separação é o término de uma forma de relacionamento entre um casal e a terapia pode ajudar a tornar essa fase mais fácil de ser vivida. O que se faz na terapia? A seguir, cito apenas algumas das questões geralmente trabalhadas no processo psicoterapêutico:

1) identificar e aumentar a capacidade de mudança de cada cônjuge frente a situações estressantes;

2) identificar o impacto da separação nos filhos, independentemente da idade, e desmistificar a crença de que filhos adultos não sofrem com a separação;

3) esclarecer as crenças pessoais de cada cônjuge em relação a si próprio e ao outro cônjuge. Crenças são as idéias e valores formadas com base no julgamento da experiência de cada cônjuge em seus relacionamentos. Exemplo: “Se eu me separar, sou um fracasso como pessoa”, “Se eu não continuar casada, serei considerada uma má pessoa por querer me divorciar de um ótimo marido”; “Se eu me divorciar, serei considerado um homem sem fibra e que desiste fácil diante das dificuldades da vida” ou “Se eu quero me separar é porque errei em algo e, portanto, não dou certo para viver junto com alguém ou no casamento”;

4) esclarecer as crenças que se formaram no casal. Exemplo: “Se eu ganhar muito dinheiro, serei um bom marido” ou “Se eu tratá-lo com muita paciência e carinho, serei uma boa esposa”;

5) esclarecer as crenças que dificultam a separação. Exemplo: “Existe felicidade fora do casamento?”; “Todos os meus problemas com a separação terminarão quando eu receber um pedaço de papel dizendo que estou legalmente divorciada”; “O divórcio prejudicará os meus filhos. Preciso continuar casada para dar segurança a eles.”; “É possível ter uma separação calma, boa, racional e sem sentimentos negativos intensos.” ou “Quem ficará com os amigos? Fizemos muitos amigos quando estávamos casados. Será que eles vão escolher de que lado ficar e me evitar?”;

6) esclarecer as crenças de cada cônjuge oriundas de sua família de origem com relação ao próprio evento da separação, casamento, educação dos filhos, papéis de homem/mulher, marido/esposa e mãe/pai que influenciam na maneira como ambos pensam, sentem e se comportam na relação;

7) esclarecer as características ou habilidades de cada um e capacitá-los naquelas que acreditam que o outro lhes venha “tirar” com a separação. Exp.: “Uma mulher extrovertida com habilidade social alta casa-se com um homem introvertido com déficit em habilidade social. Ambos se complementam e acreditam que podem viver assim para sempre. Quando da separação, sentem-se injustiçados porque precisam ser ou agir de uma forma que o outro agia por ele, quando, na verdade, são eles próprios que precisavam ter desenvolvido essa habilidade de forma equilibrada em si mesmos.”

8) as emoções como medo, tristeza, culpa, raiva, satisfação, alívio e alegria serão trabalhadas a todo o momento em ambos;

9) a qualidade da comunicação será transformada. Atitudes como adivinhações ou esperar que o outro adivinhe aquilo que pensam ou querem serão desencorajadas. A convivência nem sempre é prova suficiente para conhecer o outro. Ambos perceberão que não podem esperar que o outro saiba exatamente aquilo que pensam ou desejam, até mesmo porque, muitas vezes, o outro não entendeu o que devia fazer ou nem sabia como fazer, pois jamais pensou, sentiu ou agiu dessa forma antes. A emissão e recepção de mensagens entre os cônjuges será identificada e apontada pelo psicólogo com o intuito de mostrar quais são eficazes ou não em sua codificação pelo outro, inclusive, com a análise dos gestos não verbais realizados concomitante nas mensagens;

10) definir metas a curto, médio e longo prazo para a concretização da separação para ambos.

Vale lembrar ainda que é importante o trabalho das questões acima na separação, mas nada impede de serem feitas também durante o casamento ou namoro. Todo e qualquer relacionamento é recheado de fases melhores e piores. Nas difíceis, é preciso que, progressivamente, cada uma das partes desenvolva maior capacidade da percepção global do relacionamento e, principalmente, se disponha a rever e reajustar a própria atuação na relação. Isso é saudável e bom para ambos. Caso contrário, o relacionamento se desgastará e a insatisfação e mágoas se tornarão prevalentes.

Uma das formas de fazer essa revisão ou reajuste é buscando a terapia seja de casal ou individual. Lembro que terapia não é tribunal. Nenhum psicólogo tem o direito de decidir pela separação ou reconciliação de qualquer casal. A única função do psicólogo é de ajudar as pessoas a viverem melhor com a decisão que quiserem tomar em suas vidas e ponto final. Portanto, use e abuse da terapia sem medo ou preconceitos.

[Viviane Sampaio]

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Oração para a Dor da Separação

Ele devolve a Alegria aos tristes de coração e cura todas as suas feridas e aflições…(Sl 146,3)

Pai querido…eu não sei o que deu errado em meu casamento. Eu gostaria de ter encontrado uma solução para que não houvesse esta separação tão dolorosa para mim e minha família.

Às vezes me questiono muito e questiono até a Ti. Será que não deveria ter lutado mais? Será que desisti muito cedo? O que eu poderia ter feito diferente?

Foram anos de vida em comum. Foram os sonhos de uma vida feliz e de repente vejo tudo desmoronar à minha frente sem poder fazer nada….vejo meu amor indo embora como um estranho, dizendo que o amor acabou e que tudo acabou.

Sei que o amor nunca acaba, pois ele vem de Ti meu Pai! Tudo mais passará e o que sempre fica é o amor…o amor verdadeiro! Mas quanta vezes confundimos amor e paixão; quantas vezes confundimos gostar; carinho, amizade, afeto e até mesmo sexo com amor? E isto pode ter acontecido conosco!

Eu sei que a separação não é culpa de um só, mas dos dois. Posso ter errado, posso ter falhado em muitas coisas, pois, quando ouve a separação, eu escutei muitas acusações e fui responsabilizada pela maioria dos erros. Isto dói muito em mim! Não foi levado em conta meus esforços, minha dedicação, minha vontade de acertar, minha vontade de conversar e chegar a um senso comum, de dar o melhor a este casamento. Isto dói profundamente!!

Será que ele não parou para pensar em seus próprios erros? Será que ele não parou para pensar em quantas vezes tentei acertar e não pude contar com ele? Será que ele não enxerga que não pude contar com ele como companheiro e como amigo? E assim…ficamos parados nos erros e nas culpas…

Talvez Senhor, houve imaturidade em nós, fomos precipitados para casar, afinal éramos muito jovens. Ou ainda casamos para justificar a nossa vida diante da nossa família, diante de nossos amigos e fizemos do nosso casamento uma representação pública.

Não fizemos os juramentos diante do seu altar Senhor, não conhecemos profundamente o significado de amar através da tua palavra por toda vida, mas imagino que tenhamos jurado amor e fidelidade por toda vida… mas nisto ouve mentiras, às vezes traições, brigas por causa de sexo, por causa de dinheiro, por causa de roupas, carro, emprego, bebidas, vícios, por causa de sogra ou sogro, de irmãos e irmãs, por causa de amigos e amigas, por causa de ir ou não à Igreja. Às vezes nossa casa era um lugar de festa e de poucas orações ou quase nunca se rezava dentro dela e na maioria das vezes Tu ficava de fora do nosso lar… então como iria ter amor?, poucas vezes paramos para pedir perdão um ao outro e tudo se resolveu às vezes na cama… numa desculpa banal, mas na maioria sem perdão.

Muitos vêm até a mim me perguntar o que aconteceu à minha família, os “amigos”, vizinhos e até também aquela pessoa que nos fomentas com notícias de sofrimento, trazendo e levando o que é ruim para nos destruir mais ainda. São poucos os que vêm trazer o conforto, o ânimo e a esperança… uma palavra de esperança!

Hoje Pai, quero entregar em tuas mãos toda esta situação. Se foi por maldições, por sedução, por fraqueza, seja o que for, quero renunciar de minha família toda esta malignidade e que isto nunca mais venha acontecer em minha família. Clamo isto ao Teu sangue redentor… e que me liberte desta dor tão profunda.

Senhor, há um vazio em minha alma, meu futuro é incerto, mas preciso sentir Tua presença, acima de tudo quando estou fraca e meu desejo é de desistir. Retire toda amargura do meu coração, substituindo pelo perdão. Cure o meu coração e o coração de todos que foram atingido por esta separação. Ajuda-me Senhor a me livrar da depressão e desta tristeza sem fim!

Senhor, eu tenho confiança que o Senhor tem um novo caminho para mim…e para ele. Se for necessário reatar…refazer nosso casamento...estou disposta a dar a volta por cima! Mas, acima de tudo, quero que tudo seja feito agora no Teu amor e em Ti…se for para reatar, que sejamos uma família de Deus e livre de todos os males que destruíram nosso lar. Livra-nos de todas as tentações e faça-nos uma Nova família!

Vem Senhor, com Tua paz ,me dar serenidade para este tempo e que eu saiba viver como uma filha de Deus e que eu tenha sabedoria para tudo isto.

Sei que o mundo vai querer me seduzir. Proteja-me Senhor de todo mal e que eu não perca mais minha dignidade e me sinta capaz de superar e ir em frente, pois o Senhor está comigo e nada temerei. Amem!!!

[baseado na Oração do Padre Vagner Baia]

dor da separação - Compreendendo a dor

 

É muito comum após uma separação lembrar-se muito mais dos momentos bons e esquecer-se das causas que fizeram o relacionamento não mais existir

Depois de analisar alguns fatos, obter algumas respostas, algumas pessoas podem chegar à conclusão que é melhor voltar a um passado
infeliz, mas seguro, do que enfrentar um futuro incerto, apesar de quase sempre, muito melhor. Essa voz que lhe diz para ligar, procurá-lo, passar por cima de suas mágoas e sentimentos, fazendo-a olhar esse passado com lágrimas nos olhos, pode estar apenas representando seu medo de acreditar em si mesma e ser capaz de superar essa dor.

“Negar o que está acontecendo ou sentindo, com medo de sofrer demais, não ajudará em nada”

Separar-se não significa não haver mais nenhuma possibilidade de voltar atrás e reconciliar-se. Significa simplesmente que por enquanto a relação acabou e esta é a única certeza que possui. Algumas vezes acontece que, depois de uma separação, o casal volte a unir-se, superando as dificuldades e acima de tudo, aprendendo com cada uma delas.

Porém, viver na esperança e na expectativa de que isso aconteça pode ser muito destrutivo. É essencial viver esse momento como uma verdadeira separação, a fim de que todo o sofrimento tenha algum sentido de ter existido e tenha deixado algum aprendizado, para que assim algumas mudanças possam ocorrer.

Se haviam brigas constantes, desentendimentos, tristeza, a separação não deveria ser vivida como uma sensação de alívio?
E se em lugar do alívio, existe a angústia, opressão? Será que isso indica que houve um engano? Mesmo que a relação não estivesse sendo como gostaria, agora falta uma parte de si mesma que sentia como se existisse dentro de você e que foi embora, não há mais um ponto de referência que o outro proporcionava. Houve a quebra de vínculos profundos, e quanto mais longa foi a relação e mais intimamente os momentos eram partilhados, mais intensa parece
ser a falta que faz. Mesmo quando havia sofrimento durante o relacionamento, infelizmente é muito difícil existir uma separação sem dor.

Parece ser difícil passar desapercebido esse momento. Os sentimentos que antes era possível disfarçar, agora parecem ficar mais expostos como nunca. A separação de fato machuca tanto, que na escala das causas de estresse vem imediatamente após a morte de uma pessoa significativa. Tanto isso é verdade que quando esse vínculo é rompido, é necessário um trabalho interior que requer uma enorme quantidade de energia psíquica para recuperar o equilíbrio perdido, tanto que psiquicamente, passamos por um período de luto, da mesma forma de quando perdemos uma pessoa querida pela morte real.

De fato, muitas pessoas têm a sensação de assistir a um enterro, sem flores nem acompanhamentos, no qual se está só com seu luto. Algumas pessoas nesse momento precisam estar na companhia de alguém que as ouçam e suportem com elas sua dor, mas quase sempre a pessoa não se sente uma companhia muito agradável, evitando qualquer contato com outras pessoas, para ter a liberdade de chorar, chorar e chorar. Não imaginando que ficaria tão mal! Mas ficamos.

Algumas pessoas olham fotos de momentos vividos juntos, lêem cartas, mensagens que foram trocadas. Outras, no entanto,
rasgam tudo, querem se livrar de tudo aquilo que as façam
lembrar do passado, afinal os objetos são terríveis testemunhas
do que se deseja esquecer. O que é ideal? Guardar e rever tudo
que foi conquistado junto ou se livrar de tudo o mais rápido
possível? Faça o que te faça sofrer menos. É comum nos dias seguidos da separação, rever fotos e tudo que possa lhe garantir
que tudo aquilo existiu de fato, mas prolongar esse período pode trazer muito mais dor.

A culpa também é outro sentimento que pode nos fazer querer
voltar para refazer o que não fizemos. Algumas pessoas tendem
a assumir toda a carga da responsabilidade para si devido a um sentimento de inferioridade, baixa auto-estima, por não ter sido capaz de manter a relação. Outras tendem a agir ao contrário,
não se responsabilizando por nada do que ocorreu. Nem sempre
a busca por culpados é o melhor caminho, é melhor entender o
que aconteceu, evitando apontar o dedo para quem quer que seja.

Foram preciso duas pessoas para começar a relação e também
para terminá-la, por mais que um dos dois não quisesse que isso ocorresse. Mas não se deve deixar-se esmagar por condenações, com certeza cada um naquele momento fez o melhor que conseguiu fazer. Ter uma visão clara do que ocorreu não é uma conquista imediata e para que as primeiras reações emotivas possam ser compreendidas leva algum tempo.

Não é possível determinar quanto tempo, pois cada pessoa reage de maneira diferente, principalmente devido ao seu histórico de vida. Pessoas que quando crianças viveram a experiência do abandono, com certeza encontrarão mais dificuldades para enfrentar esse momento, pois o abandono da infância irá se somar ao atual, podendo fazê-la reviver o último com muito mais intensidade e sofrimento. Por outro lado, aquelas que viveram uma infância com afeto, sem perdas, terão mais recursos para enfrentar a separação.

Seja o que for que esteja sentindo nesse momento, saiba ser compreensiva consigo mesma como seria com alguém que lhe pedisse colo. Dê a si mesma, carinho, atenção e ouça cada um de seus sentimentos, sem desprezá-los ou ignorá-los, para que aos poucos comece a reconstruir esses sentimentos que pensava nunca mais sentir. O assunto sobre separação voltou. Continuamos na próxima semana.

A DOR DA SEPARAÇÃO CONJUGAL

Introdução

Enquanto o casamento perdura é comum haver entre os cônjuges atritos, que por não serem devidamente resolvidos, vão se transformando em mágoas sendo que muitas delas permanecem de forma indelével e que não se apagam mais.

Considerando que a premissa cultural de que uma relação conjugal deve ser eterna enquanto o casal vive acrescido da pressão social de que a separação é para muitos um fracasso surge daí a dificuldade dos cônjuges em aceitarem o rompimento.

Toda separação enseja psicologicamente um sentimento de desamparo proveniente da perda do cônjuge.

Um cônjuge durante o período de convívio harmonioso projeta no outro seus sonhos, fazendo da pessoa amado um objeto ideal e perfeito.

Quando ocorre o epílogo do casamento, surgem as frustrações e decepções, levando o casal a buscar no Judiciário o cumprimento dos deveres inerentes à condição de casados.

O início da discórdia

"Se você continuar a me tratar assim, o único jeito é a separação". Esta ameaça dita precipitadamente não é pressentida pela dor que um ser humano sofre com a separação.

Após o desenlace começam a surgir mecanismos de sentimentos de culpa.

A falência de um casamento não se dá de uma hora para outra. Trata-se de um longo processo para o qual contribuem os parceiros com suas dificuldades pessoais. A verdadeira causa da culpa, numa abordagem psicológica, é subjetiva e se constrói, quase sempre, com a participação de ambos.

Assim, seria imprudente imputar a aparente culpa por um comportamento que pode ser o reflexo da atitude do outro ou a projeção de um problema do outro.

Os autos questionamentos

Normalmente iniciam-se as perguntas sempre com um raciocínio embasado na autocomiseração e no sentimento de culpa produto de baixa-estima:

"O que fiz para merecer isto?" "Porque não consegui que ele ficasse comigo?" "Não sou suficientemente inteligente (bonita, nova)"; "Era muito ciumenta (excessivamente dedicada ao trabalho, aos filhos)", etc... .

Em resumo, procura-se praticamente desculpar a outra parte.

No plano psicológico, a separação torna os cônjuges confusos e vulneráveis.

A separação passa a causar maior frustração caso quem tenha sido abandonado possa ter vivido experiências difíceis: conflitos, ou a sensação de não ter sido suficientemente amado.

A separação abre as feridas não cicatrizadas, e as deixa expostas. Mesmo assim, é possível sair-se mais forte desta experiência.

A palavra-chave é reagir e a pessoa não deve titubear em pedir auxílio, principalmente quando a pessoa sentir-se incapaz de ultrapassar a situação sozinha. Recomenda-se consultar um psicoterapeuta. para superar a crise.

Alguns ingredientes podem amenizar a dor da separação

1) Evitar a solidão e o isolamento para estabelecer convívios humanos. Naturalmente devem ser pessoas de alta confiabilidade, maduras, e que possam conduzir o sentimento de perda de forma salutar;

2) Infundir na mente que a vida não acabou. Com efeito, nunca é tarde para novos encontros;

3) Algumas pessoas logo após a separação saem desenfreadamente para procurar outro (a) parceiro (a) para esquecer e apagar as más recordações.

É importante que não se deve escolher o novo (a) parceiro (a) para vingar-se do antigo parceiro. Por outro lado, não é interessante entrar imediatamente numa relação estável porque a carência afetiva mascara a observação serena dos comportamentos de outra pessoa.Mais tarde, após a cicatrização da perda, será possível construir uma nova história de amor, com bases sólidas.e sadias;

4) O envolvimento sexual deve ser bem dosado porque após a crise é comum ocorrerem falhas e distúrbios do equilíbrio sexual. Como, por exemplo, sentimentos de angústia ao ser feita a comparação do atual pelo antigo parceiro (a). Se tais problemas surgirem durante as primeiras relações sexuais com um novo parceiro, não se aflija,porque é normal e há necessidade de um período de adaptação.

6) Evitar o jogo maldoso de provocar ciúmes para o "ex", pois que tal comportamento além de não levar a nada depreciará a pessoa com o novo parceiro (a);

7) Aproveitar a recente liberdade para exercer novas atividades de lazer. Pode acontecer que pelo sentimento de perda, nos primeiros momentos, pode diminuir a motivação mas tudo depende de um esforço;

8) Atividades de grupo permitirão fazer novos conhecimentos, alargarão o círculo de amigos e, quando se sentir novamente disponível, talvez encontre um parceiro com interesses comuns;

9)Investir na vida profissional é uma solução clássica e eficaz! Com efeito, permite reagir ao desgosto e, ao mesmo tempo, proporciona satisfação imediata: sucesso e eventual aumento de salário. Este reconhecimento contribuirá para levantar o moral e recuperar a autoconfiança;

10) Evitar as queixas do antigo parceiro (a) pondo o dedo na ferida, pois que além de envolver a mente em sentimentos inferiores, pode entediar as pessoas que estão dispostas a ajudar;

11) Evitar a constante formulação de sentimentos de que tudo acabou por sua culpa;

CONCLUSÃO

Graças a humanização cada vez mais presente no Direito, não cabe mais, principalmente nas separações consensuais, vivenciar a culpa conjugal, e sim estabelecer o raciocínio que o casal está buscando, o bem-estar.Embora tendo optado pela união matrimonial, após algum tempo de convívio perceberam que a mesma não era a melhor forma de uma vida em comum, e assim cada um respeitando sua liberdade e dignidade do outro foram procurar um novo alento para uma vida afetiva sentimental.

Em suma, os conflitos psicológicos, os desajustes, os desníveis culturais, as interferências de familiares de forma indevida, a incompatibilidade sentimental, ou sexual, e até pode acontecer que de um momento para outro possa despontar o desamor, principalmente, quando o casal elaborou a união sem a devida maturidade (um dos eventos que contribui em muitos casamentos é o nascimento dos filhos, quando a esposa dedica-se mais aos filhos e provoca ciúmes no esposo, sendo um dos motivos para o rompimento do casamento).

É certo que o casamento exige certos sacrifícios para que possa subsistir, entretanto não é cabível renúncias que ultrapassam a sensibilidade e a natureza do ser humano.

(a palavra cônjuge foi distinguida para identificar aqueles unidos pelos laços do matrimônio. Interessante atentar para a semântica da palavra cônjuge:jugum era o nome dado pelos romanos à canga aos arreios que prendiam as bestas às carruagens. O verbo conjugare de [cum jugare] significa, entre outros sentidos, a união de duas pessoas sob a mesma canga, donde conjugis quer dizer jungido ao mesmo jugo, ou ao mesmo cativeiro).

PÍLULA DA FRATERNIDADE

QUANDO O CASAMENTO FOR ENCARADO POR VOCAÇÃO COMO A ESSÊNCIA DE UM IDEAL NOBRE, TODOS OS ENTRAVES SERÃO SUBLIMADOS.

[Roque Theophilo]

A SEPARAÇÃO CONJUGAL E AS SUAS ETAPAS

A separação conjugal ocupa na escala desenvolvida pelos especialistas em Estresse da Universidade de Washington, Holmes e R. Rahe, valor ou nível de ponderável em nossa vida.

Cada acontecimento é medido como uma Unidade de Mudança de Vida (UMV).

Vejamos como é avaliado:

Acontecimentos              UMV

Morte do cônjuge             100

Divórcio                            73

Separação marital             65

Portanto enquanto a morte do cônjuge ocupa 100 UMV, o Divorcio 73 UMV e a Separação 65 UMV.

Daí se conclui que a separação conjugal gera um estresse com valor em UMV bem próximo ao da morte do cônjuge.

Os mecanismos psicológicos que geram a separação tem um ciclo que pode ser assim conceituado:

1 - AS PRIMEIRAS SEMANAS

É normal que nas duas primeiras semanas de separação surja uma sensação estranha de perda com uma repercussão psicológica de confusão e com um total descontrole emocional, com dificuldades para voltar a rotina normal do trabalho e dos hábitos de vida. Se recomenda não negar esta parte do processo, não reprimir-se, não bloquear-se, muito pelo contrário: é aconselhável deixar fluir o sentimento de perda, desabafar cada vez que sentir ímpeto, falar da pessoa que se separou mas deve haver uma precaução para que não sejam cultivados nesta primeira etapa que tendem a aparecer pensamentos e sentimentos de culpa, rancores e tendência a depressão.

Estes aspectos devem começar a processar, como ponto de partida para poder superar e vencer o "duelo" e iniciar assim, de forma digna e adequada, a reconstrução da vida pois que apesar do evento separação ela continua.

É muito importante ter em conta, durante essas primeiras seis ou oito semanas, de se abster de tomar decisões importantes que podem ter conseqüências funestas em futuro próximo, ou a médio prazo, como: vender a casa, liquidar um negocio, trancar matrícula em cursos, trocas drásticas nos hábitos e na rotina de vida e, etc.

Deve dar um prazo conveniente para novas relações afetivas sentimentais pois que da mesma forma quando perdemos por falecimento alguém muito próximo nos tornamos estressados, fragilizados, sensíveis e impressionáveis.

Tudo deve ser encarado como normal e lógico e devemos ter em mente que estamos diante de um evento humano e não diante uma enfermidade, e portanto tudo é normal e lógico

2 - O primeiro ano.

Também deve entender-se como parte normal do processo que, de vez em quando, surgem algumas recaídas no ânimo embora com duração mais curta de períodos de tristeza e de depressão, que aos poucos vão se espaçando, embora em alguns casos estas recaídas surgem por espaços mais longos, e paulatinamente sua intensidade será um pouco menor; em caso de continuar apresentando fortes e intensas etapas depressivas, é aconselhável consultar um especialista.

Nesta etapa do primeiro ano, mais ou menos, devemos ter em mente que não é padrão em todos os casos e que nem todas as pessoas demoram o mesmo período de tempo. Dissemos que durante o primeiro ano é normal que se apresentem períodos difíceis, que coincidem quando surgem efemérides importantes tais como natal, fim de ano, datas natalícias; em alguns casos, o primeiro aniversário é especialmente lembrado e não devemos estranhar as manifestações emocionais que podem se apresentar, estas não significam necessariamente que o ajustamento não esta sendo processando, e tampouco significa que foram destruídas as vitórias conquistadas até o presente momento. Estas recaídas costumam ser de curta duração e por alguns dias se conseguirá tomar o rumo normal de vida

Podemos levar em consideração que criar "cicatrizes" não significa esquecer e nem "deixar de amar ", será más fácil adaptar-se, entender e aceitar que se podemos sobreviver, e que a vida deve continuar que há outras pessoas em nossa volta que também são importantes para nós. Durante esta etapa inicia-se a reacomodação a novos eventos e etapas, reencontrando-se e reordenando a vida.

Durante este primeiro ano, podem iniciar-se novas oportunidades, novos compromissos profissionais e a predisposição de elaborar novos planos de vida, com maior dignidade.

Que a nova vida seja una maneira de mostrar ao ausente que a força de vontade de lutar nos colocou novamente em pé lembrando a velha canção "Levante, sacode a poeira e passe por cima".

3 - A partir do primeiro ano.

Em nenhum momento, e por nenhum motivo, devemos sentir-nos culpados de iniciar uma nova vida conjugal.

Façamos a seguinte reflexão: Se pudéssemos perguntar ao nosso ex. companheiro(a): "Você está de acordo que eu reconstrua a minha vida? Com certeza ele(a) diria: "Renove sua vida, siga adiante, quero ver você ter reencontrado sua alegria de viver, e não me faças sentir culpado(a) de ter destruído sua felicidade. Eu estou bem, nada me angustia, nada me preocupa, nada me importuna. Consideremos que o luto é muito mais diferente do que se levar uma roupa preta, uma pessoa vestida de roupa colorida e que honra com amor, com dignidade e com respeito a memória de seu parente falecido, mostra uma respeito mais leal do que alguém vestido totalmente de preto e que internamente não respeita e nem dignifica sua saudade. Nesta terceira etapa, mais ou menos a partir do primeiro ano, normalmente nos vamos reintegrando familiar e socialmente.

Algo muito importante começa agora: que o conhecimento de que se é possível sobreviver, e o descobrimento de que se é possível seguir adiante.

Reconhecemos agora, dentro de nos, o valor e a inteireza que necessitamos - conhecer o verdadeiro significado do amor, a tolerância, a compreensão e a paciência.

Reconhecemos agora o que significa a superação de um processo triste doloroso, e que já temos vivido e sobrevivido a uma gravíssima situação traumática e emocionalmente muito estressante e, portanto, somos e devemos ser pessoas mais maduras e mais fortes espiritualmente.

PÍLULA DA FRATERNIDADE

Na separação não cultive ódio pois que ele não cabe em grandes mentes Aquele que perde uma relação amorosa perde muito, mas aquele que perde a fé perde tudo.

Na crise da separação prepare a sua mente nos dias melhores que virão

[Roque Theophilo]

Segredo do Casamento

Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher.

As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.

Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento tanto tempo.
Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista no ramo, como todos sabem, mas, dito isso,  minha resposta é mais ou menos a que segue.

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar.  Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento - a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.

O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.

O segredo, no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo.  Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal.

De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.
Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial?
Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter sua irrestrita atenção?

Sem falar nos inúmeros quilos que se acrescentaram a você,  depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 quilos num único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?

Faça de conta que você esta de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a frequentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou de apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo e a maquiagem.

Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe do seu cônjuge.

Vamos ser honestos: ninguém aguenta a mesma mulher ou marido por trinta anos, com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas.
Muitas vezes não é a sua esposa que esta ficando velha e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.
Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.  Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar.

Isso obviamente custa caro, e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento.

Mas, se você se separar sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos de uma união anterior.

Não existe essa tal instabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos.
A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado em fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.

Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive a seu lado, em vez de sair por a tentando descobrir um novo e interessante par.

Tenho certeza de que seus filhos o respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lião de como crescer e evoluir unidos  apesar das desavenças.

Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão; por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.


[Stephen Kanitz]

Ser Feliz..Felicidade x Dificuldade

Leão nosso de cada dia.... felicidade pra comprar, ser feliz com o que se tem ..

Acordando com aquelas dúvidas de sempre: mais um dia, mais tantas lutas, quero dormir, quero sonhar com um mundo melhor, será que vou dar conta mais uma vez de tudo que está sendo adiado há algum tempo ?

Primeiro dia de aula, novamente, correria, acordar mais cedo do que desejo, correr, arrumar material que ja deveria ter sido ajeitado ontem, preparar lanches, tentar acordar novamente quem não quer nem levantar,  dia corrido, tanto a ser feito, contas a pagar, dinheiro por fazer para poder pagar essas contas...ah, que peso! O dia nem começou e ja esta me esmagando!!!

Será que a felicidade existe?

Penso que seria melhor se ela viesse preparada, até mesmo para ser comprada, empacotada, em quilos ou litros, talvez em gramas para não se ter overdose! E em delírio, imagino então, quantos tipos haveriam:

Consumo imediato para os mais desesperados, em doses homeopáticas para os mais tranquilos, ou doses energizadas para os que gostam de aventuras e precisam de mais adrenalina, dose infantil e adulta para todas as idades,

Ah, como seria fácil assim não é? Mas se fosse desse jeito, com certeza ela teria consumo rápido e seria necessário sempre mais, exatamente como os vícios! Então criaríamos dependência ou perderíamos o interesse logo, logo, pois parece que a felicidade só tem valor por ser de difícil aquisição.

E o ser humano, tem essa inclinação e  interesse pelo que tem que ser conquistado, alcançado com luta e dificuldade.

Não, não somos masoquistas, mas damos mais valor àquilo que tem preço.

Tantos psicólogos ja montaram teorias sobre isso, não pretendo levantar mais nenhuma, apenas talvez lembrar, que com certeza ao meu, ao seu lado agora, ela está nos envolvendo, essa felicidade que acompanhou cada conquista que fizemos ao longo de nossas vidas, que no momento está um pouco esquecida;

Então se olharmos ao nosso redor agora, veremos diplomas, doenças curadas, bens adquiridos com esforços anteriores, livros, objetos decorativos, ou roupas, ou tênis, coisas de marcas que outros queriam que nos fizeram querer também... viagens, em albuns de fotos , guardados, filhos, marido, esposa, amores amados, com tanto empenho, tudo um dia tão querido, tão almejado, que talvez agora, se encontre um pouco largado, sem atenção devida...

Então se olharmos para isso, aquilo, esse ou essa, coisa, sonho ou pessoa, veremos o quanto ja alcançamos e o bem que temos ou até somos!!!

Então acordar se torna melhor e mais fácil, viver tem um brilho melhor...

Sim é bom ter necessidades, dificuldades, que criam metas e sonhos a serem construídos, desafios a serem alcançados, eles nos dirigem para os próximos momentos. 

Mas sentar um pouco e saborear a vitória ja alcançada, trás um tanto de felicidade ja vivenciada antes e que ainda pode ser parte de nossas vidas!

Bom, tenho que levantar e partir para vencer o leão de hoje, se puder, tirarei seu couro e deixarei bem a vista, para quando acordar amanhã lembrar que todo dia tem um pouco mais de felicidade para ser conquistada e curtida!

SER FELIZ NÃO É APENAS LUTAR POR UM DESAFIO, MAS SABOREAR LUTAS ANTIGAS JÁ VENCIDAS... SER FELIZ NÃO É USUFRUIR VITÓRIAS IMPOSSÍVEIS, MAS SENTIR PEQUENAS SITUAÇÕES DE FELICIDADE APRESENTADAS AO NOSSO REDOR AGORA... SER FELIZ É TER FORÇAS PARA VENCER AS DIFICULDADES NORMAIS DO DIA A DIA!

SER FELIZ É SABER QUE DEUS TEM CONTROLE DE TODAS AS COISAS, PRINCIPALMENTE AS LUTAS QUE NOS ALCANÇAM..
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( I cor 10:13  Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar. )

[Renata Guimarães]

Dicas simples de Relacionamento

Para que o desgaste no relacionamento não aconteça, preste mais atenção ao seu redor e às necessidades do parceiro, porque tudo forma um conjunto, e quando algo não está em sintonia, tende a desandar.

Andar de mãos dadas pode parecer "piegas", mas demonstrações públicas de afeto aguçam no outro o sentimento de amor e valorização. Não se deixe vencer por qualquer crise que venha abalar a relação.

Conversar, dialogar e ouvir é essencial para o bom relacionamento, pois mostra a encajamento de ambos.

Carinho e amor, zelo e cuidado, dependência e comunhão, expectativa e esperança, descansando na mútua confiança.

Companheirismo e cumplicidade, saber pedir perdão e perdoar. Tudo em total sintonia e tal complementação, que talvez em momentos especiais, nem haja necessidade de palavras.

Para ser dar bem é fundamental tratar bem e ser bem tratado, respeito, admiração, carinho, respaldo, retaguarda, segurança, cuidado, confiança, elogios, delicadeza, amor, suavidade, toques intensos, firmes, mas gentis e ternos, posse em carinho e amor, tanta coisa boa a ser vivida, e repartida.

Cultivar essa simplicidade e coisas e boas é ter uma relação de plena satisfação.

Crises Previsíveis

Não há como evitá-las, mas é possível diminuir seu peso, caso as medidas sejam tomadas durante sua ocorrência para que conseqüências piores não aconteçam.

Crises naturais decorrentes de novidades, quebra da rotina - alterações que vem abalar o dia a dia e por conta disso desestabilizar a segurança do relacionamento.

Podem trazer consigo medos, ansiedades e estresse.

As mudanças podem ser: gravidez inesperada, doença na família, desemprego de um dos cônjuges, decisões importantes como, por exemplo: mudança de casa ou emprego, aquisição de um bem, etc.

Essas situações podem ser superadas com diálogo e companheirismo, e as decisões que surgirão deste planejamento.

Pois com as mudanças, devem ser criadas novas regras. É necessário o casal rever os costumes do cotidiano e tentar em conjunto construir uma nova estrutura.

Em muitos casos os desgastes podem ser superados se algumas dificuldades forem consideradas passageiras.

Também saem enriquecidos os que utilizam essas crises positivamente.

É interessante renovar o contrato do casamento, quebrar algumas rotinas estabelecidas anteriormente, para se equilibrar durante essas novas situações até que essas novas regras se tornem rotina.

Nos casos, quando ocorre diálogo, cooperação e reestruturações, esses relacionamentos saem até mais fortalecidos.

Em suma, há crises que vem para o bem, pois reforçam o vínculo do casal e até de toda a família!

[C&Cia]

Pedir desculpas é valorizar os próprios sentimentos

Um dos maiores recursos para gerar felicidade é manter a vida sempre em dia. Meu amigo o consultor organizacional Ken O’Donnell diz que podemos descobrir o grau de maturidade de uma pessoa de acordo com o tempo durante o qual ela consegue carregar um mal-estar em relação a alguém.

Uma pessoa que tem maturidade percebe facilmente quando alguma coisa está maculando seu coração. É como se fosse uma camisa branca em que um simples pingo de azeite é percebido a distância. Já quem não amadureceu se parece mais com uma camisa preta, que não mostra a sujeira.

Quando você presta atenção em si mesmo, é fácil perceber que alguma coisa não está bem nos relacionamentos com as pessoas que ama. Ao notar que criou um mal-estar, prontifica-se a se desculpar com alguém que magoou ou questionar quem magoou você.

Já quem só se importa consigo mesmo nem sequer é capaz de imaginar que feriu o outro. Quem valoriza os próprios sentimentos tanto quanto os das outras pessoas age de forma diferente: pede desculpas, o que é uma maneira de dizer “eu te amo”.

Um pedido de desculpas é uma forma de dizer que você tem tamanha sintonia com o outro que é capaz de sentir que uma palavra sua feriu os sentimentos dele. Procurar um amigo para falar de algo que ele fez e que magoou você é uma forma de dizer “você é importante para mim”.

Isso acontece raramente porque muitas pessoas preferem “deixar pra lá” quando estão chateadas com alguém. Pensam que quem ama entende o comportamento do outro. O problema é que nem sempre há um coração assim tão compreensivo e, com o tempo, a situação mal resolvida acaba fazendo com que se afastem do amigo que as magoou.

A vida é cheia de mal-entendidos, não dá para evitá-los. O importante é não deixar que eles cresçam para que tenhamos um sono tranqüilo. Na maioria das vezes, as pessoas que nos magoaram não fizeram isso por maldade, mas simplesmente por descuido. Conversar sobre isso mostra que você é uma pessoa especial.

Quem tem a sabedoria de manter os relacionamentos livres de incômodos também conserva a cabeça livre de pendências. Quando sabe que tem de fazer alguma coisa, vai lá e faz, parte para o tudo ou nada, pois entende que, enquanto não o fizer, estará com a cabeça ocupada com o problema.

É incrível como somos capazes de deixar que as pendências se arrastem até o último minuto. Um jovem, por exemplo, tem de fazer a inscrição para o vestibular. Sabe a data em que as inscrições começam, mas deixa para fazer a dele na semana seguinte – e a preocupação de não esquecer já começa a ocupar espaço em sua mente.

Na semana seguinte, ele arruma um monte de coisas para fazer e deixa para depois. Enquanto isso, a preocupação vai aumentando e só terminará quando a pendência for resolvida.

Lembre-se: só quem mantém a mente livre de pendências e preocupações tem tempo para ser feliz e olhos para os passarinhos da vida.

[Roberto Shinyashiki]

Amar deve ser natural, sem estratégias

As pessoas vivem fazendo comparações entre elas mesmas e os outros. Comparam também as pessoas entre si. O tempo todo ficam imaginado que, se algo fosse diferente no parceiro, ele seria melhor.

Quando você entra no jogo da comparação, sempre há alguém que sai perdendo. E geralmente quem sai perdendo é você mesmo. Ao se comparar, você fica impedido de ver quanto você é único e especial.

Muitas vezes, as pessoas se sentem agredidas pelos atos negativos do seu companheiro. As características básicas das pessoas que procuramos coincidem, ou se opõem na maioria das vezes, às de alguma pessoa especial e importante da nossa infância.

Quando iniciamos uma relação geralmente vemos o outro como uma pessoa diferente dos parceiros anteriores e muito especial.

Porém, à medida que os problemas vão surgindo, começam as comparações com o último relacionamento e, depois de algum tempo, reafirma-se a crença negativa de que amar não dá certo.

Dessa maneira, é muito fácil por exemplo, o casamento entornar em pouco mais de dois anos.

O grande desafio é justamente nos desvencilhar da imagem projetada que fazemos de nós mesmos e de quem está ao nosso lado, nos permitindo aceitar as maravilhosas qualidades do ser humano e os defeitos também.

Quando num relacionamento não estamos amando o outro, mas a imagem que construímos e buscamos encontrar, e essa imagem cai, permitindo-nos vê-lo exatamente como é, há um desinteresse, um desencanto.

Enquanto vivermos sob o domínio da neurose, com sistemas de comparações, jamais amaremos alguém com a intensidade de que idealizamos. Amamos nos sonhos e ficamos sozinhos quando acordados.

Há uma frase de que gosto muito diz: "O casamento dá certo para quem não precisa de casamento". Normalmente, a compulsão de casar e de viver junto nascem de uma dependência. As pessoas esperam um complemento.

Essa não é a função de um relacionamento, o outro não vai preencher uma lacuna, mas sim, ajudar a desenvolver o que elas não têm. Infelizmente, a maior parte das pessoas odeia sua própria companhia e vê no outro uma forma de 'salvação'.

O único jeito de amar é buscando a sinceridade. Infelizmente, com o passar dos anos o amor tem sido muito mais estratégico do que espontâneo. Nas revistas femininas via-se muito esse tipo de atitude: "se ele fizer isso, faça aquilo", o que foi minando a espontaneidade do amor.

Nós temos que redescobrir a forma de amar, a naturalidade do relacionamento amoroso. As pessoas precisam ter interesse genuíno no outro.Todas as maneiras de amar devem ser naturais. Quem fica estudando demais o outro, "mata" a possibilidade de amar alguém.

O mundo é feito de absurdos e encontros, os absurdos fazem parte, porém, devemos entender que é possível ser feliz, acreditando dia-a-dia na naturalidade dos sentimentos.

Devemos perceber que a única maneira de amar o outro é nos amando. À medida em que você vai desenvolvendo a paz, mais você vai gostando de ficar com você e seleciona melhor seu possível companheiro.

Se a pessoa tem baixa auto-estima, usará o outro para "tapar o buraco" de suas carências, no entanto, ninguém resolve a carência de ninguém.

Conviver e saber aceitar a idéia de que qualquer relacionamento pode acabar é a chave para o amor saudável e construtivo.

Tentar dominar o parceiro com medo da perda, só faz com que ele se afaste ainda mais. Esse é outro grande desafio da arte de amar: lidar com a possibilidade da perda, sem dominar o outro.

[Roberto Shinyashiki]

Perceber sentimentos é mais importante do que análise

Sentir é mais importante do que todas as análises. Na Índia, os mestres dizem que a estrada mais longa que existe é a que vai do cérebro ao coração.

Somente a sabedoria pode fazer as pessoas descerem do pedestal de super-homem para ser gente de verdade. A vaidade transforma-se em simplicidade.

Ao dar espaço para seus sentimentos, progressivamente, seu hábito de julgar as pessoas é substituído por uma capacidade de experimentar as próprias sensações e as dos outros. Sua bondade faz com que as interpretações habituais dêem lugar à compreensão.

Então, começa a maior de todas as aventuras.

Os heróis de verdade abrem as portas de seus sentimentos e permitem aos outros descobrirem sua fragilidade. Quando ele aprende a abrir seu coração, a falar de suas feridas e a ter humildade para assumir seus sentimentos, pode receber o carinho que lhe faltou na infância.

As feridas da alma nunca são curadas com sexo, comida ou poder, e sim com carinho, atenção, paz.

Quando você se permite pedir ajuda a alguém, está a caminho da felicidade. Ao perguntar ao filho como pode viver melhor, ao ouvir e valorizar a voz da pessoa amada, então, começa a ser feliz.

A bondade é fundamental para a felicidade. A generosidade é fruto da capacidade de sermos ricos de espírito. O indivíduo mesquinho é o ser mais pobre que existe, pois cobra até os centavos da vida.

Mesmo quando, dominado por seu coração, tem um gesto generoso, no momento seguinte é dominado por sua mesquinhez e cobra o que fez. Sua vida é uma infindável conta bancária, com créditos e débitos.

O bondoso, ao contrário, tem sabedoria para saber que existem atos que precisam ser perdoados, principalmente as dívidas do coração. Não perca a oportunidade de ser bondoso consigo mesmo.

Não perca também a chance de ser bom com os outros. Muitas vezes, as pessoas não se dão conta das oportunidades que têm de dar amor. Esperam a ocasião de criticar os outros, mas não têm nenhuma expectativa de dar amor e dizer coisas boas a respeito deles.

É importante que não desperdicemos as oportunidades para mostrar o quanto somos ricos espiritualmente e quanto amor temos no coração. É importante deixar que as pessoas percebam a riqueza de nosso interior.

A rosa não escolhe para quem vai exalar seu perfume. Não seja simpático só com seu chefe, pai, filho, esposa, marido, amigo... Seja generoso com todas as pessoas! Generosidade não é apenas dar presentes. Seja generoso pedindo desculpas, elogiando, dando carinho, importando-se com as pessoas.

Você faria algo diferente se descobrisse que hoje é seu último dia de vida? O quê? Pediria desculpas para alguém? Declararia seu amor? Agradeceria a alguém? Faria uma dessas coisas? Então, o que você está esperando para fazer isso já? Está esperando descobrir que hoje é seu último dia de vida? Não perca essa oportunidade, transforme-se agora.

Há pessoas que têm a mania de olhar para os outros e ver um talão de cheques (com fundos, é claro). Estão mais interessadas em saber como o outro poderá ajudá-las a atingir suas metas, principalmente as materiais, do que em tornar-se amigas do ser humano que está à sua frente.

No mundo dos negócios, é comum as pessoas se relacionarem visando interesses, mesmo quando estão em eventos especiais. Mas na vida pessoal não precisa nem deve ser assim.

As pessoas estão se esquecendo do quanto é gostoso sair só para se divertir, conhecer gente, trocar afetos e fazer amizades.

Estamos nos esquecendo de ajudar os outros - e de pedir ajuda também, por que não? É importante que redescubramos o prazer de tornar as pessoas felizes. Muitas pessoas vivem à espera de uma oportunidade para criticar, prejudicar, menosprezar o outro, mas perdem muitas ocasiões de ser boas.

Quando era criança, eu gostava de acompanhar meu pai quando ele ia fechar suas farmácias aos domingos, na hora do almoço.

Ele sempre andava com um maço de notas no bolso. E, em silêncio, quase escondido, aproximava-se de cada funcionário e dava-lhe uma dessas notas. Essa atitude chamava minha atenção e certo dia perguntei: - Pai, por que você dá dinheiro todos os domingos para o pessoal que trabalha nas farmácias? Você já não paga os salários deles?

Meu pai respondeu: - Filho, as pessoas que trabalham para a gente recebem o salário no final do mês e o entregam para seus pais. Quando chega o domingo, elas querem ir ao cinema ou ao circo, mas não têm dinheiro. Eu sei o quanto é triste você querer ir ao cinema e não ter dinheiro. Pelo menos quem trabalha para nós precisa ter dinheiro para ir ao cinema no domingo à tarde!

É muito bonito quando a gente sente prazer em proporcionar felicidade aos outros. Quando o sucesso implica sucesso para os outros, todos ficam felizes com seu êxito. Mas, quando o seu sucesso significa derrota para os demais, estes sentirão inveja de você. É muito triste não ter um amigo para comemorar as vitórias.

Há pessoas que dizem que o ruim do sucesso é a inveja. Mas isso só acontece quando o sucesso significa ganho para uns e perda para outros. Quando o sucesso significa ganho para todos, as vitórias ficam muito mais saborosas.

[Roberto Shinyashiki]

Infidelidade

O que leva o homem ou a mulher à traição?

Achei muito interessante essa matéria que li e gostaria de comentá-la com os visitantes do site.
Segundo uma pesquisa recente ficou concluído que, os homens traem porque adoram uma novidade e as mulheres, o desejo é a vingança. Será mesmo?

A pesquisa teve como público alvo pessoas de variadas classes sociais e idades, todas que buscavam um apoio psicológico, aflitos por terem sido trocados.

Segundo o pesquisador “Há mais fiéis do que infiéis”! Comenta ainda que nem todas as pessoas traídas “pagam com a mesma moeda”, por saberem que tal sentimento, o da traição, é tão doído que preferem não transferir o sofrimento para o outro.

São muitos os motivos que levam as pessoas a procurarem em outros parceiros o que não encontram com os seus, como:  o prazer, novidade, pretexto para terminar uma relação ou carência física emocional.

Seja qual for o motivo, deve certamente ser investigado cautelosamente, afinal, existem momentos que sem dúvidas nos deixam mais sensíveis e de repente, vontade de buscar nesse momento de fragilidade,  em outro parceiro(a), o que não encontramos no nosso.
O desejo de seduzir, de achar que ainda é capaz de “agradar”, pode ser um desafio perigoso. O envolvimento partindo desse pressuposto “sedução”, desperta um misto de novidade, prazer ou até mesmo carência.

O melhor mesmo é que fiquemos sempre atentos em tudo que cerca o relacionamento, às vezes uma pequena mudança em atitudes, comportamento ou até mesmo na aparência física, pode fazer toda diferença e evitar assim, as tão conhecidas “puladinhas de cerca”!

[Artigo enviado por Maria Helena, colaboradora do C&Cia, baseada em publicações sobre o tema].

Ciúmes

Depois de sofrer muito com esse sentimento, decidi procurar ajuda em matérias que me orientariam a superar esse grande vilão, o ciúme!

Primeiro entendi que quanto maior o ciúme, maior é a chance de ser traído (a). Quando excessivo, pode trazer a infidelidade.

As pessoas ciumentas são extremamente possessivas, e se isso ocorrer,  o melhor mesmo é buscar ajuda psicológica ou não há relacionamento que sobreviva!

Os conflitos gerados pelas crises de ciúmes, afastam os casais, prejudicam a qualidade do relacionamento, podendo até acabar definitivamente com a relação.

Não há amor que sobreviva sobre constante pressão, ora causada pela desconfiança ora por possessividade.

É preciso investigar e investir em uma ajuda o mais rápido possível. Sufocar o parceiro (a) é sem dúvida uma rápida forma de afastá-lo. Ninguém é dono de ninguém, a liberdade, a privacidade deve ser respeitada e  compreendida.

Uma boa conversa sobre o assunto sempre ajuda e esclarece prováveis ou supostas dúvidas entre o casal. A boa convivência é possível desde que aja  compreensão, amor e respeito.

Não é muito fácil controlar nossos impulsos, mas se queremos a pessoa que amamos sempre juntinho de nós, precisamos aprender a superar e  compreender, preservando assim o relacionamento.

Está mais que  comprovado, que toda pessoa que se sente “monitorada/sufocada” por desafio, ou talvez para chamar a atenção, na maioria das vezes, simula uma situação para que realmente mudemos de atitude.

Vale a pena refletir seriamente sobre esse assunto!

[Artigo enviado por Maria Helena colaboradora do C&Cia, baseado em pesquisas na literatura sobre o assunto].

Relacionamentos

Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim.

Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah,terminei o namoro…
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo…..
- Cinco anos…que pena…acabou….
- é…não deu certo…

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.

E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.

Às vezes voce não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?

E não temos essa coisa completa.

Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.

Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.

Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.

Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.

Tudo junto, não vamos encontrar.

Perceba qual o aspecto mais importante para voce e invista nele.

Pele é um bicho traiçoeiro

Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.

E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona…

Acho que o beijo é importante…e se o beijo bate…se joga…se não bate…mais um Martini, por favor…e vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.

O outro tem o direito de não te querer.

Não brigue, não ligue, não dê pití.

Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar…. ou não.

Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.

O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.

Nada de drama.

Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?

O legal é alguém que está com você, só por você. E vice versa.

Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão.

Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.

E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.

Tem gente que pula de um romance para o outro.

Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

Gostar dói.

Muitas vezes voce vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração…..

Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.

E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse….

A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.

Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta.

Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias.

Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.

Nem todo beijo é para romancear.

E nem todo sexo bom é para descartar… Ou se apaixonar… Ou se culpar…

Enfim…quem disse que ser adulto é fácil ?????

A melhor maneira de ser bem-sucedido é agir de acordo com os conselhos que damos aos outros.

Procuro pessoas que adoram vencer, se não as encontrar, ficarei com as que odeiam perder...

Ama a vida e segue...

[Arnaldo Jabor]

Relação entre casais

Muitos são os problemas que abalam a paz na vida do casal. É extremamente importante que os dois se conheçam bem antes de decidirem viver juntos,  afinal, sempre ouvimos que só realmente conhecemos nosso companheiro (a) ,  quando partilhamos o mesmo espaço.


Primeiramente é essencial que haja uma boa conversa, compartilhar todos os momentos, bons e ou ruins. A análise do íntimo, daquilo que realmente gostamos de receber como: amor, atenção, carinho. Cumplicidade, prazer e estar atento se isso está sendo recíproco.

Para que o casal viva bem, é necessário a compreensão. A vida agora é diferente de quando estava sozinho (a), e saber que em muitos momentos alguém terá que “relevar” algo que não aprove, pelo bem estar da relação e que se estão juntos, foi porque assim decidiram e por vontade própria.

Há momentos de brigas, mas que devem ser encaradas como um esforço para assim chegar ao equilíbrio, sem ofender, é claro!!!


Uma relação só será bem sucedida à partir do momento em que o casal entenda que estão juntos porque querem e não porque dependam do parceiro (a).

Pode parecer difícil, mas o ideal é que saibam dosar os momentos, respeitando a relação a dois e principalmente que cada um possa continuar sendo o que é, tendo seu espaço e respeitando o do outro.

Uma dica importante para um melhor relacionamento é mostrar sempre que o parceiro ou parceira são importantes, dar carinho, atenção, compreensão, afeto e muito amor. Não deixar nunca que o união se transforme em uma rotina, mas que cada momento a dois sejam vividos de forma única.

Rotina da relação e casamento

A falta de tempo ou até mesmo o comodismo atrapalham a vida de muitos casais e provocam crises.

Para não terem problemas de relacionamento, procurem agendar pelo menos uma vez ao mês “o dia do casal”.

Caso o casal tenha  filhos, contratem uma babá que seja experiente e responsável, ou deixem com avós ou parentes.

O ideal é que curtam sozinhos esse dia, sem preocupações e que todas as atenções sejam voltadas para a harmonia da vida a dois.

São inúmeras as possibilidades de relembrar o tempo de namoro, de troca de carinho, de beijos apaixonados e ardentes.

Algumas sugestões:

Vocês poderão voltar ao tempo e de repente freqüentar lugares que costumavam ir. Vale a pena investir!!!

Passeio pelo Shopping , almoçar juntos, irem ao cinema , ao motel ou a um barzinho para dançarem, acampar, ir ao parque ou à praia.

Estamos aprendendo todos os dias coisas sobre o amor, sentimento misterioso que seduz e encanta.

É sempre bom lembrar que, nada melhor para despertar a paixão que o contato físico, o toque de pele, o afago e o carinho.

Aproveitem tudo que a vida oferece de maneira saudável e única. Invista no relacionamento e seja feliz!

[C&Cia.]

Fim do casamento faz mal à saúde?

As pessoas casadas, de maneira geral, parecem ser mais saudáveis do que os solteiros.

Se o casamento acaba, no entanto, a diferença de saúde tende a desaparecer, e divorciados ou separados têm uma das maiores taxas de doenças.

Agora, um novo estudo, publicado na edição de maio do Journal of Marriage and Family, mostra que casais que moram juntos também apresentam uma diminuição na qualidade da saúde após a separação.

"Deixar de morar junto, como desmanchar um casamento, tende a ter um efeito prejudicial à saúde", disse o principal autor do estudo, Zheng Wu, da Universidade de Victoria, em British Columbia (Canadá). Wu e o co-autor do estudo, Randy Hart, chegaram a esses resultados a partir de pesquisas nacionais sobre saúde física e mental e condição de relacionamento, conduzidas pela Statistics Canada, com intervalos de dois anos, que começaram no início dos anos 1990. No começo das pesquisas, havia 9.775 participantes, entre 20 e 64 anos.

Com base nesses dados, a equipe verificou que tanto homens quanto mulheres tendiam a relatar uma diminuição na saúde física ou mental após deixar de morar junto ou terminar um casamento. Os pesquisadores propuseram duas teorias para explicar por que pessoas casadas relatam uma melhor saúde do que as solteiras. Uma supõe que as pessoas mais saudáveis tendem a se casar. A outra teoria, chamada de "hipótese de proteção do casamento", sugere que casais melhoram sua saúde ao dar um ao outro apoio social e financeiro, e ao monitorar o comportamento de saúde de cada um.

Em entrevista, Wu disse que tentou entender se uma das hipóteses poderia explicar os benefícios à saúde do casamento e da condição de morar junto, ao analisar os resultados de diferentes formas. Os autores da pesquisa concluíram que "os efeitos protetores" podem explicar em grande parte por que casais têm ganhos de saúde. As descobertas também indicam que morar junto e ser casado são termos similares em relação a ganho de benefícios de saúde.

"Embora tenha havido algumas diferenças entre uniões conjugais e não-conjugais, nossa pesquisa indica que, em relação a resultados de saúde, as duas são muito parecidas", disseram eles. "A descoberta de que morar junto e ser casado têm consequências na saúde similares dá crédito à idéia de que morar junto se tornou a forma viável de viver em família."

Amor e casamento no cotidiano

A chave das chaves

Convêm ler o que vou expor à luz deste princípio básico: o casamento deve ser cultivado! Como? Com paciência, atenção e cuidados de um bom jardineiro. Como as plantas: estarão vivas se crescem! Não é possível conservá-las por muito tempo em um congelador. Como tudo o que é vivo, o amor ou cresce ou morre ou, no melhor dos casos, fica a ponto de mumificar-se.

“Conservar” o amor, simplesmente conservá-lo, é uma tarefa vã... equivale a decretar a sua morte: ao vivo não se admite “conservação”; é preciso alimentá-lo para que atinja progressivamente todas as suas possibilidades.

Antes que se acabe

Balzac escreveu: “O casamento deve lutar sem trégua contra um monstro que a tudo devora: o costume”. O seu inimigo mais insidioso é a rotina: perder o desejo da criatividade original; pois assim o amor acaba por esfriar e perecer. Às vezes, trata-se de um processo lento, quase imperceptível no início, e cujas conseqüências só são percebidas quando a degradação é dada como irreparável, ainda que não o seja na realidade: como a planta que se deixou de regar e que durante certo tempo mantêm o seu viço, para logo em seguida, sem motivo imediato aparente, murchar de vez.

Soluções

Cada noite, devem responder com um sim sincero às seguintes perguntas: hoje dediquei diretamente um tempo, uns segundos ao menos, para ver como poderia fazer uma surpresa ou causar uma alegria concreta?

O carinho não se alimenta com a simples inércia ou com o correr dos anos: tem se ser alimentado com muitos pequenos gestos e atenções, com um sorriso e também com um pouco – ou com muito!- de inteligência: evitando o que se intui ou se sabe por experiência que desagrada o outro, ainda que seja em si mesmo uma bobagem e buscar, por outro lado, o que pode agradar.

Como lembra um autor norte-americano: “os casamentos felizes estão baseados em uma profunda amizade. Os cônjuges se conhecem intimamente, conhecem os gostos, a personalidade, as esperanças e sonhos do outro. Mostram grande consideração um pelo outro e expressam o seu amor não só com grandes gestos, mas com pequenos detalhes cotidianos”

Entretanto, nada se alcança sem esforço. De acordo com a perspicaz comparação de Masson, “o amor (sentimental) é uma harpa que sonha espontaneamente; o casamento, um piano que não soa senão a força de pedalar”... e o resultado deste pedalar é uma felicidade indescritível, que ninguém é capaz de imaginar... até que a prove.

[Tomás Melendo Granados]

Eu te Amo... não diz tudo!

Você sabe quando é amada de verdade?

Você sabe que é amada (o) porque lhe disseram isso?

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,

Que zela pela sua felicidade,

Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,

Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,

E que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,

É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,

E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.

Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.

Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.

Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,

Sem inventar um personagem para a relação,

Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;

Quem não levanta a voz, mas fala;

Quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute:

Eu te amo não diz tudo!

 

[Arnaldo Jabor]

Os dez mandamentos do Casal

Sejamos atenciosos um com o outro, na convivência, nos problemas e nas aspirações.

1. Nunca irritar-se ao mesmo tempo.

2. Nunca gritar um com o outro.

3. Se alguém deve ganhar na discussão, deixar que seja o outro.

4. Se for inevitável chamar a atenção, fazê-lo com amor.

5. Nunca jogar no rosto do outro os erros do passado.

6. A displicência com qualquer pessoa é tolerável, menos com o cônjuge.

7. Nunca ir dormir sem ter chegado a um acordo.

8. Pelo menos uma vez ao dia, dizer ao outro uma palavra carinhosa.

9. Cometendo um erro, saber admití-lo e pedir desculpas.

10. Quando um não quer, dois não brigam.

Esta lista foi elaborada por equipe de psicólogos e especialistas americanos, que trabalhava em terapia conjugal.

As considerações a seguir trazem muita sabedoria para a vida dos casais:

Evitar uma explosão, com muita calma resolver uma situação conflitante. 

Com argumentos bons não precisa gritar, porque é menos ouvido quem grita. Os argumentos e a razão falam por si.

Dialogar sempre e nunca discutir, pela simples razão de que a discussão pressupõe um vencedor e um vencido, no diálogo não. Se o diálogo caminhar para discussão, permita que o outro vença, para que acabe logo. É preciso que o casal tenha a determinação de não provocar brigas; perder uma discussão pode ser um ato de perseverança e de amor.

Toda boa crítica tem o objetivo de somar e não de dividir. Principalmente se for construtiva: amorosa, sem acusações e condenações.

Uma dica, sempre apresente duas qualidades antes de mostrar um defeito.

Quando acusamos a pessoa por seus erros passados, estamos trazendo eles de volta, e não deixando que ela se equeça deles e não queremos isto para a pessoa amada. Tomar muito cuidado para que isto não ocorra nos momentos de discussão, porque tudo vem à tona em termos de ofensas, mágoas e dolorosas feridas. Portanto, para viver um casamento é preciso haver a paz, com maturidade.

A felicidade nasce de pequenas coisas. É muito triste a falta de atenção para com o cônjuge e demonstra desprezo para com o outro.

Nunca deixar acumular problema sobre problema sem resultado. Os problemas da vida conjugal são normais e exigem atenção e coragem para que sejam solucionados. 

Todos conhecemos gestos e palavras de ternura, mas nos esquecemos de demonstrar. Amar o outro é preciso, e mais importante demonstrar e dizer com palavras. Nas mulheres, isto tem um efeito extraordinário, é um elixir para seu estado de bem estar. Os homens têm dificuldade neste apecto, alguns por problemas de educação e a maioria porque ainda não se deu conta da sua importância. São três palavrinhas: eu te amo, ditas com carinho toda vez que receber uma atitude edificante do outro.

Uma pessoa que admite o seu erro demonstra ser honesta, consigo mesma e com o outro. Quando erramos há apenas uma alternativa honesta: reconhecer o erro, pedir perdão e procurar remediar o que fizemos de errado, com o propósito de não repetir. Isto é ser humilde. Os nossos erros e quedas são alavancas para o nosso amadurecimento e crescimento. Existe nobreza em pedir perdão!    

Ninguém briga sozinho, tentar a conciliação de uma discussão é uma iniciativa com gesto de valor, maturidade e amor. Às vezes é pelo silêncio de um que a calma retorna ao outro. Outras vezes será por um abraço carinhoso, ou por uma palavra amiga.

Quando acontece algo errado, tentamos desabafar nas pessoas que nada têm a ver com o problema que nos afetou. Às vezes são os filhos que apanham do pai que chega em casa nervoso e exausto; outras vezes é a esposa ou o marido que se agridem um ao outro com queixas, exigências e ofensas, sem nada ter a ver com o problema em si.

Redobrar a atenção com os familiares, pois, normalmente são eles que sofrem as consequências de nossa falta de tino: os filhos, a esposa, o esposo, são os que merecem o nosso verdadeiro amor e todo nosso coração.

Fonte: livro  FAMÍLIA, SANTUÁRIO DA VIDA

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Você sofre de carência afetiva?

A carência afetiva tem se transformado numa verdadeira epidemia. Vivemos num mundo onde tudo o que fazemos nos induz a “ter” cada vez mais. Um celular novo, um sapato de outra cor, uma roupa de marca famosa, uma viagem em suaves prestações...

Tenho a impressão de estarmos todos tentando satisfazer um mesmo desejo, porém de maneira tão individualista e ansiosa que muitas vezes não percebemos a noção do que realmente importa.
Algumas pessoas não conseguem descrever, mas na maioria das vezes, a sensação de “vazio” ou de que “algo precisa ser preenchido” é uma fala muito comum principalmente em mulheres carentes. Elas tentam buscar o preenchimento desta falta no relacionamento e muitas vezes acabam cobrando coisas que muitas vezes não é possível receber. Muitos problemas de relacionamento começam exatamente nesse ponto.

Outras mulheres ao se sentirem carentes, doam intensamente seu amor ao companheiro, oferecendo toda espécie de carinho, afeto, agrado, abrindo mão de sua própria vida em função do outro. O companheiro vem em primeiro lugar, muitas vezes acabam abrindo mão de seus amigos, trabalho, família, filhos, simplesmente para satisfazê-lo.

A grande maioria não consegue se satisfazer com o que recebem. Com o que são, com o seu trabalho, com a sua vida.
Sugam a energia dos que estão a sua volta exigindo atenção constate, querendo agradar, querendo ser uma boa dona de casa, esposa e amante. Muitas vezes tornam-se exigentes, querendo sempre mais, pois os outros ficam sempre devendo em questões como apoio, atenção e segurança.

A infância de pessoas carentes geralmente foi privada de amor, carinho ou atitudes mais afetivas. Algumas famílias muito rígidas também tendem a desenvolver filhos inseguros que geralmente sofrem com a sensação de “vazio”. Geralmente a carência afetiva atrai relacionamentos confusos e insatisfatórios. Este perfil quase sempre dá mais do que recebe, faz tudo pelo outro e quando esquece de si mesmo corre o risco de ser menosprezado, rejeitado e não valorizado pelo parceiro.
A carência afetiva também leva muitas mulheres ao consumo, a compulsão, ao shopping, liquidação, compras. É uma busca constante para se sentir melhor, aumentar de qualquer jeito a auto-estima e principalmente tentar preencher algo que está faltando., novamente a importância do “ter “em detrimento de “ser”.

O primeiro passo para administrar o problema é desenvolver a auto-aceitação, melhorando assim a auto-estima. Ser carente é estar em constante busca de algo que nem sempre encontramos no outro ou nas coisas, mas em nós mesmos, é nos descobrirmos sermos a nossa melhor companhia. Por isso, pare de buscar este preenchimento fora e busque encontrá-lo dentro de você. Procure ajuda se achar necessário.

Há anos tenho problemas com a expressão carência afetiva. Ela sugere que algumas pessoas têm maior necessidade de aconchego do que outras. Que as mais carentes têm direitos especiais, adquiridos em função de uma história de vida particularmente infeliz. Não é isso que percebo. Aqueles que se colocam como carentes tiveram vivências pessoais similares às da maioria das pessoas. Além do mais, não é necessário ser particularmente carente para gostar, e muito, de ser tratado com amor, carinho e atenção.

Por: Katia Cristina Horpaczky

A separação não é o fim de tudo

“Começar de novo e contar comigo vai valer a pena ter sobrevivido!”
[Ivan Lins e Victor Martins]


São raras as pessoas que lidam de uma forma saudável com a separação. A maioria sofre muito, fica abalada, deprimida, tem dificuldades para recomeçar a vida sozinho. São muitas as emoções despertadas pela separação, que podem ser reduzidas a uma enorme e insuportável dor. A sensação, nessa hora, é de que a dor nunca mais vai passar.

Mas ela passa. Claro que há atitudes que podemos e devemos adotar para atravessar esse processo, que pode ser muito doloroso. É um processo difícil, mas podemos sair dele fortes e conscientes. As separações e os divórcios nunca foram tão numerosos como nos dias de hoje.

Vamos pensar em alguns pontos: por que o rompimento é tão mau? Por que sofremos tanto com o fim de uma relação? Você já se questionou sobre isso alguma vez? Você tem essas respostas?
Aprender com os erros


No amor pode existir a ruptura, assim como a conquista. Então, podemos dizer que a separação é a repetição, em negativo, da surpresa do amor, que acaba sendo valorizado e reconhecido pela dor. A separação de uma forma dolorida é uma maneira de anunciar que o amor existiu e que se viveu uma verdadeira história de amor.
Então, se não sofremos com a separação fica no ar a dúvida de que realmente era um amor verdadeiro. “Será que vivi uma história de amor ou apenas um ‘delírio amoroso’, uma paixão passageira”?

Um ponto que nos atrapalha muito é a vergonha que sentimos quando terminamos uma relação. Com o rompimento vem a idéia de fracasso, derrota, incompetência e até mesmo de morte. Ora, quando pensamos assim deixamos de ver que é possível aprender com essa relação. Se um relacionamento acaba devemos analisar nosso comportamento, pois assim não repetiremos os mesmos erros em um próximo relacionamento.
Guardando os momentos bons

Terminamos mal nossas histórias de amor porque não sabemos lidar com as experiências e as lembranças de relações passadas. Uma das maiores dificuldades é como lidar com a felicidade que vivemos e como utilizá-la agora. O que vivemos nessa história de amor, as alegrias, as tristezas, tudo ficará marcado em nossa história de vida.
Seja corajoso o bastante para aceitar a ajuda das pessoas. É saudável procurar consolo e apoio dos amigos quando terminamos uma história de amor. É bom compartilhar os sentimentos e as impressões com alguém em quem você confia e com quem se sinta à vontade. Se for muito doloroso, não hesite em procurar o apoio de um psicoterapeuta.

O mais importante é não se isolar da vida, abrir mão das coisas de que você gosta. Além do contato com parentes e amigos, procure ficar cercado de coisas que você sempre quis: um aquário com peixes ou mesmo alguns vasos de plantas. Cuidar de uma planta todos os dias ou até mesmo alimentar um peixinho dá a sensação de que a vida continua e está aí para ser vivida.

[Katia Cristina Horpaczky]