Por que você quer ter um relacionamento afetivo-amoroso?
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Por que você quer ter um relacionamento afetivo-amoroso?
Por que você quer ter um relacionamento afetivo-amoroso?
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Por quê as mulheres se relacionam com homens casados?
Homem casado - Parte II
Fácil falar, difícil fazer? Experimente fazer, você terá orgulho de si mesma.
Homem casado - parte I
Ele é comprometido!
Aventuras, jogos e conquista
Está certo, se não ele não ostenta uma aliança no dedo, não dá para adivinhar se está ou não disponível. Mas mesmo depois da certeza, muita gente deixa o coração falar mais alto do que a razão. Segundo o psicoterapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Jr., as pessoas mais vulneráveis a esse tipo de relação são aquelas que valorizam as emoções e as aventuras. E como negar a excitação, mesmo que inconsciente, de viver o desafio do romance proibido? O jogo da conquista do "impossível" é um teste de sedução que se dá a cada beijo, a cada gesto. E, para algumas pessoas, é impossível ficar de fora.
“Procuro dar a ele tudo o que a esposa não dá: sexo, beijos, carinho e a minha juventude”
João Viana, 30 anos, publicitário, se envolveu com uma mulher comprometida e conta que os dois se conheceram no trabalho. Entre uma carona e outra, uma cervejinha aqui e outra ali, ficaram íntimos e pronto: rolou. "Foi um relacionamento de sete meses e, para conquistá-la, eu era capaz de tudo. Mas tinha na cabeça que o essencial era uma boa transa", revela. Quando se envolveu com uma mulher comprometida pela segunda vez, fazia de tudo para nutrir a imagem de príncipe encantado que ela tinha dele. "Eu vestia, de verdade, a camisa do "outro" na relação. Não podia ser eu mesmo, porque o amante precisa focar só no prazer, mas era como se eu me forçasse a gostar daquilo, porque sei que proporcionava a ela momentos muito mágicos e a mim também", diz.
Renata Souza, 38 anos, fonoaudióloga, também aposta na sua jovialidade e sexualidade à flor da pele para cativar o homem 27 anos mais velho, casado há 34 anos, por quem se apaixonou loucamente e com quem se relaciona há quatro anos. "É tudo que tenho a oferecer para ele, porque sei que ele gosta muito da mulher, mas como amiga, nada mais. Procuro dar a ele tudo o que a esposa não dá: sexo, beijos, carinho e a minha juventude", afirma.
Vivendo perigosamente
Para quem vive um relacionamento desses, às escondidas, os riscos envolvidos podem levar à loucura do prazer ou da insanidade. "Quando comecei a me relacionar com a Ana, casada, tentávamos nos afastar, mas cada momento que passávamos juntos era maravilhoso, porque era como se fosse o último", conta João Viana. Para ele, o proibido tem muito mais sabor, porque tem o gostinho da fantasia.
Já Renata chega às raias da loucura - e da mentira - para sustentar a relação. "Não tenho coragem de confessar para todos os meus amigos que vivo como amante de alguém e cheguei até a inventar um personagem, o Cláudio, para despistar - um namorado que trabalha muito e quase não tem tempo de me ver", conta. De fato, seu namorado vive mais em função da família e Renata acaba ficando em segundo plano, mas não consegue pensar e nem ficar com nenhum outro homem que não seja ele. Os amigos, claro, estranhavam sua solteirice. Daí que surgiu o Cláudio.
Ela conta, ainda, que o amante nunca escondeu que era casado. "Fui eu que me insinuei, mesmo vendo a aliança na mão esquerda, mas pago um preço por isso: ele não está sempre do meu lado quando preciso", desabafa. "O mais duro para mim foi o dia em que ele teve que me deixar para passar o carnaval com a família e eu acabei o encontrando, sem querer, no meio da folia, mas sem ser percebida. Fiquei muito triste ao vê-lo com a esposa", lembra. "Mas prefiro ter metade dele a não ter nada", afirma.
Viciados em exercícios físicos não percebem que estão doente
A doença que faz a pessoa se achar mais magra ou fraca do que é -enquanto seus músculos incham- vem sendo subdiagnosticada, conforme especialistas.
Essa falsa percepção, característica do transtorno da vigorexia, leva o doente a abusar de exercícios físicos e, às vezes, de anabolizantes.
Diferentemente do paciente anoréxico, o vigoréxico raramente procura ajuda, segundo a psiquiatra Ana Gabriela Hounie, da Associação Brasileira de Psiquiatria.
"Quando um chega ao psiquiatra é porque foi encaminhado por um cardiologista ou urologista, procurado para solucionar problemas causados por uso de esteroides."
Incomodado com a falta de diagnóstico e a proliferação de vigoréxicos ao seu redor, o educador físico e instrutor Marcus Zimpeck, 29, criou um teste para avaliar o risco de o aluno desenvolver o problema (ao lado).
"Metade dos homens que vejo em academias fica exibindo os músculos e gastando dinheiro com suplementos. Muitos vão para o caminho dos anabolizantes", diz.
Segundo o instrutor, detalhes como a frequência dos treinos e a autoavaliação no espelho podem ajudar a pessoa a checar se há risco.
A psiquiatra Hounie diz que o teste não é diagnóstico, mas pode detectar comportamentos suspeitos e levar a pessoa a um especialista.
"O que dirá se a pessoa tem vigorexia é se a percepção do próprio corpo não corresponde à realidade."
Zimpeck aplicou o questionário em dez homens. Um deles, conta, teve a máxima pontuação. "Aconselhei a procurar um especialista."
Mas o instrutor diz que a maioria brinca com o tema. "O pessoal não leva a sério enquanto não surge algum problema no organismo."
AMBIENTE
Academias são complacentes com o problema, na visão de Vladimir Modolo, professor de educação física e pesquisador do Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercícios da Unifesp.
"Academias têm a tendência de contratar professores sarados para atrair mais público." Segundo Modolo, muitos instrutores ignoram os danos causados à saúde pela vigorexia.
O psicólogo Niraldo de Oliveira Santos montou um grupo no Hospital das Clínicas de São Paulo para tratamento gratuito da vigorexia.
De 2006 até hoje, ele diz que só recebeu dois pacientes que usavam anabolizantes, mas não se enquadravam no diagnóstico do transtorno. "As pessoas não procuram tratamento."
"Para o vigoréxico, seu único problema é ele não estar malhando o suficiente", reforça Hounie. E os anabolizantes são ferramenta para atingir o corpo almejado.
"Quanto mais doses a pessoa tomar, mais efeitos colaterais terá", alerta o endocrinologista Evandro Portes, vice-presidente da regional paulista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia.
E enumera: pressão alta, insuficiência cardíaca, câncer no fígado, atrofia testicular, infertilidade, convulsões, agressividade.
"Eu sempre quis ser o cara mais forte da academia."
Ele diz que nunca está contente quando se olha no espelho. "Às vezes, me acho gordo e quero ficar mais forte, às vezes me acho magro e quero ficar mais definido."
Medindo 1,80 m e hoje com 91 kg, o vendedor já chegou a pesar 20 quilos a mais.
"Quando a gente entra nessa de disputar com os outros, comparar tamanho do bíceps, percebe que o corpo já deu o que tinha que dar. Aí, entram os hormônios."
Nos últimos três anos, ele conta que tomou seis "ciclos", como são chamados os períodos de oito semanas de injeções de anabolizantes. A.T.F. usa duas ampolas de testosterona sintética por semana durante os "ciclos".
"Bom é quando eu levanto mais peso do que todo mundo." No "leg press", aparelho usado para fortalecer músculos da coxa, ele diz que já usou carga de 700 kg. "O pessoal até parava para assistir."
Afastado dos treinos pesados desde o fim do ano passado, por conta de lesões não relacionadas aos exercícios, ele espera voltar a tomar hormônios depois do Carnaval.
O vendedor diz que nunca teve problemas com efeitos colaterais. "Se tivesse medo dos efeitos, não tomaria."
Preparação para o Carnaval estimula excessos
Apesar de mais comum em homens, a vigorexia não discrimina mulheres. "O comum é a mulher buscar o ideal de beleza associado à feminilidade, ao corpo violão", diz a psiquiatra Ana Gabriela Hounie.
"O corpo musculoso é um desvio da norma cultural, mas acontece, principalmente entre aquelas que são adeptas do fisiculturismo."
A preparação para os desfiles de Carnaval é um estímulo extra aos excessos na malhação.
Adriana Bombom, 36, apresentadora do "TV Fama" (Rede TV!), diz que já cometeu exageros na academia, mas que, agora, tenta pegar mais leve nos exercícios.
"Quanto mais você malha, mais acha que não está bom. Meu amigos falavam: "Está demais". Mas eu não conseguia ver o que eles viam."
Diz que reduziu a malhação há um ano, porque passou a perder trabalho como modelo. "A única coisa que poderia fazer com aquele corpo era comercial de shake."
Hoje, ela afirma que seu corpo está mais feminino. Atualmente,está treinando para desfilar no Carnaval. Sua rotina inclui comer 20 claras de ovo antes de malhar por uma hora e quarenta minutos todo dia.
"Sou muito satisfeita com o meu corpo", diz.
Mesmo assim, afirma sentir falta dos músculos que tinha na época da malhação pesada. "Acho lindo mostrar o corpo todo durinho."
Hipertensão, uma doença além das cifras
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Sexo e Menopausa
BUSCA DA QUALIDADE DE VIDA SEXUAL NA MATURIDADE
A Menopausa é a parada completa da menstruação. O Climatério é o período que compreende desde as modificações fisiológicas, que vão ocorrendo com a diminuição de produção hormonal por parte dos ovários, até culminar na menopausa.
O processo de envelhecer ocorre desde que nascemos, mas há maior preocupação com a idade quando nossas funções vitais vão sendo perdidas. A perda da capacidade reprodutiva nas mulheres é acompanhada por uma série de sintomas físicos ou emocionais. Fogachos (os calorões), suor excessivo, cefaléia, pele seca, entre outros, são comuns. Mas, no que tange à vida sexual, algumas modificações são mais condicionantes.
Com a chegada da menopausa o desejo sexual pode diminuir. Algumas mulheres que se sentiram obrigadas a manter relações sexuais por toda uma vida, justificam a perda da função sexual com o fim da menstruação. Usam a menopausa como escudo para não precisarem mais "servir" seus parceiros sem obtenção alguma de prazer.
Já outras mulheres experimentam uma melhora da vida sexual e de seu desejo com a parada do ciclo menstrual, pois não precisam mais temer a gravidez indesejada e geralmente não têm mais filhos pequenos que atrapalhem o sono ou que ocupem muito sua atenção ao longo do dia. Logo, é uma questão na qual o peso cultural tem grande influência.
Com a perda da produção de alguns hormônios na menopausa, a mulher fica com menos lubrificação vaginal, devendo ter maior cuidado durante o ato sexual. Quando a vagina fica seca, o atrito do pênis pode machucá-la, como também ao seu parceiro, além de poder provocar algumas infecções (vulvovaginites). O uso de cremes lubrificantes é aconselhável, bem como a possibilidade de reposição hormonal. Um outro fenômeno que ocorre é a perda da gordura localizada nos grandes lábios, fazendo com que a vagina diminua de tamanho e esteja mais propensa a sofrer dor no coito.
A fantasia deve ser muito utilizada para despertar maior prazer no ato.
O orgasmo da mulher menopáusica pode ser muito intenso, pois as terminações nervosas estão muito mais à flor da pele, literalmente falando, pois, como assinalado acima, a capa de gordura da região da vulva está diminuída.
Muitas mulheres experimentam um reflorescimento da vida sexual.
RECOMENDAÇÕES
Use lubrificantes nas relações sexuais para evitar o desconforto e possíveis infecções vaginais. | |
A reposição hormonal deve ser questionada para manutenção das características físicas femininas, prevenindo-se a pele e cabelos secos, mantendo o corpo arredondado nas formas femininas, bem como a voz. Consulte seu ginecologista. | |
Procure climatizar o ambiente antes dos encontros sexuais: nem tão quente, nem tão frio para você e para seu parceiro. | |
Aproveite o maior estímulo sexual de seu parceiro, procurando-o pela manhã (cedo), pois a maior disposição dele para o sexo pode ajudá-la a ter mais desejo e a ser mais estimulada. | |
Com o surgimento de problemas sexuais de inibição, falta ou dificuldade de se chegar ao orgasmo, não deixe de procurar um terapeuta sexual que pode lhe proporcionar muitas orientações e técnicas para usufruir melhor de sua sexualidade. | |
Caso surjam sintomas de tristeza, desânimo intenso, fadiga, irritabilidade, baixa auto-estima, procure imediatamente uma orientação com psiquiatra, pois nessa fase, com as alterações hormonais, os Transtornos de Humor (Depressão) não são raros. (Dra. Luciana Parisotto) |
MENOPAUSA E CLIMATÉRIO
O QUE É?
A menopausa é a última menstruação da mulher.
O climatério é a fase da vida em que ocorre a transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários.
A insuficiência ovariana é secundária ao esgotamento dos folículos primordiais que constituem o patrimônio genético de cada mulher. A diminuição dos níveis hormonais é um fato que ocorre com todas as mulheres e se inicia ao redor dos 40 anos. Algumas mulheres podem apresentar um quadro mais acentuado de sinais e sintomas, porém todas chegarão à menopausa.
A menopausa delimita as duas fases do climatério, o climatério pré- menopausa e o pós-menopausa.
A idade média das mulheres na menopausa é de 51 anos, podendo variar de 48 a 55 anos. Quando ocorre nas mulheres com menos de 40 anos é chamada de menopausa prematura.
A diminuição ou a falta dos hormônios sexuais femininos podem afetar vários locais do organismo e determinam sinais e sintomas conhecidos pelo nome de síndrome climatérica ou menopausal.
O QUE SE SENTE?
Os sintomas mais freqüentes são:
Fogachos ou ondas de calor, que causam uma vermelhidão súbita sobre a face e o tronco, acompanhados por uma sensação intensa de calor no corpo e por transpiração. Podem aparecer a qualquer hora e muitas vezes são tão desagradáveis que chegam a interferir nas atividades do dia a dia. | |
Alterações urogenitais causadas pela falta de estrogênio que levam a atrofia do epitélio vaginal, tornando o tecido frágil a ponto de sangrar. Na vagina, a atrofia causa o estreitamento e encurtamento, perda de elasticidade e diminuição das secreções, ocasionando secura vaginal e desconforto durante a relação sexual (dispareunia). Modificações na flora vaginal facilitam o aparecimento de uma flora inespecífica que predispõe a vaginites. Outros efeitos indesejáveis ocorrem no nível da uretra e da bexiga, causando dificuldade de esvaziamento da mesma, perda involuntária de urina , ocasionando a chamada síndrome uretral, caracterizada por episódios recorrentes de aumento da freqüência e ardência urinária, além da sensação de micção iminente. | |
Alterações do humor, sintomas emocionais, tais como ansiedade, depressão, fadiga, irritabilidade, perda de memória e insônia devido às alterações hormonais que afetam a química cerebral. | |
Modificação da sexualidade com diminuição do desejo sexual (libido), que pode estar alterado por vários motivos, entre eles, a menor lubrificação vaginal. | |
Aumento do risco cardiovascular pela diminuição dos níveis de estrogênio. | |
O estrogênio protege o coração e os vasos sanguíneos contra problemas, evitando a formação de trombos que obstruem os vasos e mantendo os níveis do bom colesterol. | |
Osteoporose, que é a diminuição da quantidade de massa óssea, tornando os ossos frágeis e mais propensos às fraturas, principalmente no nível da coluna vertebral, fêmur, quadril e punho. Embora algumas mulheres possam não apresentar nenhum sintoma, alguma manifestação silenciosa da deficiência hormonal pode estar ocorrendo, como a perda de massa óssea que pode levar a osteoporose.É nos cinco primeiros anos após a menopausa que ocorre uma perda óssea mais rápida. (Dra. Helena von Eye Corleta e Dra. Heloísa Sarmento Barata Kalil) |
DISFUNÇÃO DO ORGASMO FEMININO
Anorgasmia Feminina
O QUE É?
A Anorgasmia é definida como a falta de prazer orgásmico (gozo) após um período de excitação normal (com aumento de lubrificação e volume da vulva). Pode ser primária, quando a mulher jamais experimentou um orgasmo, ou secundária, quando essa deixou de obter o gozo sexual nos envolvimentos amorosos, antes satisfatórios. É um quadro relativamente comum, atingindo uma freqüência de aproximadamente 30% dos brasileiros, em média 7,5 % das mulheres em nosso estado.
O QUE CAUSA?
A expressão "falta de orgasmo feminino" é uma mescla de frustração, baixa auto-estima e conformidade. Muitas mulheres vivem sem sequer tentar algum prazer sexual, presas por laços culturais e religiosos ortodoxos, aliados à falta de orientação e educação sexual. "Sexo é para os homens!". Assim, sonegam seus desejos, evitando a ansiedade de enfrentar uma série de preconceitos impostos por uma educação repressora e sexista. A hostilidade ao parceiro, o medo da perda de autocontrole, a falta de desejo generalizada, a dor no coito e a inabilidade do parceiro na atividade sexual são outras causas comuns deste transtorno sexual.
Após o movimento da Revolução Sexual da década de 60, houve maior propagação de orientação e educação sexual. No entanto, foi somente na última década do século passado que a ciência pode desvendar a anatomia dos genitais femininos. Descobriu-se que o clitóris, considerado um pequeno órgão de sensibilidade sexual da vulva era apenas a pontinha de um iceberg de um órgão muito maior, mais complexo e especializado na arte do prazer sexual.
Também novos conceitos evolutivos trouxeram à tona dados que alteram a visão de alguns comportamentos considerados anormais. A promiscuidade feminina no reino animal, por exemplo, pode ser vista como vantajosa para a evolução da espécie. Os espermatozóides de diferentes machos competiriam entre si dentro da fêmea para fecundar o óvulo e perpetuar sua linhagem. Os genes mais "fortes" do espermatozóide vencedor garantiriam uma prole mais competitiva e saudável.
Mas tudo isso é muito novo ainda. As mulheres deste novo milênio, conforme a sua cultura e o possível acesso aos meios de comunicação e informação, variam nos seus conceitos de identidade feminina. A repressão sexual ainda é significativa e vigora até mesmo nos centros considerados de maior intelectualidade do país.
A TÉCNICA DO PRAZER
A repressão sexual impede a liberação da fantasia erótica, um fator importantíssimo para o orgasmo feminino. Se uma mulher não se permite fantasiar e se conhecer, descobrir as partes de seu corpo que mais respondem aos estímulos, não aprenderá a arte do prazer sexual. Diferentemente do homem, que possui o genital exposto (o pênis), a mulher tem que descobrir o clitóris e a vagina, órgãos essenciais para o orgasmo.
A técnica preconiza que a mulher busque inicialmente um autoconhecimento de seu corpo e de suas partes mais sensíveis ao toque e depois à masturbação solitária (sem parceiro). Pode fazer uso de espelhos para ver seus genitais e de estímulos eróticos como livros, revistas, ou mesmo filmes sexuais, incitando as suas fantasias. Posteriormente pode buscar a masturbação em frente ao parceiro e só depois, junto com este, solicitando a sua participação ativa em toques ou em fantasias compartilhadas.
O orgasmo no coito é uma segunda fase a ser atingida e depende da harmonia e confiança do casal. O objetivo é que a mulher possa se soltar e controlar adequadamente o ritmo do estímulo clitoridiano feito pelo parceiro. Existem técnicas mais especializadas como a contração rítmica da plataforma orgásmica (músculos da vulva) que também ajudam a atingir o sucesso da relação sexual.
Por fim, aconselha-se que se faça a introdução peniana concomitantemente à manipulação do clitóris, até que apenas o movimento do pênis roçando a entrada da vagina e o complexo clitoridiano possa substituir a função manual. A concentração da mulher é de vital importância, aliada a fantasias que não devem sofrer distrações. Caso aconteça, o estímulo deve ser renovado com um ritmo mais suave até poder se chegar ao pico novamente.
A prática leva ao sucesso orgásmico, mas é inútil sem a concentração na fantasia erótica e o auto-abandono ao prazer.
(Dra. Luciana Parisotto)