terça-feira, 15 de março de 2011

MAU HÁLITO: CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE ESSE DESCONFORTO BUCAL

O mau hálito ou halitose é um dos problemas mais comuns entre as pessoas e costuma gerar um grande desconforto e constrangimento. Quem sofre com o problema, por vezes, evita sorrir, falar e se aproximar dos outros. Por outro lado, a pessoa que não consegue controlar a disfunção pode acabar se acostumando com o próprio hálito, não sendo capaz de perceber ou admitir o mau odor bucal e que os demais se afastam dela.

Para saber um pouco mais sobre esse desconforto bucal, confira uma entrevista com Dr. Vladimir Schraibman, especialista em cirurgia geral, gastrocirurgia e orientador de Cirurgias Robóticas da área de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Albert Einstein.

1. O que é halitose?
Em primeiro lugar, vamos entender o que é hálito. Ele é composto pelo ar expirado após a inspiração que provoca as trocas gasosas fisiológicas, associado às substâncias eliminadas por via pulmonar. Estas substâncias partem do intestino para o fígado, para a bile, para o sangue e, finalmente, para os pulmões, quando são eliminados pela expiração. Todo este processo resulta no odor desagradável por causa da passagem do ar pela cavidade bucal ou estômago durante o processo da respiração.

2. Por que problemas de refluxo, gastrite ou uma dieta carregada em proteína podem dar origem à halitose?
A digestão não ocorre exclusivamente no estômago ou intestino. Quando o processo de digestão ocorre há uma liberação desses gases para o esôfago e a boca. Em pacientes portadores de refluxo, o conteúdo do estômago reflui em direção à boca contendo restos alimentares e sucos gástricos que, muitas vezes, ainda estão indigestos, causando mau hálito crônico. A gastrite, por gerar uma lentidão maior no estômago, pode induzir quadros de digestão lenta com liberação de gases estomacais que originam o odor bucal. Refeições ricas em proteínas também podem gerar este problema, pois acarretam numa digestão lenta com liberação de amônia e resíduos que são ricos em odores que levam à halitose.

3. É verdade que a constipação intestinal também pode ter influências no desenvolvimento da halitose? Por quê?
É verdade. Há vários problemas que podem influenciar no aparecimento da halitose, como por exemplo: jejum prolongado, higiene bucal inadequada, diabetes, prisão de ventre, entre outros. Estresse e medicamentos controlados também podem ser responsáveis pelo mau hálito, porque inibem o fluxo salivar.

4. A halitose pode ocasionar algum tipo de repercussão clínica? Qual?

Não existem maiores problemas ocasionados pela halitose. Apesar disso, pode provocar alguns prejuízos de ordem emocional, como insegurança ao se aproximar das pessoas, seguido de depressão, dificuldade em estabelecer relações amorosas, esfriamento do relacionamento entre o casal, resistência ao sorriso, ansiedade, e baixo desempenho profissional, quando o contato com outras pessoas é exigido.

5. Quando a halitose é gerada por problemas digestivos, como deve ser o tratamento? Ele deve ser multidisciplinar?

Primeiro deve ser avaliado quais detritos estão mais presentes na mucosa bucal e a partir dai definir se há necessidade de um tratamento ou apenas orientação sobre a higiene bucal.
ALIMENTOS CONTRA O MAU-HÁLITO
Ninguém merece passar horas no banho, depois muito tempo se arrumando para, quando chegar na hora da paquera, não atingir o alvo por causa do mau-hálito. Você já se viu nesta situação? Muitas vezes, o problema pode não ser falta de higiene. Além de doenças que podem causar este constrangimento, o corte de alguns nutrientes também podem nos deixar com aquele bafo.

Um bom exemplo é a diminuição ou a retirada de alimentos ricos em carboidratos da nossa dieta. De acordo com estudos, a falta deste nutriente faz com que o nosso organismo fabrique quetonas, ácidos que queimam como combustível em nosso estômago e deixam aquele odor vergonhoso na nossa boca.

Alimentos que evitam o problema:

Banana
Além de ser rica em potássio e evitar câimbras, uma única banana tem 24 gramas de carboidrato. Vale lembrar, ainda, que frutas estão liberadas na dieta, não é verdade?
Aveia
Pela manhã, coma uma xícara de chá de aveia em flocos. Este alimento é um ótimo aliado na luta contra o intestino preso e oferece 67,6 gramas de carboidrato.
Feijão
Se você pensa que é só o arroz que oferece este nutriente, está muito enganado! Duas conchas médias de feijão contêm 33,8 gramas de carboidrato e podem ser consumidas sem culpa.
Pão integral
Além de ter grande quantidade de fibras, este tipo de pão deve estar incluído na sua dieta por que é uma ótima fonte de carboidratos. Cinco fatias contêm 50,2 gramas.
Arroz integral
Quatro colheres de sopa deste alimento contêm 21 gramas de carboidratos e podem ser consumidas diariamente! Até porque, a quantidade de fibras é altíssima e te ajuda a manter o intestino funcionando.

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