sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O que é o AMOR

No início de setembro, eu estava conversando com uma colega de trabalho, quando de repente ela me perguntou se eu já tinha amado alguém e como eu sabia que esse sentimento era real ou não.

Pela primeira vez eu fiquei sem fala! Depois de pensar um pouco, eu falei para ela que iria pensar e depois lhe daria a resposta. Ela sorriu e saiu, me deixando com a pergunta dançando dentro do meu cérebro.

Lembro-me bem dessa mesma noite. Me deitei na rede da varanda do meu quarto, acendi um cigarro e fiquei pensando na pergunta. Então voltei no tempo e analisei os dois relacionamentos marcantes na minah vida:

O primeiro durou 20 anos. Começou quando eu era ainda uma adolescente inexperiente. Mas ele me deu duas filhas e posso citar milhares de ocasiões que fomos super felizes. Mas eu aprendi e entendi uma coisa muito séria: Para cada mil ocasiões felizes, apenas uma ocasião triste acaba matando a lembrança dessa felicidade.

Lembro-me de cada detalhe! Eu o idolatrava! Eu o achava lindo! Os olhos dele, o raro sorriso. Mas o senso de responsabilidade falou mais alto e ele se tornou uma pessoa chata, negativa e cansativa.

Quando nos separamos, nosso casamento já havia terminado há muito tempo. Sei que foi muito ruim para os dois inicialmente, pois nenhuma separação, por mais correto que seja, deixa ninguém feliz.

O resultado é que eu me senti sozinha, sensível, carente, com baixa alto estima e deprimida. E quando a pessoa está assim, ela pode fazer TUDO, MENOS se apaixonar. Por que?? Porque ela não sabe o que está fazendo. Eu não sabia… e simplesmente me apaixonei pelo primeiro cara que me fez um elogio!!

A minha relação com essa pessoa já começou errada! E durante todo o tempo que ficamos juntos, continuou errada! Por mais que a minha intuição BERRASSE que eu devia sair fora, eu continuava a ficar, afinal, quem mais ia me “amar” como ele?

E os acontecimentos graves que ocorreram na minha vida após esse relacionamento, me impediram de enxergar a realidade. Sem maiores detalhes, o resultado foi uma relação horrível e que posso dizer que não desejo a ninguém. Tudo de pior que uma mulher pode sentir, eu senti com essa pessoa. Os momentos bons? Foram ótimos, perfeitos! Mas os momentos de terror foram muito maiores!

E assim eu desisti de olhar para os lados e de me entregar a outra pessoa. Eu tinha tanto medo, que só de receber um elogio, eu já achava que a pessoa só queria me levar para a cama e acabava chutando para longe!

Posso dizer que não me arrependi de ter conhecido nenhum dos dois. O primeiro, sem comentários. Temos um relacionamento tranquilo e amigável. O segundo simplesmente morreu para mim!

E aí… ainda na rede, eu voltei à pergunta da minha amiga: “você já amou alguém? E como sabia que esse sentimento era real?”

Minha resposta clara é: Sim! Amei os dois! Cada um a sua maneira. O primeiro com um amor puro, porém, totalmente inexperiente e sem profundidade, sem maturidade. O segundo? Também amei! Mesmo sendo a pior experiência que já passei na vida, eu também o amei. Mas era um amor cheio de medo e insegurança, que me transformou numa pessoa sem identidade! Nunca foi um amor puro e feliz!

Com essa resposta na cabeça e com o coração totalmente tranquilo, voltei para dentro de casa e me arrumei para dormir. Em minhas orações, agradeci a Deus pelas experiências que me fizeram ser o que sou hoje e repeti a frase que venho repetindo há alguns meses: “que o próximo relacionamento seja o último e que essa pessoa seja enviada por ELE, que seja um amor puro, real e verdadeiro, onde encha nossos corações de felicidade, nos faça sorrir, sentir amados, respeitados e queridos de verdade”!

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