sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar

O site NeuroPsicoNews traz algumas recomendações adicionais para o tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar (TAB):

1. Se necessário, os estabilizadores do humor e outros medicamentos usados no tratamento do transtorno bipolar podem geralmente começar a ser administrados antes de se conhecerem os resultados dos exames, caso o paciente apresente bom estado geral de saúde. Se, a critério do clínico, houve necessidade urgente, a medicação pode começar a ser administrada antes da coleta de amostras.
2. Tomografia computadorizada ou ressonância magnética e eletroencefalograma são opções de segunda linha na avaliação de pacientes resistentes a tratamento. Não há necessidade deles de forma rotineira sem razão clínica específica.
3. Os clínicos deverão julgar conforme seu próprio critério em duas áreas onde não houve consenso: fazer ECG em pacientes com menos de 40 anos de idade e realizar uma consulta médica geral antes do tratamento.

Exames Laboratoriais para a Monitorização dos Estabilizadores do Humor

Não há consenso claro entre os especialistas sobre a freqüência recomendável dos exames laboratoriais, dando espaço para os clínicos de aplicar seu próprio critério clínico.

1. - Nos primeiros 2 meses de tratamento:
1.a - Pedir exames de níveis sanguíneos de Lítio, Valproato e Carbamazepina a cada 1-2 semanas.
1.b - Hemograma completo e provas de função hepática mensalmente
2. - Longo prazo
2.a - Pedir exames de níveis sanguíneos de Lítio, Valproato e Carbamazepina a cada 3-6 meses
2.b - Funções tireóides uma vez por ano (T4 total, captação de T4, Hormônio estimulador da tireóide)
2.c - Avaliação das funções renais a cada 6-12 meses (Testes séricos de NUS, creatinina e eletrólitos
2.d - Outros: urina de 24 horas para medição de volume e função renal apenas se houver indicação específica; não constitui exame de rotina.

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Segundo o site Saúde Brasil, "O tratamento do TAB pode levar a pessoa a ter uma vida normal ou, pelo menos, muito próxima do normal. Isso geralmente só depende da adesão do paciente aos medicamentos e das mudanças no estilo de vida que ele tiver de fazer.
O início do tratamento visa estabilizar o humor. Para isso é indicado lítio ou anticonvulsivantes considerados estabilizadores de humor. Há também outras substâncias de última geração que exercem este resultado.
O tratamento deve ser contínuo. Se o paciente parar de tomar os remédios, os sintomas podem reaparecer. Efeitos colaterais podem surgir depois de algum tempo de medicação, mas não se deve interromper o tratamento ou automedicar-se. A primeira atitude deve ser procurar orientação do médico.
Nas fases agudas em que pode haver agitação psicomotora, são empregados outros medicamentos para o controle. São usados tranqüilizantes, para as fases de mania e antidepressivos para as fases de depressão.
O tratamento psicoterápico é indicado para doentes que não aderem ao tratamento medicamentoso ou quando os prejuízos na vida pessoal e social são grandes. Também pode ser indicada a terapia familiar, pois o apoio da família é fundamental.
A eletroconvulsoterapia somente é indicada para pacientes que têm outras doenças e que não podem tomar outros medicamentos. Este é um procedimento que envolve choques, mas muito bem controlado e com anestesia.
A internação deve ocorrer quando o paciente oferece risco para a sua integridade física ou a de outros. Em casos graves, os familiares devem recorrer ao médico disponível para se orientar a respeito da atitude a ser tomada."

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